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A convolação da nacionalidade ainda é um tema pouco conhecido por muitos brasileiros que obtiveram a cidadania portuguesa por naturalização. Esse processo, no entanto, pode representar uma mudança significativa no status da nacionalidade e trazer vantagens práticas para quem deseja transmitir a cidadania a filhos, netos ou buscar direitos equivalentes aos de portugueses natos. Entender como funciona essa transformação é essencial para quem está em busca de estabilidade e segurança jurídica em Portugal.
A convolação é, basicamente, o ato de converter uma nacionalidade adquirida por naturalização em uma nacionalidade atribuída, ou seja, equiparada à cidadania originária. Em termos práticos, isso significa que o cidadão deixa de ter uma nacionalidade considerada derivada e passa a ter uma nacionalidade que tem os mesmos efeitos da nacionalidade de nascimento. A mudança pode parecer sutil, mas ela impacta diretamente em direitos como transmissão de cidadania para filhos menores, acesso a determinados cargos públicos, proteção consular e até no modo como o cidadão é tratado perante a lei portuguesa.
Esse processo passou a ganhar mais destaque após atualizações na Lei da Nacionalidade Portuguesa, que reconheceu o direito à convolação especialmente em casos onde a naturalização decorreu de situações que hoje permitiriam o reconhecimento da nacionalidade por atribuição. Um exemplo típico são filhos de portugueses que obtiveram a nacionalidade por naturalização antes da mudança da lei e que, hoje, podem pedir a convolação para alinhar sua situação à dos portugueses de origem.
No entanto, nem todo mundo pode solicitar esse tipo de processo. Há critérios específicos, documentos obrigatórios e etapas formais que devem ser seguidos. A boa notícia é que, com a documentação correta e um pouco de paciência, o processo costuma ser direto e com alta taxa de aprovação, principalmente quando se trata de situações já reconhecidas por jurisprudência das conservatórias e do Ministério da Justiça português.
Neste artigo, você vai entender tudo sobre o processo de convolação da nacionalidade: quem tem direito, quais são os documentos necessários, o passo a passo para dar entrada, quanto custa, quais os prazos, vantagens reais e os principais erros que você deve evitar ao longo do caminho. Se você já tem a nacionalidade portuguesa por naturalização e quer saber se pode mudar esse status, este conteúdo é para você.
O que é a convolação da nacionalidade e quando ela se aplica
A convolação da nacionalidade é um mecanismo jurídico que permite ao cidadão português, que obteve a nacionalidade por naturalização, solicitar a sua transformação para o formato de nacionalidade atribuída, também chamada de nacionalidade originária. Esse processo é especialmente relevante para pessoas que obtiveram a cidadania em condições que, segundo a legislação atual, dariam direito direto à nacionalidade como portugueses de origem.
O objetivo da convolação é corrigir situações anteriores às mudanças na Lei da Nacionalidade Portuguesa. Em muitos casos, filhos de portugueses que nasceram fora de Portugal e adquiriram a cidadania por naturalização acabaram ficando em desvantagem legal em relação a filhos reconhecidos como portugueses de origem. Isso impactava, por exemplo, no direito de transmitir a cidadania aos filhos menores, ou mesmo no reconhecimento pleno de direitos dentro do país.
Com a convolação, o cidadão passa a ter o mesmo status jurídico de quem nasceu com a nacionalidade portuguesa. Em outras palavras, é como se ele sempre tivesse sido considerado português de origem, desde o nascimento. Essa mudança é especialmente importante quando há o desejo de transmitir a nacionalidade para os filhos ou acessar direitos restritos a cidadãos de origem, como determinadas carreiras públicas ou privilégios consulares em países que distinguem nacionalidade originária de adquirida.
A convolação se aplica a casos específicos, como:
- Pessoas que obtiveram a nacionalidade portuguesa por naturalização, mas que hoje preencheriam os critérios legais para atribuição
- Filhos de portugueses que, à época, foram naturalizados por não haver outra via, mas que agora poderiam ser reconhecidos como cidadãos de origem
- Situações em que o Ministério da Justiça português ou as conservatórias já consolidaram jurisprudência favorável à conversão da nacionalidade
É importante reforçar que a convolação não se trata de um novo pedido de nacionalidade, mas sim de uma reclassificação jurídica do tipo de nacionalidade já concedida. O cidadão continua português, mas com status atualizado e, na maioria dos casos, com benefícios ampliados.
