Confira os tópicos deste artigo:
Estudar fora do país é o sonho de muitos brasileiros. Seja para fazer um intercâmbio, uma graduação, um mestrado ou até um curso de idiomas, a experiência internacional pode transformar uma carreira e abrir portas em diferentes áreas profissionais. No entanto, o custo de estudar no exterior ainda é um dos maiores obstáculos para quem deseja dar esse passo. Mensalidades em moeda estrangeira, passagens aéreas, moradia, alimentação, seguro saúde e outros gastos acumulam um valor que muitas vezes não cabe no orçamento imediato. É aí que entra a possibilidade de buscar um empréstimo para estudar no exterior.
Esse tipo de crédito funciona como uma solução prática para quem quer viabilizar os estudos fora do país sem precisar esperar anos para juntar o dinheiro. Existem bancos, fintechs e até instituições internacionais que oferecem linhas de crédito específicas para educação, com foco em brasileiros que pretendem cursar programas no exterior. O empréstimo pode cobrir total ou parcialmente os custos, e o pagamento pode ser feito durante ou após o término do curso, dependendo da modalidade escolhida.
Uma das grandes vantagens desse tipo de financiamento é que ele permite que o estudante comece sua formação o quanto antes. Em vez de adiar os planos por questões financeiras, é possível montar um cronograma viável, fazer um planejamento de longo prazo e transformar o investimento em educação em uma ferramenta real de ascensão profissional.
Mas, como em qualquer tipo de crédito, é importante ter atenção aos detalhes. Taxas de juros, prazos para pagamento, exigências de garantias e critérios de aprovação variam bastante de uma instituição para outra. Também é essencial avaliar se o retorno financeiro esperado com a formação no exterior justifica o empréstimo contratado.
Neste artigo, você vai entender como funcionam os empréstimos para estudar no exterior, quais são os tipos mais comuns, as instituições que oferecem esse serviço, os documentos necessários para dar entrada e quais são as vantagens e riscos de optar por esse tipo de financiamento. Também vamos apresentar dicas para organizar melhor o orçamento e mostrar outras alternativas de apoio financeiro que podem complementar ou até substituir o crédito estudantil.
Como funciona o empréstimo para estudar no exterior
O empréstimo para estudar no exterior é uma modalidade de crédito voltada especificamente para quem deseja fazer algum tipo de formação fora do Brasil, como intercâmbio, graduação, pós-graduação, especialização, MBA, curso técnico ou até mesmo aulas de idiomas. A proposta é simples: o banco ou instituição financeira antecipa o valor necessário para custear os estudos e o estudante se compromete a pagar esse valor com juros dentro de um prazo previamente estabelecido.
Esse tipo de crédito pode ser utilizado para cobrir uma parte ou a totalidade dos custos do projeto educacional. Os valores geralmente incluem mensalidades da universidade ou escola, despesas com passagens aéreas, moradia, alimentação, seguro saúde e até materiais didáticos. Algumas instituições oferecem a opção de contratar um valor fixo, enquanto outras permitem que o aluno apresente um orçamento detalhado com todos os gastos previstos, o que ajuda a definir o montante total a ser financiado.
O pagamento pode ser feito de duas formas: durante o curso ou após a conclusão. No modelo tradicional, o estudante já começa a pagar as parcelas assim que o crédito é liberado. Mas existem instituições que oferecem um período de carência, permitindo que o pagamento se inicie somente depois da formatura. Esse modelo é especialmente comum em programas voltados para pós-graduação ou cursos de longa duração, nos quais o estudante ainda não tem renda fixa durante o curso.
Algumas instituições exigem garantias, como fiador, histórico de crédito positivo ou até um imóvel como caução. Outras, mais flexíveis, fazem a análise de crédito com base na expectativa de renda futura, especialmente em casos de cursos com alto potencial de retorno, como MBAs internacionais ou programas em universidades renomadas.
