Confira os tópicos deste artigo:
Cada vez mais brasileiros estão descobrindo que podem ter direito à nacionalidade portuguesa. E mais do que isso, que é possível fazer o processo em grupo familiar, reunindo pais, filhos, cônjuges e até netos. Essa é uma alternativa prática para quem quer economizar tempo, organizar melhor a documentação e garantir que toda a família possa usufruir dos benefícios da cidadania portuguesa ao mesmo tempo.
Ter a nacionalidade portuguesa em família significa que mais de um membro está envolvido no processo. Isso pode acontecer por descendência direta, por casamento, por naturalização ou por atribuição. Por exemplo: um avô português pode abrir caminho para o filho e, em seguida, para o neto. Ou um dos cônjuges conquista a cidadania e depois transmite para os filhos menores de idade. Em muitos casos, quando o processo é bem planejado, é possível organizar tudo em sequência, de forma coordenada, e evitar retrabalho.
Além de simplificar a vida burocrática, a nacionalidade portuguesa abre portas reais para o futuro da família. Quem se torna cidadão português pode viver legalmente em qualquer país da União Europeia, trabalhar sem visto em dezenas de nações, acessar o sistema de saúde europeu, estudar pagando menos em universidades públicas e até passar o direito para as próximas gerações. E quando esse benefício é estendido a todos os membros da família, o impacto é ainda maior.
No entanto, muita gente ainda se confunde sobre como fazer esse processo em conjunto. É preciso iniciar com quem tem o direito mais sólido, organizar os documentos de forma estratégica e entender a ordem ideal de entrada. Dependendo do grau de parentesco e do tipo de vínculo com o ancestral português, os caminhos podem mudar bastante. Por isso, fazer tudo em grupo exige cuidado, mas traz ótimos resultados quando bem feito.
Neste artigo, você vai entender como funciona a nacionalidade portuguesa para famílias, quem pode participar, como montar o processo familiar do jeito certo, quais documentos são exigidos, os custos envolvidos e como organizar tudo sem dor de cabeça. Se você quer garantir a cidadania portuguesa para mais de uma pessoa da sua casa, aqui está o guia completo para começar com segurança e eficiência.
Como funciona o processo de nacionalidade portuguesa em família
Fazer o processo de nacionalidade portuguesa em família é totalmente possível e pode ser mais vantajoso do que realizar cada pedido de forma separada e isolada. Essa estratégia permite que a família organize toda a documentação de forma conjunta, aproveite os vínculos de descendência entre os membros e agilize o reconhecimento da cidadania para todos, seguindo uma ordem lógica e legal.
O primeiro ponto a entender é que a cidadania portuguesa sempre começa a partir de alguém que tenha vínculo direto com Portugal, seja por nascimento, descendência ou por casamento com um cidadão português. A partir dessa pessoa, chamada de “requerente base”, é possível dar início ao processo para os demais familiares. Isso vale para filhos, netos, cônjuges e, em alguns casos, até bisnetos, dependendo da estrutura familiar e da forma como os pedidos são organizados.
O funcionamento do processo em grupo se baseia na ideia de transmissão da nacionalidade. Isso significa que o primeiro familiar reconhecido como cidadão português pode, em seguida, transmitir esse direito aos descendentes diretos. Por exemplo: se o avô nasceu em Portugal, o filho pode pedir a cidadania como filho de português. Assim que for reconhecido, ele já se torna o novo cidadão de referência para o pedido dos netos, que entram como filhos de português — e não mais como netos, o que simplifica bastante o processo.
Outro ponto importante é que a nacionalidade portuguesa não é concedida em bloco, ou seja, cada membro da família precisa fazer o seu pedido individualmente. O que muda é que os documentos podem ser compartilhados (como certidões de nascimento, casamento, etc.) e a estratégia de entrada pode ser feita em etapas, com a família toda se beneficiando da organização.
O processo pode ser feito por etapas e à distância, o que ajuda muito quem está no Brasil. Primeiro, o familiar com maior direito dá entrada na cidadania. Assim que for aprovado, a documentação oficial portuguesa gerada por ele (como o assento de nascimento) serve de base para os demais membros. Isso economiza tempo, dinheiro e evita refazer procedimentos.
Esse tipo de planejamento é especialmente útil em famílias grandes ou quando há interesse de mudar para Portugal, trabalhar na Europa ou garantir a cidadania para filhos menores de idade. Quando bem conduzido, o processo em família se torna muito mais prático do que parece.
