Sim, em alguns casos existe entrevista na hora de pedir cidadania, mas isso depende do país, do tipo de processo e da base legal do pedido. Nem todos os caminhos exigem entrevista, e muitos brasileiros conseguem o reconhecimento da cidadania apenas com análise documental, especialmente nos casos por descendência. No entanto, quando o pedido é feito por naturalização, a entrevista é mais comum.
Se você está solicitando a cidadania italiana por descendência, seja no consulado ou na Itália, não há entrevista formal. O processo é quase totalmente documental. Você precisa apresentar certidões, comprovantes, formulários e esperar a análise dos documentos. O máximo que pode acontecer é uma conversa informal para confirmar dados ou esclarecer alguma inconsistência na papelada, mas isso não é considerado uma entrevista no sentido tradicional.
No caso da cidadania portuguesa, há caminhos com e sem entrevista. Para descendentes diretos (filhos ou netos), geralmente não há entrevista. Porém, em processos por casamento, tempo de residência ou naturalização, pode haver uma entrevista ou pedido de informações complementares para verificar se há ligação efetiva com a comunidade portuguesa. Isso pode incluir perguntas sobre a vida em Portugal, domínio da língua e histórico do casal (em casos de casamento).
Na Espanha, especialmente nos pedidos de naturalização por tempo de residência, a entrevista é quase sempre obrigatória. O solicitante precisa demonstrar que está integrado à sociedade espanhola, o que envolve responder a perguntas sobre cultura, geografia, política e idioma. Também é exigido um exame de conhecimento constitucional (CCSE) e, às vezes, entrevista pessoal com um juiz ou funcionário público.
Na Alemanha e França, processos de naturalização por residência geralmente incluem entrevistas. O objetivo é confirmar a integração do solicitante, avaliar o domínio da língua e a compreensão da sociedade local. Nessas entrevistas, o comportamento e a sinceridade contam muito.
Em resumo: a entrevista pode acontecer dependendo do tipo de cidadania e do país envolvido. Para quem tem direito por sangue, raramente ela existe. Para quem solicita por naturalização, casamento ou residência, é comum e faz parte da avaliação.