Veja um resumo do funcionamento:
Etapa | O que acontece |
---|---|
Solicitação | O estudante apresenta o orçamento e documentos |
Análise | A instituição avalia perfil, crédito e garantias |
Aprovação | Valor é liberado, em parcela única ou em etapas |
Pagamento | Parcelas mensais com ou sem carência inicial |
💡 Dica: antes de solicitar o empréstimo, faça uma simulação detalhada com base no tempo de curso, moeda local e custo de vida no destino. Isso ajuda a prever o valor ideal a ser financiado e evita dívidas além do necessário.
Diferença entre empréstimo estudantil e financiamento internacional
Embora pareçam a mesma coisa, o empréstimo estudantil e o financiamento internacional têm algumas diferenças importantes. Ambos servem para ajudar quem quer estudar fora do Brasil, mas funcionam de maneiras distintas em relação à forma de contratação, pagamento e instituições envolvidas. Entender essa diferença é fundamental para escolher a melhor opção de acordo com seu perfil e objetivo acadêmico.
O empréstimo estudantil é uma linha de crédito tradicional, oferecida por bancos, fintechs e financeiras brasileiras. Ele funciona como qualquer outro tipo de empréstimo pessoal, mas com condições voltadas para educação. O valor é liberado diretamente na conta do solicitante, que pode usar para pagar matrícula, passagem, seguro, moradia e outros custos. A principal característica desse modelo é a flexibilidade. O estudante negocia diretamente com o banco os prazos, juros, carência e garantias.
Já o financiamento internacional geralmente está vinculado a uma instituição de ensino no exterior ou a uma organização especializada nesse tipo de crédito. É o caso de empresas como Prodigy Finance, MPOWER Financing ou Future Finance. Elas trabalham com estudantes internacionais e oferecem financiamentos diretamente conectados aos cursos em universidades específicas, especialmente para programas de mestrado, MBA e pós-graduação. Nesse caso, o valor do curso é pago diretamente à instituição de ensino, e o estudante faz o reembolso conforme o cronograma acordado.
Veja a comparação abaixo:
Característica | Empréstimo estudantil | Financiamento internacional |
---|---|---|
Instituição | Bancos e financeiras brasileiras | Instituições internacionais ou ligadas à universidade |
Liberação do valor | Direto para o estudante | Pago à universidade estrangeira |
Cursos aceitos | Intercâmbio, idiomas, graduação, pós | Geralmente mestrado e MBA |
Moeda | Reais (R$) | Moeda estrangeira (USD, EUR, etc.) |
Garantias | Fiador, histórico de crédito, imóvel | Pode dispensar garantias locais |
Forma de contratação | Direto com banco ou plataforma | Através da universidade ou site da financiadora |
O empréstimo estudantil pode ser uma boa opção para quem está planejando cursos de curta duração ou prefere negociar com bancos no Brasil. Já o financiamento internacional costuma ser mais vantajoso para quem foi aceito em uma universidade estrangeira de alto nível e precisa de um valor mais elevado, com pagamento mais longo.
💡 Dica: sempre leia atentamente o contrato antes de assinar, especialmente se o crédito for em moeda estrangeira. As variações cambiais podem impactar diretamente o valor final da dívida.
Bancos e instituições que oferecem crédito para estudos fora do Brasil
Atualmente, existem diversas instituições que oferecem empréstimos ou financiamentos voltados para quem deseja estudar fora do Brasil. Esses serviços estão disponíveis tanto em bancos tradicionais quanto em plataformas especializadas em crédito educacional. Cada uma tem suas próprias condições, exigências e formas de liberação do dinheiro, por isso vale a pena comparar antes de escolher a melhor opção para o seu caso.
Entre os bancos brasileiros, algumas das principais instituições que oferecem linhas específicas de crédito educacional são:
- Santander Universidades: conta com programas voltados para intercâmbio e pós-graduação, além de parcerias com instituições estrangeiras. Também é possível participar de editais com bolsas e condições especiais de financiamento.