💡 Dica: quem obteve a nacionalidade portuguesa antes de 2017, principalmente como filho maior de português, deve avaliar com atenção se pode solicitar a convolação com base nas mudanças recentes da lei.
Diferença entre naturalização, atribuição e convolação
Para entender o processo de convolação da nacionalidade, é essencial conhecer bem a diferença entre os três termos que frequentemente aparecem nesse contexto: naturalização, atribuição e convolação. Embora todos estejam relacionados ao reconhecimento da cidadania portuguesa, eles representam formas distintas de aquisição ou alteração do status jurídico da nacionalidade.
A nacionalidade por atribuição é considerada originária. Ou seja, a pessoa é reconhecida como portuguesa desde o nascimento, mesmo que esse reconhecimento aconteça tardiamente. Isso vale, por exemplo, para filhos de portugueses nascidos no exterior que solicitam o reconhecimento da cidadania mais tarde. Nesse caso, ao ter a nacionalidade atribuída, o cidadão é tratado como português nato, com todos os direitos e sem distinções legais.
Já a naturalização é uma forma derivada de adquirir a nacionalidade portuguesa. Ela é concedida mediante o cumprimento de certos requisitos, como tempo de residência legal no país, conhecimento da língua portuguesa, ausência de antecedentes criminais e vínculos com a comunidade. A pessoa naturalizada é portuguesa, mas não é considerada de origem. Isso pode impactar, por exemplo, no direito de transmitir a nacionalidade a filhos menores de idade ou no acesso a cargos públicos que exijam nacionalidade originária.
A convolação surge como uma espécie de correção ou ajuste desse status. Ela permite que uma pessoa que obteve a cidadania por naturalização passe a ser reconhecida como cidadã de origem, desde que comprove que teria direito à atribuição de nacionalidade pelas regras atuais. Em resumo, é uma atualização do tipo de nacionalidade, feita com base em mudanças legais posteriores à concessão inicial da cidadania.
Veja a comparação resumida:
Tipo de nacionalidade | Forma de aquisição | Status jurídico | Pode transmitir para filhos menores? |
---|---|---|---|
Atribuição | Por descendência direta (pais portugueses) | Originária | Sim |
Naturalização | Por tempo de residência, casamento, etc. | Derivada | Não, exceto em alguns casos |
Convolação | Conversão da naturalização em atribuição | Originária (após processo) | Sim, após a reclassificação |
💡 Dica: a convolação pode ser especialmente útil para filhos de portugueses que foram naturalizados antes de mudanças na lei. Com a atribuição reconhecida, o caminho para os descendentes se torna mais simples e direto.
Quem pode solicitar a convolação da nacionalidade portuguesa
A convolação da nacionalidade portuguesa não é um processo disponível para todos os cidadãos que obtiveram a naturalização. Esse mecanismo jurídico foi criado para corrigir situações específicas, permitindo que alguns cidadãos que originalmente adquiriram a nacionalidade portuguesa por naturalização possam converter esse status para o de nacionalidade atribuída. Mas quem, exatamente, pode solicitar esse tipo de reclassificação?
A convolação da nacionalidade se aplica a pessoas que obtiveram a cidadania portuguesa por naturalização e que, com a alteração da legislação, agora preenchem os requisitos para ser consideradas portuguesas de origem. Em outras palavras, é possível para aqueles que, com base na legislação mais recente, deveriam ser reconhecidos como portugueses de nascimento, mas adquiriram a nacionalidade por um processo de naturalização anterior.
Entre os principais grupos que podem solicitar a convolação, estão:
- Filhos de portugueses que foram naturalizados antes de 2017
Esses filhos poderiam ter direito à nacionalidade por atribuição, mas, em vez disso, obtiveram a cidadania por naturalização. Hoje, eles podem solicitar a convolação para ter seu status alterado para nacionalidade atribuída, desde que cumpram os requisitos legais. - Pessoas que se naturalizaram por laços com Portugal (cônjuges, descendentes e outros)
Aqueles que adquiriram a nacionalidade portuguesa por casamento ou por residência prolongada também podem ser elegíveis, caso, com a revisão da legislação, os vínculos sejam suficientes para a atribuição direta da nacionalidade. - Pessoas que adquiriram a nacionalidade por naturalização, mas cuja situação agora se alinha com os critérios de atribuição
Alguns cidadãos, ao serem naturalizados, não tinham como provar o vínculo direto com Portugal, mas, com as mudanças na lei, podem agora comprovar que atendem aos requisitos para a atribuição.