Quem da família tem direito à cidadania portuguesa
Entender quem da família tem direito à cidadania portuguesa é o primeiro passo para organizar o processo em grupo de forma estratégica. A legislação portuguesa prevê diferentes formas de acesso à nacionalidade, e os critérios mudam conforme o grau de parentesco, a situação civil e o tipo de vínculo com o cidadão português. Isso significa que nem todos terão o mesmo caminho, mas muitos podem sim conquistar o direito dentro de uma estrutura familiar bem montada.
Os casos mais comuns são os descendentes diretos de portugueses, como filhos e netos. Filhos de portugueses, mesmo que nascidos fora de Portugal, têm direito à nacionalidade por atribuição, o que garante um processo mais rápido, direto e sem exigência de vínculo efetivo com o país. Já os netos podem solicitar a nacionalidade por naturalização, desde que comprovem laços objetivos com Portugal, como conhecimento básico da língua portuguesa e ausência de antecedentes criminais.
Veja abaixo uma visão geral de quem pode entrar no processo familiar:
Grau de parentesco | Tipo de nacionalidade | Condições principais |
---|---|---|
Filho de português | Atribuição | Direito direto, sem limite de idade |
Neto de português | Naturalização | Precisa comprovar vínculo e boa conduta |
Cônjuge de português | Naturalização | Necessário 3 anos de casamento ou união estável |
Filhos menores de cidadão português | Atribuição | Pedido pode ser feito pelos pais |
Bisnetos de português | Possível, com processo em etapas | Um dos pais precisa obter a nacionalidade primeiro |
Além dos descendentes, os cônjuges e companheiros em união estável com cidadãos portugueses também têm direito à nacionalidade. Para isso, é preciso comprovar no mínimo três anos de vínculo e, em alguns casos, existência de filhos em comum. O processo é um pouco diferente do caso dos filhos e netos, mas também pode ser incluído dentro do planejamento familiar.
Outro grupo que pode ser incluído são os filhos menores de idade de quem já obteve a cidadania. Quando um dos pais se torna cidadão português, é possível estender esse direito aos filhos automaticamente, sem necessidade de esperar a maioridade ou fazer processo individual completo.
Em alguns casos, até os bisnetos de portugueses conseguem obter a nacionalidade, mas o processo precisa ser feito por etapas. Primeiro, o neto obtém a cidadania como filho, e depois transmite ao bisneto como neto. Tudo depende da organização da linha familiar e do cumprimento correto da sequência.
Em resumo, se há um português na sua árvore genealógica, há grandes chances de que mais de um membro da família possa obter a nacionalidade. O segredo está em entender a linha de transmissão e construir o processo da forma certa.
Vantagens de fazer o processo de cidadania em grupo familiar
Fazer o processo de cidadania portuguesa em família não é apenas possível, como também pode ser muito vantajoso. Quando mais de um membro da mesma família deseja obter a nacionalidade, organizar o procedimento em grupo permite economia de tempo, redução de custos e maior agilidade na análise dos pedidos. Além disso, toda a documentação pode ser coordenada de forma mais eficiente, o que evita erros e retrabalho.
Uma das maiores vantagens é a compartilhamento de documentos. Muitos dos papéis utilizados no processo, como certidões de nascimento do ascendente português, legalizações e traduções juramentadas, podem ser reaproveitados entre os membros da família. Isso reduz a quantidade de vias necessárias, diminui o gasto com cartórios e facilita o envio para Portugal ou para os consulados portugueses no Brasil.
Outro ponto positivo é que, quando a família define uma ordem estratégica de entrada, o caminho para os demais fica mais simples. Por exemplo, se o avô é português, o filho pode entrar primeiro com um processo de atribuição. Depois de aprovado, ele se torna oficialmente cidadão português e pode transmitir a nacionalidade para os filhos menores ou facilitar o processo para os netos. Com isso, evita-se entrar diretamente com um pedido de neto, que é mais burocrático, e transforma-se o processo em um pedido de filho de português, que é mais direto.
Fazer tudo em conjunto também ajuda a evitar prazos perdidos, documentos vencidos e inconsistências. Ao montar um cronograma familiar, é possível acompanhar cada etapa, preparar todos ao mesmo tempo e garantir que os pedidos sejam feitos dentro dos prazos ideais. Isso vale especialmente para famílias com filhos menores de idade, que podem ter o processo feito de forma simplificada se o pai ou a mãe já forem cidadãos portugueses.