- Bradesco: oferece crédito pessoal que pode ser usado para fins educacionais. O valor depende da análise de crédito do cliente, e o pagamento pode ser parcelado em até 48 vezes.
- Banco do Brasil: possui a linha BB Crédito Educação, que permite o uso do valor para cursos no exterior, mediante apresentação de comprovantes e aprovação de crédito.
No setor de fintechs e plataformas privadas, existem opções mais voltadas ao público que vai cursar o ensino superior fora, especialmente em programas de pós-graduação:
- Prodigy Finance: especializada em estudantes internacionais aceitos em cursos de mestrado e MBA. Atua com foco em universidades de ponta na Europa, Estados Unidos e Canadá. Não exige fiador local e o pagamento é feito em moeda estrangeira.
- MPOWER Financing: oferece financiamento para estudantes de graduação e pós-graduação que estejam matriculados em instituições parceiras. O diferencial é que o processo é totalmente online e pode ser feito mesmo sem histórico de crédito no exterior.
- Future Finance: baseada no Reino Unido, oferece financiamentos para cursos em diversas universidades britânicas. É voltada para estudantes que já residem ou vão residir no país durante os estudos.
Confira a tabela comparativa:
Instituição | Tipo de crédito | Público-alvo | Moeda |
---|---|---|---|
Santander | Crédito educacional | Intercâmbio e pós | Real |
Bradesco | Empréstimo pessoal | Qualquer curso | Real |
Banco do Brasil | Crédito educação | Graduação e pós | Real |
Prodigy Finance | Financiamento internacional | Mestrado e MBA | Dólar ou euro |
MPOWER Financing | Financiamento educacional | Graduação e pós | Dólar |
Future Finance | Financiamento para residentes | Universidades no Reino Unido | Libra esterlina |
💡 Dica: antes de contratar, simule o valor total com as taxas e prazos. Em alguns casos, o câmbio pode tornar uma opção internacional mais vantajosa que um empréstimo local.
Documentos e requisitos para solicitar empréstimo educacional
Solicitar um empréstimo para estudar no exterior exige atenção a uma série de documentos e requisitos que variam de acordo com a instituição financeira escolhida. Embora cada banco ou plataforma tenha suas próprias regras, a maioria segue um padrão básico de análise de crédito, comprovação de vínculo com o curso e, em alguns casos, garantias. Entender essas exigências com antecedência é essencial para evitar contratempos durante o processo.
O primeiro requisito costuma ser a comprovação de matrícula ou aceitação em uma instituição de ensino no exterior. Seja um curso de idiomas, graduação, pós-graduação ou intercâmbio, o aluno precisa apresentar uma carta de aceite ou documento oficial que comprove a inscrição. Sem isso, dificilmente o crédito será liberado, especialmente nas instituições internacionais como Prodigy Finance ou MPOWER Financing.
Outro ponto importante é a comprovação de renda. O banco ou plataforma vai avaliar se você, ou um responsável financeiro, tem condições de arcar com as parcelas do empréstimo. Para isso, é comum exigir:
- Holerites ou comprovantes de pagamento dos últimos três meses
- Declaração do Imposto de Renda
- Extratos bancários recentes
- Carteira de trabalho ou contrato de prestação de serviços, no caso de autônomos
Se o estudante não tiver renda suficiente, a instituição pode solicitar um fiador. Esse fiador deve ter renda compatível com o valor solicitado e também terá que apresentar toda a documentação necessária para análise de crédito.
Em plataformas internacionais, como Prodigy ou MPOWER, não é obrigatório ter fiador, mas é preciso comprovar capacidade futura de pagamento. Isso geralmente envolve o envio do currículo, carta de aceite em um curso com alto índice de empregabilidade e até projeção de salário após a formatura.