Requisitos gerais para solicitar a convolação:
- Prova de nacionalidade portuguesa por naturalização
- Comprovação de que, com base na legislação atual, você teria direito à atribuição de nacionalidade
- Documentação de nascimento, casamento ou outros documentos relevantes
- Estar em conformidade com as exigências legais de residência ou vínculo com Portugal
É importante destacar que a convolação não é um processo automático. Embora o direito esteja previsto, o requerente deve formalizar o pedido junto ao Ministério da Justiça ou à conservatória responsável, apresentando os documentos corretos e comprovando que atende aos critérios legais estabelecidos.
💡 Dica: se você obteve a naturalização portuguesa antes de 2017 e tem vínculo direto com Portugal, vale a pena consultar um advogado especializado ou a conservatória para confirmar a possibilidade de convolação.
Documentos exigidos para o processo de convolação
O processo de convolação da nacionalidade portuguesa exige a apresentação de uma série de documentos que comprovem tanto a naturalização quanto a elegibilidade para a conversão para nacionalidade atribuída. Embora o processo seja simples em termos de requisitos, a correta organização e apresentação da documentação são essenciais para garantir a aprovação.
Abaixo, estão listados os principais documentos exigidos para quem deseja solicitar a convolação da nacionalidade portuguesa:
- Certidão de nascimento do requerente
A certidão de nascimento atualizada (com menos de seis meses) é um dos documentos mais importantes. Ela deve ser obtida no país de nascimento do solicitante e, se for o caso, precisa ser apostilada conforme a Convenção de Haia. - Certificado de naturalização
O documento que comprova que o cidadão obteve a nacionalidade portuguesa por naturalização é essencial para o pedido de convolação. Esse certificado pode ser obtido no processo de naturalização ou solicitado nas conservatórias, caso tenha sido perdido. - Comprovante de vínculo com Portugal
Para pessoas que não são filhos de portugueses, será necessário apresentar documentos que comprovem vínculo com o país, como a certidão de casamento (se o cônjuge for português) ou comprovantes de residência em Portugal por período contínuo. - Certidão de nascimento do pai/mãe português (se aplicável)
Para filhos de cidadãos portugueses naturalizados, a certidão de nascimento do pai ou da mãe portuguesa deve ser apresentada. Caso o vínculo seja por parte de avós ou bisavós, serão exigidas certidões em cadeia (de avô para pai e de pai para o requerente). - Comprovante de residência em Portugal
Em alguns casos, pode ser necessário apresentar comprovante de residência legal em Portugal, principalmente quando o processo de naturalização está vinculado à residência prolongada no país. - Formulário de pedido de convolação
O formulário de solicitação do pedido deve ser preenchido corretamente, com dados pessoais, informações sobre a nacionalidade anterior, motivos do pedido e outros dados que ajudem na análise do processo. - Documentos adicionais conforme orientação da conservatória
Em alguns casos, a conservatória pode solicitar documentos complementares, como certificados de antecedentes criminais ou comprovação de conhecimentos da língua portuguesa, especialmente quando a naturalização foi obtida sem vínculo direto com Portugal.
Confira a lista completa de documentos:
Documento | Descrição |
---|---|
Certidão de nascimento | Atualizada, apostilada, e traduzida (se necessário) |
Certificado de naturalização | Comprovante da obtenção da nacionalidade por naturalização |
Certidão de nascimento do pai/mãe português | Para filhos de portugueses ou parentes diretos |
Comprovante de vínculo com Portugal | Caso o vínculo seja por casamento ou residência |
Formulário de pedido de convolação | Disponível nas conservatórias ou online |
Certificado de antecedentes criminais | Se solicitado pela conservatória |
💡 Dica: organize todos os documentos com antecedência para evitar retrabalho. A documentação correta e a apresentação dos comprovantes necessários são fundamentais para acelerar o processo de convolação.
Passo a passo para fazer o pedido de convolação da nacionalidade
O processo de convolação da nacionalidade portuguesa pode ser simplificado quando você segue um passo a passo organizado. Embora o processo não seja tão complexo, ele exige atenção aos detalhes e a apresentação dos documentos corretos. Abaixo, explicamos de forma clara como você pode dar entrada no pedido de convolação de forma eficiente.