Veja abaixo as principais vantagens de organizar o processo em família:
Vantagem | Benefício prático |
---|---|
Compartilhamento de documentos | Reduz custos com cartório e apostila |
Ordem estratégica de entrada | Facilita a aprovação de filhos e netos |
Acompanhamento conjunto | Menor chance de erro ou atraso |
Apoio entre os membros | Um ajuda o outro na coleta de documentos |
Economia no envio internacional | Possível enviar tudo em um mesmo pacote |
Além disso, há o aspecto emocional. Ter toda a família reconhecida como cidadã portuguesa reforça o sentimento de pertencimento, fortalece os laços familiares e permite que todos possam planejar um futuro na Europa com mais segurança e liberdade.
Documentos necessários para cada membro da família
Organizar os documentos corretamente é uma das etapas mais importantes no processo de nacionalidade portuguesa em família. Embora cada membro precise fazer o seu próprio pedido, muitos documentos podem ser reaproveitados, principalmente os que envolvem o ascendente português. No entanto, é essencial entender quais são os papéis obrigatórios para cada tipo de requerente, a fim de evitar atrasos, retrabalho ou até indeferimentos.
De modo geral, os documentos exigidos variam conforme o grau de parentesco com o cidadão português e o tipo de processo (atribuição ou naturalização). Veja abaixo os principais perfis e o que cada um precisa apresentar:
📌 Para filhos de portugueses (atribuição)
- Certidão de nascimento do requerente (em inteiro teor, apostilada)
- Certidão de nascimento do pai ou mãe português (pode ser assento de nascimento emitido em Portugal)
- Documento de identidade com foto (passaporte ou RG válido)
- Comprovante de residência
- Formulário de requerimento preenchido
- Procuração, se for representado por terceiros
📌 Para netos de portugueses (naturalização)
- Certidão de nascimento do requerente (em inteiro teor, apostilada)
- Certidão de nascimento do pai ou mãe que é filho do português (para provar a linha de descendência)
- Certidão de nascimento do avô ou avó português (assento de nascimento)
- Documento de identidade válido
- Declaração de vínculo efetivo com a comunidade portuguesa (pode incluir viagens, vínculos culturais, estudo da língua)
- Atestado de antecedentes criminais do Brasil e do país onde reside (apostilado)
- Prova de conhecimento da língua portuguesa (quando exigido)
📌 Para cônjuges ou companheiros
- Certidão de casamento ou declaração de união estável
- Documento de identidade do requerente e do cônjuge
- Comprovante de nacionalidade portuguesa do parceiro
- Certidão de nascimento do requerente
- Atestado de antecedentes criminais (Brasil e país de residência)
- Comprovante de tempo de união (mínimo de 3 anos)
📌 Para filhos menores de portugueses
- Certidão de nascimento da criança (apostilada)
- Certidão de nascimento do pai ou mãe com nacionalidade portuguesa reconhecida
- Documento de identidade ou passaporte da criança (se houver)
- Formulário assinado pelos pais ou responsáveis legais
Perfil | Tipo de documento mais importante |
---|---|
Filho de português | Certidão do pai ou mãe português |
Neto de português | Certidões em cadeia + declaração de vínculo |
Cônjuge | Comprovação do tempo de união |
Filho menor | Nacionalidade do pai ou mãe já reconhecida |
Organizar todos esses documentos com antecedência é o segredo para um processo mais rápido e tranquilo. E quando o processo é feito em família, muitos desses documentos são usados em mais de um pedido, o que reduz os custos e a burocracia.
Ordem ideal para dar entrada na nacionalidade portuguesa em família
Uma dúvida muito comum de quem pretende fazer o processo de nacionalidade portuguesa em família é sobre por onde começar. Isso faz toda a diferença. Seguir a ordem certa pode evitar erros, acelerar a aprovação e simplificar o caminho para os demais membros. O ideal é iniciar com quem tem o vínculo mais direto e sólido com o ancestral português, criando uma base legal para que os outros possam se beneficiar na sequência.
Na maioria dos casos, a melhor estratégia é iniciar o processo com o filho do português nascido fora de Portugal. Isso porque ele pode solicitar a cidadania por atribuição, que é mais simples e direta, sem exigência de vínculo com o país. Uma vez aprovado, esse filho se torna cidadão português e passa a poder transmitir a nacionalidade aos seus próprios filhos, que então entram como “filhos de português”, e não como netos — o que muda completamente o tipo de processo.