Veja a lista de documentos mais comuns:
Documento | Quem deve apresentar | Observações |
---|---|---|
RG e CPF | Estudante e fiador (se houver) | Documentos básicos de identificação |
Comprovante de residência | Estudante e fiador | Atualizado, no nome do solicitante ou familiar |
Comprovante de matrícula | Estudante | Carta de aceite oficial da instituição |
Comprovante de renda | Estudante ou fiador | Pode incluir contracheques, IR e extratos |
Histórico escolar | Estudante | Exigido por algumas plataformas de crédito |
💡 Dica: comece a reunir os documentos com antecedência. Quanto mais organizado for o processo, mais rápida será a liberação do crédito, especialmente quando há prazos para matrícula ou obtenção de visto.
Juros, prazos e condições de pagamento mais comuns
Entender as taxas de juros e as condições de pagamento é um dos pontos mais importantes antes de contratar um empréstimo para estudar no exterior. Mesmo sendo uma solução útil para viabilizar os estudos fora do Brasil, o crédito educacional envolve um compromisso financeiro que deve ser bem planejado. Saber quanto você vai pagar no final, em quanto tempo e de que forma as parcelas serão cobradas é essencial para evitar surpresas.
Os juros variam bastante de acordo com o tipo de empréstimo, o perfil do estudante, a instituição financeira e até a moeda escolhida. No Brasil, bancos tradicionais costumam praticar taxas entre 1,3% e 2,5% ao mês, o que pode resultar em uma taxa anual superior a 25%. Já plataformas internacionais como Prodigy Finance ou MPOWER Financing trabalham com taxas em torno de 7% a 12% ao ano, em dólar ou euro, dependendo do país e do curso escolhido.
Outro fator importante são os prazos de pagamento. Em empréstimos contratados no Brasil, os prazos geralmente variam de 12 a 60 meses, com a possibilidade de carência de até seis meses após a liberação do valor. Já os financiamentos internacionais tendem a oferecer condições mais flexíveis, com pagamento iniciado apenas após a conclusão do curso. A carência pode chegar a 12 ou até 24 meses, dependendo da duração do programa e da política da instituição.
Além dos juros e do prazo, é importante ficar atento a outras condições de pagamento:
- Algumas instituições oferecem parcelas fixas, o que facilita o controle do orçamento.
- Outras trabalham com sistema de amortização variável, o que pode tornar as primeiras parcelas menores, mas elevar o valor ao longo do tempo.
- Em financiamentos em moeda estrangeira, o valor das parcelas pode variar de acordo com o câmbio.
- Algumas empresas permitem adiantar parcelas sem cobrança de multa, o que pode reduzir o valor total pago.
Confira a tabela comparativa:
Item | Empréstimos nacionais | Financiamentos internacionais |
---|---|---|
Juros | 1,3% a 2,5% ao mês | 7% a 12% ao ano |
Prazo | 1 a 5 anos | Até 10 anos |
Carência | Até 6 meses | Até 2 anos após o curso |
Moeda | Real | Dólar ou euro |
💡 Dica: sempre solicite o CET (Custo Efetivo Total) antes de fechar contrato. Esse valor inclui juros, taxas administrativas, IOF e qualquer outro custo envolvido na operação.
Vantagens e riscos de financiar os estudos no exterior
Contratar um empréstimo ou financiamento para estudar no exterior pode ser a chave para transformar um plano em realidade. No entanto, como em qualquer decisão financeira, é essencial analisar os dois lados da moeda. Entender as vantagens e os riscos ajuda a tomar uma decisão consciente e a evitar arrependimentos futuros.
Uma das principais vantagens é a possibilidade de antecipar a realização do sonho de estudar fora. Em vez de esperar anos para economizar o valor total necessário, o estudante consegue viabilizar o curso imediatamente. Isso é especialmente importante para quem já foi aceito em uma universidade internacional ou tem prazos apertados para iniciar as aulas.