1. Verifique se você preenche os requisitos legais
Antes de iniciar o processo, é fundamental entender se você tem direito à convolação. Se você obteve a nacionalidade portuguesa por naturalização e preenche os critérios legais para ser considerado português de origem, você pode solicitar a conversão. Como mencionado anteriormente, filhos de portugueses naturalizados antes de 2017 são um grupo principal de pessoas elegíveis.
2. Reúna toda a documentação necessária
O primeiro passo concreto é reunir todos os documentos exigidos para o processo de convolação. Isso inclui:
- Certidão de nascimento atualizada
- Certificado de naturalização
- Certidão de nascimento do pai ou mãe português (se aplicável)
- Comprovante de vínculo com Portugal (se necessário)
- Formulário de pedido de convolação
Certifique-se de que todos os documentos estão em conformidade com as exigências da conservatória, especialmente no que diz respeito à apostilação e tradução.
3. Preencha o formulário de pedido
O formulário para solicitar a convolação da nacionalidade está disponível nas conservatórias ou pode ser obtido online, caso a sua conservatória permita o envio digital. Preencha todos os campos de forma clara e precisa, e não se esqueça de assinar o formulário no final.
4. Protocole o pedido na conservatória
Após reunir todos os documentos e preencher o formulário, é hora de protocolar o pedido. Isso pode ser feito presencialmente em uma conservatória em Portugal ou, em alguns casos, através de consulados portugueses no Brasil. Se você estiver no Brasil, é importante verificar com antecedência se a sua conservatória permite o envio de documentos por via digital ou postal.
5. Aguarde a análise e aprovação
Após protocolar o pedido, a conservatória realizará a análise do processo. O tempo de espera pode variar, mas em média, o processo de convolação leva entre 6 meses e 1 ano para ser concluído. A análise envolve a verificação dos documentos e a confirmação de que o solicitante atende aos requisitos legais para ser considerado um português de origem.
6. Receba a decisão
Se o seu pedido for aprovado, você receberá a decisão formal da conservatória, e a nacionalidade será reclassificada como atribuída. Isso significa que você será reconhecido legalmente como português de origem, com todos os direitos e deveres de quem nasce em Portugal.
7. Solicite o Cartão de Cidadão
Após a aprovação, é possível solicitar o Cartão de Cidadão português, que serve como documento de identidade oficial e prova da sua cidadania portuguesa de origem. Esse cartão pode ser solicitado diretamente na conservatória ou online, dependendo do seu caso.
💡 Dica: embora o processo seja relativamente simples, certifique-se de que todos os documentos estão atualizados e completos antes de protocolar o pedido. Isso ajuda a evitar atrasos e correções durante a análise.
Quanto tempo leva e quanto custa a convolação da nacionalidade
O processo de convolação da nacionalidade portuguesa é relativamente simples, mas o tempo de espera e os custos envolvidos podem variar. Conhecer essas variáveis ajuda a se preparar melhor para o processo e evita surpresas durante a espera pela conclusão.
Tempo de espera para a conclusão do processo
O tempo necessário para que o pedido de convolação da nacionalidade seja concluído pode variar dependendo de diversos fatores, como o volume de solicitações na conservatória e a complexidade do caso. Em média, o processo leva entre 6 meses e 1 ano para ser finalizado. Esse prazo inclui a análise dos documentos apresentados, a verificação da elegibilidade e a decisão final.
É importante entender que, uma vez que o pedido é protocolado, o tempo de espera pode ser impactado por diversos fatores, como a necessidade de correções nos documentos ou exigências adicionais da conservatória. Por isso, é essencial garantir que todos os documentos estejam corretos e completos antes de enviar o pedido.
Custos do processo de convolação
O processo de convolação tem custos que devem ser considerados no planejamento. Embora as taxas não sejam tão altas quanto outros processos de naturalização ou cidadania, é importante estar preparado para as despesas.
