Uma dúvida comum entre quem busca o reconhecimento da cidadania italiana é se é obrigatório morar na Itália para conseguir o documento. A resposta é: não é necessário morar na Itália para ter a cidadania italiana por direito de sangue (jus sanguinis). O processo pode ser feito tanto no Brasil, por meio do consulado italiano responsável pela sua região, quanto diretamente na Itália, caso você opte por acelerar o procedimento.
Se você tiver todos os documentos corretos e comprovar sua ligação direta com um antepassado italiano, pode dar entrada no pedido no consulado sem precisar sair do país. Porém, vale lembrar que os consulados italianos no Brasil costumam ter longas filas de espera, com prazos que podem ultrapassar dez anos em algumas regiões. Esse é o principal motivo que leva muitos brasileiros a fazer o processo diretamente em território italiano.
Agora, se você escolher fazer o processo na Itália, aí sim será necessário estabelecer residência legal no país durante o tempo que durar a tramitação. Isso significa alugar uma casa, registrar-se na comune (prefeitura) e esperar a conclusão da análise. Essa modalidade, conhecida como “via direta na Itália”, costuma ser bem mais rápida, com decisões saindo em poucos meses, desde que todos os documentos estejam corretos e não haja pendências.
Já para quem busca a cidadania italiana por naturalização, como por casamento ou tempo de residência, aí sim morar na Itália pode ser obrigatório, dependendo da situação. Por exemplo, estrangeiros que vivem legalmente no país podem solicitar a cidadania após um período determinado, que varia de acordo com o vínculo (geralmente 10 anos de residência regular). Nesse caso, viver na Itália é uma exigência legal.
Em resumo: quem tem direito à cidadania por descendência não precisa morar na Itália para ser reconhecido como cidadão. O que importa é comprovar a origem com documentos oficiais. No entanto, morar no país pode ser uma estratégia válida para agilizar o processo, fugir da fila do consulado e resolver tudo diretamente com as autoridades locais.