Outro ponto positivo é o aumento das chances profissionais após a conclusão do curso. Muitas formações internacionais abrem portas no mercado de trabalho, tanto fora quanto dentro do Brasil. O retorno financeiro desse investimento tende a aparecer nos anos seguintes, seja por meio de um salário mais alto, seja por melhores oportunidades de carreira.
Além disso, algumas plataformas internacionais oferecem condições mais flexíveis do que os bancos tradicionais, como carência estendida, isenção de fiador e análise com base no potencial de empregabilidade do estudante. Isso pode ser uma boa saída para quem não tem como comprovar renda no Brasil, mas foi aceito em um curso de prestígio.
Por outro lado, também existem riscos que precisam ser considerados. O primeiro deles é o comprometimento financeiro a longo prazo. Ao contratar um empréstimo, o estudante assume uma dívida que pode durar anos, mesmo após o término do curso. Isso exige planejamento e controle sobre o orçamento pessoal.
Outro ponto de atenção é a variação cambial, especialmente nos financiamentos feitos em moeda estrangeira. Se o câmbio subir durante o período de pagamento, o valor das parcelas em reais pode aumentar significativamente. Esse é um fator que muitas vezes é ignorado no momento da contratação, mas que pode impactar bastante o valor final pago.
Veja um resumo:
Vantagens ✅ | Riscos ⚠️ |
---|---|
Viabiliza o início imediato do curso | Comprometimento com dívida de longo prazo |
Aumenta as oportunidades profissionais | Possível instabilidade cambial |
Oferece condições flexíveis em algumas plataformas | Juros elevados em certos casos |
Pode ser contratado mesmo sem fiador | Requer disciplina financeira após o curso |
💡 Dica: antes de assinar qualquer contrato, simule diferentes cenários de câmbio e condições de pagamento. Isso ajuda a entender melhor o impacto do empréstimo na sua vida após os estudos.
Dicas para organizar o orçamento com empréstimo internacional
Contratar um empréstimo para estudar no exterior exige não só planejamento para a viagem e o curso, mas também uma gestão financeira cuidadosa durante todo o período do financiamento. Manter o orçamento sob controle é fundamental para evitar endividamentos futuros, cumprir os prazos e aproveitar a experiência internacional com tranquilidade. Algumas estratégias simples podem fazer toda a diferença na hora de equilibrar estudos e responsabilidades financeiras.
A primeira dica é construir um orçamento mensal realista. Antes mesmo de embarcar, liste todas as despesas previstas no país de destino: moradia, alimentação, transporte, material de estudo, seguro saúde, lazer e despesas extras. Depois, calcule quanto do valor emprestado será usado por mês e quanto será necessário complementar com sua própria renda, caso já vá trabalhar legalmente durante os estudos.
Também é importante definir um fundo de emergência. Mesmo que o empréstimo cubra a maior parte dos gastos, imprevistos sempre acontecem. Pode surgir uma taxa inesperada da universidade, um problema de saúde ou uma mudança no câmbio que afete os pagamentos. Ter uma reserva, mesmo que pequena, ajuda a manter o controle da situação.
Se o empréstimo tiver carência no pagamento, aproveite esse tempo para se organizar. Guarde dinheiro, controle os gastos e, se possível, inicie o pagamento das parcelas antes do vencimento. Isso reduz o valor final com juros e mostra disciplina financeira, o que pode ser útil para futuros financiamentos.
Outra boa prática é acompanhar a variação cambial. Se você contratou um financiamento em dólar, euro ou outra moeda estrangeira, é importante saber quanto isso representa em reais. Use aplicativos de conversão, defina alertas para acompanhar o câmbio e, se possível, compre moeda aos poucos para reduzir o impacto de oscilações bruscas.