Os principais custos envolvidos são:
- Taxa administrativa da conservatória
A conservatória cobra uma taxa para analisar o pedido de convolação da nacionalidade. O valor dessa taxa pode variar dependendo da conservatória, mas, em média, gira em torno de 100 a 150 euros. - Custos com documentos
Embora a taxa administrativa cubra a maior parte dos custos, você também precisará arcar com os custos de obtenção e autenticação de documentos, como as certidões de nascimento e de naturalização. Esses custos podem incluir:- Emissão e apostilamento de certidões (aproximadamente 10 a 20 euros por documento)
- Traduções juramentadas, caso necessário (entre 30 e 100 reais por página, dependendo da língua)
- Cartão de Cidadão
Após a aprovação da convolação, você pode solicitar o Cartão de Cidadão português, que é o documento oficial de identidade. O custo para a emissão do Cartão de Cidadão é de cerca de 20 a 30 euros, dependendo da região.
Veja o resumo dos custos envolvidos:
Tipo de custo | Valor aproximado | Observações |
---|---|---|
Taxa administrativa | 100 a 150 euros | Variável conforme a conservatória |
Certidões e apostilamento | 10 a 20 euros por certidão | Custos adicionais para obtenção |
Traduções juramentadas | 30 a 100 reais | Dependendo da língua |
Cartão de Cidadão | 20 a 30 euros | Emissão após aprovação |
💡 Dica: ao solicitar a convolação, se organize financeiramente para cobrir os custos com documentação e taxas, além de garantir que não faltem documentos essenciais, evitando atrasos e gastos extras.
Vantagens de transformar naturalização em nacionalidade atribuída
A convolação da nacionalidade portuguesa, ao transformar a naturalização em nacionalidade atribuída, oferece uma série de vantagens significativas para o cidadão português. Embora o processo seja relativamente simples, os benefícios dessa mudança no status jurídico podem ser consideráveis, especialmente no que diz respeito aos direitos de cidadania, transmissão de nacionalidade e reconhecimento legal.
1. Facilidade para transmitir a cidadania a filhos e netos
Uma das maiores vantagens de ser considerado um português de origem, e não um naturalizado, é a facilidade de transmitir a nacionalidade para filhos e netos. Enquanto os cidadãos naturalizados enfrentam limitações para transmitir a cidadania a filhos menores, os cidadãos portugueses de origem podem transmitir a nacionalidade diretamente para filhos, sem restrições. Isso é especialmente importante para quem pretende garantir os direitos de seus descendentes de forma simples e sem obstáculos legais.
2. Acesso a cargos públicos e benefícios exclusivos
Em Portugal, algumas carreiras públicas exigem que o candidato seja português de origem, e não apenas naturalizado. Isso se aplica a cargos em setores estratégicos, como segurança pública, forças armadas e outros serviços governamentais. Ao ter a nacionalidade atribuída, o cidadão tem acesso a essas oportunidades exclusivas, ampliando suas perspectivas profissionais e sua participação em diversos setores públicos.
Além disso, em termos jurídicos, a nacionalidade atribuída pode conferir mais estabilidade e segurança em relação aos direitos de proteção consular e assistência jurídica em casos internacionais. Isso torna a pessoa mais protegida legalmente em situações fora de Portugal.
3. Direitos mais amplos na União Europeia
Os cidadãos portugueses de origem têm os mesmos direitos que qualquer outro cidadão da União Europeia. Embora os naturalizados também possuam esses direitos, a transformação para nacionalidade atribuída pode ser um reconhecimento legal mais forte, que elimina qualquer dúvida sobre a natureza da nacionalidade. Isso pode ser útil em processos de imigração, viagens ou qualquer outra situação legal em outros países da UE.
4. Ajuste à legislação portuguesa atual
A convolação é uma atualização do status jurídico conforme as mudanças mais recentes na legislação portuguesa. Para aqueles que obtiveram a naturalização em momentos onde a lei não permitia a atribuição direta, a convolação serve para alinhar a situação do cidadão às novas normativas, permitindo-lhe usufruir de todos os benefícios legais como um português de origem, sem as limitações anteriores.
5. Facilidade para documentos oficiais e reconhecimento de direitos
Quando você tem a nacionalidade atribuída, não há distinção entre o cidadão de origem e aquele naturalizado, o que facilita processos administrativos e documentos oficiais como passaportes, carteiras de identidade e registros civis. A convolação simplifica o processo de reconhecimento da nacionalidade em diversos contextos legais e administrativos, uma vez que elimina qualquer diferenciação entre os tipos de cidadania.