Essa estratégia é especialmente útil em famílias que têm netos ou bisnetos de portugueses. Em vez de o neto entrar diretamente como neto (o que exigiria comprovação de vínculo efetivo com Portugal), ele pode aguardar o pai ou a mãe conseguir a cidadania primeiro. Assim, ele entra como filho de português, com um processo mais rápido, sem necessidade de prova de laços culturais.
A lógica vale também para filhos menores de idade. Se um dos pais ainda não tem a cidadania portuguesa, o ideal é que ele faça primeiro. Depois que for reconhecido como cidadão, pode transmitir a nacionalidade aos filhos menores por meio de um processo mais simples, direto e com menos exigências documentais.
Veja abaixo um exemplo de ordem estratégica:
Ordem | Membro da família | Tipo de processo |
---|---|---|
1º | Filho de português | Atribuição (direta) |
2º | Filhos menores | Atribuição (após o pai ou mãe) |
3º | Netos | Atribuição (se o pai já tiver a nacionalidade) |
4º | Cônjuge | Naturalização (pode ser feito paralelamente) |
💡 Dica: o processo do cônjuge pode ser feito ao mesmo tempo que o do parceiro, mas só será aprovado depois que a nacionalidade do cidadão português for reconhecida oficialmente.
Ao seguir essa lógica, a família evita retrabalho, economiza com documentação e tem mais segurança durante todo o processo. Além disso, facilita muito o atendimento nos consulados e a análise dos pedidos pelas conservatórias portuguesas.
Quanto custa tirar a cidadania portuguesa para toda a família
Fazer o processo de nacionalidade portuguesa em família pode representar um investimento significativo, mas quando bem planejado, é possível economizar em diversas etapas. O valor total vai depender do número de membros que farão o pedido, do tipo de processo de cada um (atribuição ou naturalização), da forma como os documentos serão coletados e se a família contará ou não com apoio profissional.
O primeiro custo que se deve considerar são as taxas cobradas pelo governo português. Elas variam conforme o perfil do requerente:
- Filhos de portugueses (atribuição): cerca de 175 euros
- Netos de portugueses (naturalização): 250 euros
- Cônjuges (naturalização): 250 euros
- Filhos menores: gratuito, quando o processo é feito junto ao dos pais
Essas taxas são pagas diretamente ao Instituto dos Registos e do Notariado (IRN), em Portugal, ou nos consulados portugueses, caso o processo seja feito no Brasil.
Outro ponto que influencia no custo final são os documentos exigidos. As certidões de nascimento brasileiras, por exemplo, precisam ser emitidas em inteiro teor, apostiladas conforme a Convenção de Haia e, em alguns casos, traduzidas para o português europeu. Cada certidão pode custar entre R$ 80 e R$ 300, considerando a emissão, o apostilamento e a tradução. Como alguns documentos podem ser usados por mais de um membro da família, isso ajuda a reduzir os gastos.
Veja um exemplo prático de custos para uma família com três membros:
Membro | Tipo de processo | Taxa (estimada) | Documentos (média) |
---|---|---|---|
Pai (filho de português) | Atribuição | 175 euros | R$ 600 |
Mãe (cônjuge) | Naturalização | 250 euros | R$ 800 |
Filho menor | Atribuição | Gratuito | R$ 300 |
Além disso, pode haver despesas com envio internacional de documentos, honorários de advogados ou despachantes (se a família optar por esse apoio) e possíveis taxas consulares. O envio de documentos para Portugal, por correio internacional com rastreamento, costuma custar entre R$ 100 e R$ 300, dependendo do peso e da forma de envio.
💡 Dica: quando o processo é feito em grupo, é possível economizar com o envio em pacote único e reaproveitamento de documentos como certidões do ascendente português.
Com um bom planejamento, a cidadania portuguesa para toda a família pode sair mais em conta do que parece à primeira vista e o retorno do investimento, em qualidade de vida e oportunidades, costuma compensar.
Como transmitir a nacionalidade portuguesa para filhos e netos
A nacionalidade portuguesa pode ser passada de uma geração para outra, mas esse processo depende de como o cidadão português obteve sua cidadania, da idade dos filhos e do momento em que o pedido é feito. Entender essas regras é fundamental para garantir que a nacionalidade continue na família e para evitar atrasos ou retrabalho.