Confira algumas dicas em formato de checklist:
Estratégia | Por que é importante |
---|---|
Montar um orçamento detalhado | Evita surpresas e descontrole |
Criar um fundo de emergência | Cobre imprevistos sem precisar recorrer a novos empréstimos |
Acompanhar o câmbio | Ajuda a antecipar variações no valor das parcelas |
Usar planilhas ou apps de controle | Facilita o acompanhamento dos gastos mensais |
Evitar gastos supérfluos nos primeiros meses | Permite adaptação ao novo país com mais segurança |
💡 Dica extra: muitos estudantes se perdem financeiramente por falta de organização. Anotar todos os gastos e revisar seu orçamento semanalmente pode evitar problemas maiores lá na frente.
Outras formas de apoio financeiro além do crédito estudantil
Embora os empréstimos e financiamentos sejam opções viáveis para quem quer estudar no exterior, existem outras formas de apoio financeiro que podem complementar ou até substituir o uso de crédito. Essas alternativas são especialmente úteis para estudantes que desejam reduzir o endividamento ou que não têm perfil aprovado para empréstimos tradicionais. Com um pouco de pesquisa e planejamento, é possível combinar diferentes fontes de recursos para viabilizar o projeto educacional.
A primeira e mais conhecida alternativa são as bolsas de estudo. Diversas universidades europeias, americanas e canadenses oferecem bolsas parciais ou integrais para estudantes internacionais. Algumas são baseadas em mérito acadêmico, enquanto outras consideram fatores como origem socioeconômica, engajamento social ou mesmo o país de origem do aluno. Bolsas como Erasmus+, DAAD, Eiffel Excellence, Chevening e Fulbright estão entre as mais reconhecidas globalmente.
Outra opção são os programas de apoio de fundações e instituições privadas. Algumas ONGs e organizações educacionais brasileiras oferecem auxílios financeiros para estudantes que foram aceitos em universidades estrangeiras, principalmente em cursos de pós-graduação. O Instituto Ling, a Fundação Estudar e a Fundação Lemann são exemplos de entidades que já apoiaram centenas de brasileiros em programas fora do país.
Muitos estudantes também conseguem apoio por meio de parcerias com empresas privadas, especialmente em áreas como tecnologia, engenharia, administração e saúde. Em alguns casos, o estudante se compromete a retornar ao Brasil após o curso e trabalhar por um determinado período na empresa patrocinadora, como forma de retribuição.
Além disso, existem programas de auxílio do próprio governo brasileiro, como o Ciência sem Fronteiras (em sua versão reformulada) e bolsas oferecidas por secretarias estaduais e fundações de amparo à pesquisa. Embora mais raros atualmente, esses auxílios ainda existem e merecem atenção durante o planejamento.
Confira algumas dessas opções:
Tipo de apoio | Exemplos | Observações |
---|---|---|
Bolsas internacionais | Erasmus+, DAAD, Chevening, Fulbright | Exigem aplicação com antecedência |
Fundações privadas | Estudar, Lemann, Instituto Ling | Processo seletivo anual |
Programas empresariais | Bolsas corporativas | Foco em áreas estratégicas |
Incentivos públicos | FAPESP, CNPq, CAPES | Para mestrado, doutorado e pesquisa |
💡 Dica: combinar uma bolsa parcial com um financiamento menor pode ser a saída ideal para estudar fora com equilíbrio financeiro. Quanto mais fontes de apoio você considerar, maiores serão as chances de sucesso.
Estudar no exterior é possível com planejamento e apoio certo
Dar o primeiro passo para estudar fora pode parecer difícil quando o orçamento é limitado, mas com planejamento e acesso às opções certas de financiamento, esse objetivo pode se tornar totalmente viável. Os empréstimos educacionais e os financiamentos internacionais surgem como alternativas reais para quem quer transformar o sonho de estudar em outro país em um plano concreto, mesmo sem ter o valor total disponível no momento.
Ao longo do artigo, ficou claro que existem diversas formas de conseguir apoio financeiro. É possível contar com bancos nacionais, plataformas internacionais, bolsas de estudo, apoio de fundações, programas públicos e até patrocínios de empresas privadas. Cada opção tem suas regras, exigências e benefícios, por isso é essencial analisar com calma e montar um plano personalizado para o seu perfil.