💡 Dica: Se você já foi naturalizado e deseja transmitir a nacionalidade para os seus filhos sem obstáculos, a convolação é uma excelente maneira de garantir que seus direitos, e os de sua família, estejam em conformidade com a legislação atual.
Erros comuns ao solicitar a convolação e como evitar
Embora o processo de convolação da nacionalidade portuguesa seja relativamente direto, existem alguns erros comuns que podem atrasar ou até impedir a aprovação do pedido. Estes erros geralmente estão relacionados a documentação incompleta, falhas no preenchimento dos formulários ou falta de atenção aos requisitos legais específicos. Conhecer esses erros e como evitá-los é fundamental para garantir que o seu pedido seja aprovado sem complicações.
1. Documentação incompleta ou errada
Um dos erros mais frequentes ao solicitar a convolação é não apresentar toda a documentação necessária ou apresentar documentos errados. Isso inclui certidões de nascimento desatualizadas, certidões de naturalização sem registro correto ou documentos que não atendem às exigências de apostilamento ou tradução.
Como evitar: antes de enviar qualquer documento, verifique com cuidado se ele está atualizado (com menos de 6 meses) e se está apostilado (se necessário) ou traduzido de acordo com as exigências da conservatória. Consulte a lista de documentos exigidos diretamente na conservatória ou com um advogado especializado, para garantir que você tenha tudo o que precisa.
2. Não verificar os requisitos legais para a convolação
Outro erro comum é não entender corretamente os requisitos legais para solicitar a convolação. Por exemplo, muitas pessoas pensam que qualquer pessoa naturalizada pode solicitar, mas na verdade, é preciso demonstrar que o processo de naturalização ocorreu em uma época em que a atribuição seria permitida, ou que o vínculo com Portugal é claro e comprovável.
Como evitar: antes de iniciar o processo, pesquise sobre as leis de nacionalidade em vigor, principalmente as mudanças recentes que podem afetar o seu caso. Verifique com um especialista se você realmente preenche os critérios para a convolação ou se a sua situação exige outra forma de regularização.
3. Preenchimento incorreto do formulário de pedido
O formulário de pedido de convolação deve ser preenchido com muita atenção. Qualquer erro no preenchimento, como informações erradas sobre o estado civil, dados de nascimento ou referências ao tipo de nacionalidade adquirida, pode resultar em atrasos ou até mesmo na recusa do pedido.
Como evitar: preencha o formulário com cuidado, conferindo todas as informações duas ou três vezes antes de enviá-lo. Se possível, peça para alguém revisar seus dados. É importante que o formulário esteja correto, sem omissões ou erros, para que a análise do pedido seja realizada de forma ágil.
4. Não seguir as orientações da conservatória ou consultor
Cada conservatória pode ter procedimentos específicos, e é importante seguir as orientações detalhadas que você recebe durante o processo. Alguns requerentes não têm paciência para verificar requisitos adicionais ou tentam apressar etapas, o que pode resultar em erros graves.
Como evitar: se você tem dúvidas ou não tem certeza sobre o processo, consulte um especialista em nacionalidade portuguesa ou entre em contato diretamente com a conservatória para pedir esclarecimentos. Seguir as instruções corretamente evita confusões e economiza tempo.
5. Atraso no envio dos documentos ou do pedido
Muitas pessoas acabam deixando o pedido para última hora ou não se atentam ao prazo de validade dos documentos, o que pode causar atrasos. Isso acontece com frequência especialmente quando é necessário solicitar documentos de outros países, como certidões de nascimento apostiladas ou traduções juramentadas.
Como evitar: planeje o processo com antecedência. Organize-se para reunir todos os documentos com tempo, pois o processo de convolação pode levar entre 6 meses e 1 ano para ser concluído. Não deixe para enviar o pedido na última hora.
💡 Dica: a chave para evitar esses erros está no planejamento. Comece o processo o quanto antes, confira todos os documentos e se necessário, busque orientação jurídica para garantir que todos os requisitos sejam atendidos corretamente.
Convolação da nacionalidade: um caminho simples para consolidar sua cidadania portuguesa
O processo de convolação da nacionalidade portuguesa é uma excelente oportunidade para cidadãos naturalizados que desejam alinhar seu status legal às leis atuais e usufruir de todos os direitos de um português de origem. Embora o processo não seja complicado, ele exige atenção aos detalhes, como a correta documentação, o preenchimento adequado do formulário e o cumprimento dos requisitos legais.
