A dupla cidadania norueguesa se tornou oficialmente permitida a partir de 1º de janeiro de 2020, após uma mudança significativa na legislação do país. Desde então, brasileiros que atendem aos critérios de naturalização não precisam mais abrir mão da nacionalidade brasileira para se tornarem cidadãos noruegueses. A nova regra abriu caminho para milhares de imigrantes que desejam garantir os direitos plenos na Noruega sem perder os vínculos com o país de origem.
Com essa mudança, o processo de naturalização continua exigente, mas a possibilidade de manter a dupla cidadania tornou a meta mais atraente. Para brasileiros residentes no país, a principal forma de obtenção da nacionalidade norueguesa continua sendo por tempo de residência legal, que exige pelo menos oito anos de permanência nos últimos onze, além da aprovação nos testes obrigatórios de idioma e integração.
A dupla cidadania norueguesa também é possível em casos de casamento. Brasileiros casados com noruegueses podem solicitar a cidadania desde que cumpram o tempo mínimo de união e residência, seguindo a regra dos sete anos combinados entre casamento e moradia no país.
O reconhecimento da dupla cidadania representa uma mudança importante na política de imigração da Noruega. Antes da reforma, quem desejava se naturalizar precisava obrigatoriamente renunciar à nacionalidade anterior, o que impedia muitos brasileiros de avançarem com o processo. Agora, é possível manter os dois vínculos legais e usufruir de direitos nos dois países.
A nacionalidade norueguesa garante acesso ao passaporte escandinavo, um dos mais valorizados do mundo, além de permitir a livre circulação por todo o Espaço Schengen, direito ao voto, acesso ao sistema de bem-estar e inclusão plena na sociedade.
Com regras claras e políticas de integração bem estruturadas, a dupla cidadania norueguesa tem sido cada vez mais buscada por brasileiros que construíram suas vidas no país e desejam formalizar sua condição como cidadãos plenos — sem abrir mão das raízes brasileiras.