O primeiro ponto é que filhos de portugueses têm direito à cidadania por atribuição, mesmo que tenham nascido fora de Portugal. Esse direito é direto e não exige vínculo com o país. O filho pode ser menor ou maior de idade, e o processo é relativamente simples. No entanto, é essencial que o pai ou a mãe já tenham tido a nacionalidade portuguesa reconhecida antes do início do pedido.
Se o filho for menor de idade, o processo costuma ser ainda mais fácil. A nacionalidade pode ser atribuída automaticamente, desde que um dos pais seja cidadão português no momento da solicitação. Isso evita exigências adicionais como comprovação de vínculo com Portugal ou atestados de antecedentes criminais. Em muitos casos, o processo pode ser feito simultaneamente com o do pai ou da mãe.
Já para os netos de portugueses, a situação é diferente. O neto pode solicitar a nacionalidade por naturalização, mas precisará cumprir algumas exigências extras:
- Provar a descendência com documentos (certidões em cadeia)
- Ter bons antecedentes criminais
- Demonstrar conhecimento da língua portuguesa (exceto para brasileiros)
- Comprovar vínculo efetivo com a comunidade portuguesa, como viagens, estudos ou atividades culturais
Uma alternativa mais prática para o neto é esperar o pai ou a mãe obterem a cidadania primeiro. Assim, ele entra como filho de português, e não como neto. Isso simplifica bastante o processo e elimina algumas exigências, como o vínculo efetivo com o país.
Veja um resumo da transmissão de nacionalidade:
Quem transmite | Para quem | Tipo de processo | Observações |
---|---|---|---|
Pai/mãe português | Filho | Atribuição | Direto e sem exigência de vínculo |
Avô/avó português | Neto | Naturalização | Exige vínculo, idioma e antecedentes |
Filho de português reconhecido | Neto (bisneto do português original) | Atribuição | Mais simples do que via neto direto |
💡 Dica: sempre que possível, planeje a transmissão de forma sequencial. Primeiro o filho, depois os netos. Isso facilita o caminho e reduz a burocracia para todos.
Dicas para organizar o processo familiar com mais agilidade
Fazer o processo de nacionalidade portuguesa em família exige planejamento, mas com algumas estratégias simples é possível acelerar o andamento dos pedidos, reduzir custos e evitar erros que podem atrasar tudo. Quando bem organizado, o processo em grupo se torna mais leve e eficiente para todos os envolvidos.
A primeira dica é criar uma linha do tempo familiar, identificando quem é o ascendente português e mapeando os descendentes diretos em ordem de prioridade. Comece pelo filho do português, depois siga com os netos e cônjuges. Anote datas de nascimento, locais de registro civil, documentos já existentes e o que ainda precisa ser emitido. Esse mapeamento facilita a definição da ordem dos pedidos.
Outra dica importante é centralizar a coleta e organização dos documentos. Nomeie um responsável na família para reunir as certidões, solicitar traduções, fazer apostilamentos e acompanhar prazos. Quando todos colaboram, mas uma pessoa coordena, o processo ganha agilidade e clareza. Isso também evita documentos duplicados ou gastos desnecessários.
Use planilhas simples para acompanhar o andamento de cada etapa. Crie colunas com o nome do familiar, tipo de processo (atribuição ou naturalização), documentos prontos, o que ainda falta, e status do envio. Essa visão geral ajuda muito quando mais de uma pessoa está envolvida.
Veja um exemplo de organização:
Nome | Grau de parentesco | Tipo de processo | Documentos prontos | Status |
---|---|---|---|---|
João | Filho de português | Atribuição | 100% | Aguardando aprovação |
Ana | Esposa de João | Naturalização | 80% | Falta apostilamento |
Lucas | Filho menor | Atribuição | 100% | Pronto para envio |
Outra dica valiosa é reaproveitar os documentos sempre que possível. Uma mesma certidão do avô português pode ser usada em todos os processos dos filhos e netos. O mesmo vale para a certidão de casamento dos pais, desde que esteja atualizada e apostilada.
💡 Dica bônus: se possível, envie os documentos para Portugal juntos, em um só envelope. Isso reduz o custo do envio internacional e permite que a conservatória veja os processos como parte de uma mesma família, o que pode facilitar a análise.
Por fim, sempre que tiver dúvidas, consulte profissionais especializados em nacionalidade portuguesa. Isso evita erros e acelera o processo, principalmente em famílias grandes ou com estruturas mais complexas.