Transformar a naturalização em uma nacionalidade atribuída pode ser um grande benefício, principalmente no que diz respeito à transmissão de cidadania para filhos e netos, acesso a cargos públicos e a simplificação de processos administrativos. Além disso, é uma forma de corrigir a situação de quem, no passado, não tinha acesso à cidadania portuguesa de origem, mas hoje poderia ser reconhecido como tal.
A chave para garantir o sucesso na solicitação da convolação é o planejamento. Organize-se com antecedência, reúna todos os documentos necessários e certifique-se de que estão atualizados e em conformidade com as exigências da conservatória. Não hesite em buscar auxílio jurídico ou consultar a conservatória, caso tenha dúvidas, para evitar erros que possam atrasar o processo.
Lembre-se também de que a convolação não é um processo automático, e sim um pedido formal que deve ser analisado pela conservatória. Portanto, é importante seguir todas as etapas com cuidado e paciência, respeitando o prazo de espera, que pode variar de 6 meses a 1 ano. Esse processo pode ser um passo fundamental para consolidar seu vínculo com Portugal e fortalecer os direitos de sua família.
Se você já foi naturalizado português e deseja melhorar sua situação jurídica, a convolação pode ser o próximo passo para você. Com a documentação correta e o cumprimento dos requisitos legais, o caminho para a cidadania portuguesa de origem estará ao seu alcance, proporcionando novas oportunidades para você e seus descendentes.
Perguntas frequentes sobre a convolação da nacionalidade portuguesa
1. O que é a convolação da nacionalidade?
A convolação da nacionalidade é o processo de transformação da nacionalidade portuguesa adquirida por naturalização para o status de nacionalidade atribuída, ou seja, a pessoa passa a ser considerada portuguesa de origem. Esse processo foi criado para corrigir situações em que a naturalização deveria ter sido considerada atribuição desde o início, de acordo com as leis mais recentes.
2. Quem pode solicitar a convolação da nacionalidade?
Podem solicitar a convolação pessoas que adquiriram a cidadania portuguesa por naturalização e que, com a alteração da legislação, agora preenchem os requisitos para serem consideradas portuguesas de origem, como filhos de portugueses naturalizados ou pessoas com vínculo direto com o país.
3. Qual a diferença entre naturalização, atribuição e convolação?
A atribuição é a nacionalidade dada por descendência ou por direito de nascimento, enquanto a naturalização é a cidadania adquirida após um período de residência e outros requisitos. Já a convolação é o processo de conversão da naturalização para a nacionalidade atribuída, permitindo que a pessoa tenha o mesmo status legal de um português nato.
4. Quais documentos são necessários para o processo de convolação?
Entre os principais documentos exigidos estão a certidão de nascimento, o certificado de naturalização, a certidão de nascimento do pai ou mãe português (se aplicável) e o formulário de pedido de convolação preenchido. Além disso, pode ser necessário apresentar comprovantes de vínculo com Portugal, como certidões de casamento ou residência.
5. Quanto tempo leva para o pedido de convolação ser aprovado?
O tempo de espera para a aprovação do pedido de convolação é, em média, de 6 meses a 1 ano. Esse prazo pode variar dependendo da carga de trabalho da conservatória e da complexidade do caso.
6. Existe algum custo para solicitar a convolação?
Sim, o processo de convolação envolve custos, como a taxa administrativa da conservatória (aproximadamente 100 a 150 euros), além dos custos com a emissão de certidões, apostilamento e tradução (se necessário), e a emissão do Cartão de Cidadão após a aprovação do pedido.
7. A convolação é necessária para transmitir a nacionalidade aos filhos?
Sim, a convolação é vantajosa para quem deseja transmitir a cidadania a filhos e netos, já que, com a nacionalidade atribuída, a pessoa pode passar a nacionalidade para seus descendentes menores de idade sem as limitações impostas àqueles com cidadania por naturalização.
8. Posso fazer a solicitação de convolação estando fora de Portugal?
Sim, o pedido de convolação pode ser feito em qualquer conservatória portuguesa, seja em Portugal ou através de consulados portugueses no exterior. Caso você esteja no Brasil, é possível protocolar o pedido por meio da representação consular, embora o processo seja geralmente mais ágil quando feito em território português.