O mais importante é se preparar com antecedência. Reunir os documentos, fazer simulações, entender as taxas e as condições de pagamento, acompanhar a variação cambial e organizar o orçamento são passos fundamentais para que o processo ocorra de forma segura. Além disso, é sempre bom lembrar que o investimento em educação costuma trazer retorno, seja por meio de melhores oportunidades profissionais, seja pela experiência de viver em um ambiente multicultural.
Também é essencial manter os pés no chão. Antes de contratar um empréstimo, reflita sobre o impacto que ele terá no seu futuro financeiro. Avalie se o curso escolhido realmente oferece boas perspectivas, se você terá condições de pagar as parcelas após a formatura e se o valor total financiado cabe no seu planejamento. Com responsabilidade, o crédito estudantil pode ser uma alavanca poderosa para seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Se possível, combine fontes de apoio. Uma bolsa parcial junto com um empréstimo menor, por exemplo, pode ser uma forma mais equilibrada de realizar o projeto. Lembre-se de que estudar fora não precisa significar endividamento excessivo. Há caminhos que permitem uma experiência internacional de qualidade, com controle dos gastos e equilíbrio financeiro.
Se o seu sonho é estudar no exterior, saiba que você não está sozinho. Milhares de brasileiros já trilharam esse caminho, com esforço, planejamento e o apoio certo. E agora você tem as informações que precisa para começar a desenhar o seu plano também.
Tudo o que você ainda quer saber sobre empréstimos para estudar no exterior
1. Posso usar um empréstimo para qualquer tipo de curso fora do Brasil?
Sim. Existem linhas de crédito para cursos de idiomas, intercâmbios, graduação, pós-graduação e até cursos técnicos. O mais importante é comprovar a aceitação em uma instituição de ensino no exterior e apresentar um orçamento detalhado.
2. Preciso ter renda comprovada para solicitar o crédito?
Sim, na maioria dos casos. Se o estudante não tiver renda suficiente, é comum que o banco ou a plataforma solicite um fiador que comprove capacidade de pagamento. Algumas instituições internacionais aceitam análise com base no potencial de renda futura.
3. O valor do empréstimo cobre todos os custos da viagem?
Depende da instituição e do valor solicitado. É possível financiar mensalidades, moradia, alimentação, transporte, seguro saúde e até passagens aéreas, desde que o orçamento seja bem estruturado e aprovado.
4. Posso começar a pagar só depois de terminar o curso?
Sim, especialmente em financiamentos internacionais. Algumas plataformas oferecem carência de até dois anos após a conclusão do curso. Já em empréstimos contratados no Brasil, a carência costuma ser de até seis meses.
5. O crédito é liberado em reais ou em moeda estrangeira?
Bancos brasileiros liberam o valor em reais. Já financiadoras internacionais trabalham com dólar, euro ou outra moeda, dependendo do país e da universidade. Isso impacta diretamente no valor das parcelas, por conta do câmbio.
6. Quais são os riscos de fazer um financiamento educacional?
Os principais riscos são o comprometimento de longo prazo com uma dívida e a variação cambial, no caso de financiamentos em moeda estrangeira. Por isso, é importante simular cenários antes de contratar.
7. Existem plataformas que não exigem fiador?
Sim. Algumas instituições como Prodigy Finance e MPOWER Financing não exigem fiador brasileiro. A análise é feita com base na universidade onde o aluno foi aceito e na expectativa de empregabilidade após o curso.
8. Vale mais a pena fazer empréstimo no Brasil ou no exterior?
Depende do seu perfil e da instituição. Financiamentos internacionais costumam ter juros mais baixos, mas envolvem risco cambial. Empréstimos nacionais têm juros mais altos, mas permitem pagamento em reais e maior controle do valor final.