Planeje em família e conquiste a cidadania portuguesa com mais facilidade
Fazer o processo de cidadania portuguesa em família não precisa ser complicado. Com planejamento, organização e colaboração entre os membros, o caminho pode ser muito mais leve e eficiente. O reconhecimento da nacionalidade não é apenas uma conquista individual. Quando feito em grupo, o processo fortalece vínculos, valoriza a história da família e abre oportunidades para todas as gerações.
Começar com quem tem o vínculo mais direto com Portugal, como filhos ou netos de portugueses, ajuda a criar uma base sólida. A partir desse primeiro reconhecimento, os demais pedidos ficam mais simples, especialmente para filhos menores e cônjuges. A ordem correta faz toda a diferença, não apenas no tempo de análise, mas também no tipo de processo necessário para cada perfil. E isso pode significar menos burocracia e menos custo.
Ao organizar o processo em grupo, é possível compartilhar documentos, centralizar a coleta das certidões, dividir tarefas e enviar tudo de forma mais coordenada. A economia também é real. Apostilamentos, traduções e taxas consulares podem ser otimizados quando a família atua em conjunto. Um mesmo assento de nascimento português, por exemplo, pode ser utilizado por filhos e netos no momento de solicitar a nacionalidade.
Além da praticidade, fazer tudo junto cria um sentimento coletivo de pertencimento. Ver pais, filhos e irmãos se tornando cidadãos portugueses juntos é algo marcante. E mais do que isso, é uma forma de construir um futuro com mais liberdade de escolha. Com a cidadania portuguesa em mãos, todos podem estudar em universidades europeias com condições especiais, buscar oportunidades profissionais no exterior ou até planejar uma mudança definitiva para Portugal ou outro país da União Europeia.
O mais importante é dar o primeiro passo. Reunir a família, entender quem tem direito, levantar os documentos e montar uma estratégia de entrada é o caminho mais seguro para garantir que todos tenham acesso à cidadania de forma estruturada. E se houver dúvidas ao longo do caminho, contar com orientação especializada pode evitar erros e atrasos.
Se há um português na sua árvore genealógica, há grandes chances de que mais de um membro da sua família também tenha esse direito. Com organização, apoio e informação, a cidadania portuguesa pode se tornar realidade para todos.
Dúvidas mais comuns sobre nacionalidade portuguesa em família
1. É possível fazer o processo de cidadania para toda a família ao mesmo tempo?
Sim, é possível organizar o processo de forma simultânea ou em etapas. O ideal é iniciar com quem tem o vínculo mais direto com o português de origem, como filhos, e depois seguir com netos, cônjuges e filhos menores. Isso facilita a transmissão e pode reduzir exigências.
2. Quem da família tem direito à nacionalidade portuguesa?
Filhos, netos, cônjuges e até bisnetos, em alguns casos, podem solicitar a cidadania portuguesa. A condição principal é comprovar a descendência com documentos corretos e seguir a linha de transmissão legalmente reconhecida.
3. Vale a pena fazer o processo em grupo?
Sim. Fazer o processo em família permite reaproveitar documentos, reduzir custos com certidões e traduções, e organizar o envio de forma mais eficiente. Além disso, facilita a transmissão entre gerações e pode acelerar o andamento.
4. Filhos menores de idade também podem ter a cidadania?
Sim. Quando um dos pais já tem a nacionalidade portuguesa reconhecida, o filho menor pode solicitar a cidadania por atribuição, em um processo simples e geralmente sem custos adicionais.
5. É necessário comprovar vínculo com Portugal em todos os casos?
Não. Filhos de portugueses não precisam comprovar vínculo com o país. Já os netos precisam demonstrar algum laço, como domínio do idioma, viagens ou envolvimento com a cultura portuguesa. Cônjuges também devem atender critérios específicos.
6. Quais documentos são compartilháveis entre os membros da família?
Certidões do ascendente português, comprovantes de residência familiar, certidões de casamento e alguns documentos apostilados podem ser utilizados em mais de um processo, desde que estejam atualizados e completos.
7. Preciso contratar um advogado para fazer o processo?
Não é obrigatório, mas pode ser recomendável em casos mais complexos ou quando a família quer garantir que tudo seja feito com mais rapidez e segurança. Profissionais especializados ajudam a montar a linha de transmissão correta e evitar retrabalho.
8. Posso fazer tudo à distância, morando no Brasil?
Sim. A maioria dos processos pode ser feita pelos consulados portugueses no Brasil ou enviada diretamente para conservatórias em Portugal. Toda a família pode organizar os pedidos à distância com os documentos certos.