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Buscar a cidadania europeia tem se tornado uma prioridade para milhares de brasileiros que desejam viver, trabalhar ou estudar fora do país. Nesse cenário, a cidadania portuguesa e a cidadania italiana estão entre as opções mais procuradas, seja por laços familiares, benefícios legais ou pela facilidade de acesso a outros países da União Europeia. Mas afinal, qual é mais fácil de obter? A resposta exige uma análise detalhada dos requisitos, documentos, custos, prazos e atualizações legislativas de cada processo.
A cidadania italiana desperta interesse principalmente por conta da possibilidade de reconhecimento por descendência, sem limite de gerações, desde que a linha de transmissão não tenha sido interrompida por naturalizações. Muitos se perguntam quem tem direito à cidadania italiana, se é possível conseguir cidadania italiana por casamento, ou mesmo se há formas gratuitas ou via judicial de obtê-la. Termos como cidadania italiana como tirar, cidadania italiana para descendentes, cidadania italiana documentos e passo a passo cidadania italiana aparecem com frequência nas buscas, mostrando o quão complexa e detalhada pode ser essa jornada.
Por outro lado, a cidadania portuguesa também oferece diversas possibilidades. Com as novas leis, ficou mais fácil para netos, e até em alguns casos, bisnetos de portugueses solicitarem o reconhecimento da nacionalidade. Muita gente busca saber quanto custa tirar cidadania portuguesa, quais são os documentos exigidos, e como se dá o reconhecimento por casamento. O cartão cidadão português, que garante direitos e deveres de um cidadão europeu, também entra em pauta, ao lado de tópicos como identidade portuguesa e dupla cidadania portuguesa.
Além dos aspectos burocráticos, há também questões emocionais e práticas envolvidas. Muitos desejam reconectar-se com suas raízes, ou então buscam uma forma de garantir melhor qualidade de vida, segurança e oportunidades para si e seus filhos. Perguntas como como saber se tenho cidadania italiana, como saber se tenho descendência italiana ou como conseguir cidadania italiana de graça ilustram o desejo comum de entender se esse sonho está ao alcance.
Ainda existem particularidades, como as regras para o cônjuge italiano, os direitos dos netos e bisnetos portugueses, e os detalhes do processo judicial da cidadania italiana. Em meio a tudo isso, surgem comparações inevitáveis sobre qual cidadania é mais vantajosa, qual é mais barata, e principalmente, qual é mais rápida e menos burocrática.
Neste artigo, vamos comparar com profundidade os dois processos, destacando os pontos fortes e as dificuldades de cada um. Se você está em dúvida sobre qual caminho seguir, este conteúdo vai ajudar a tomar uma decisão mais consciente e estratégica.
Diferenças entre cidadania portuguesa e cidadania italiana
Embora ambos os processos levem ao reconhecimento da nacionalidade europeia, as diferenças entre a cidadania portuguesa e a cidadania italiana são notáveis em diversos aspectos — desde os critérios de elegibilidade até os custos e a duração dos trâmites. Entender essas distinções é fundamental para quem deseja iniciar esse processo de forma consciente, escolhendo o caminho mais viável de acordo com seu perfil familiar e financeiro.
A cidadania italiana é amplamente reconhecida por permitir o reconhecimento por descendência sem limite de gerações. Isso significa que mesmo tataranetos de italianos podem ter direito ao reconhecimento, desde que a linha de transmissão da nacionalidade não tenha sido rompida. Essa possibilidade gera uma enorme demanda, especialmente entre brasileiros com sobrenomes italianos que buscam saber como tirar a cidadania italiana ou se têm direito à cidadania italiana. No entanto, a complexidade da documentação e a morosidade do sistema consular são fatores que costumam dificultar o processo.
Já a cidadania portuguesa, embora também ofereça caminhos por descendência, é mais restrita quanto ao grau de parentesco. Atualmente, os netos de portugueses têm um acesso facilitado, especialmente após a aprovação da nova lei da cidadania portuguesa, que flexibilizou alguns critérios. Em casos específicos, até bisnetos podem ser beneficiados, desde que o neto obtenha a cidadania e a transmita. Além disso, Portugal possui um sistema menos burocrático, o que torna o processo geralmente mais rápido do que na Itália.
Outro ponto de distinção está na forma de reconhecimento por casamento. A cidadania italiana por casamento exige prazos maiores de convivência, além de testes de proficiência em italiano e comprovação de laços duradouros. Por outro lado, Portugal costuma ser mais flexível neste aspecto, permitindo o pedido mesmo para casais que vivem fora do país, desde que o casamento esteja devidamente registrado e comprovado.
Quanto aos documentos, ambos os processos exigem certidões de nascimento em inteiro teor, traduzidas e apostiladas. No entanto, a cidadania italiana é notoriamente mais exigente e detalhista, especialmente quando envolve processo judicial ou comprovações de naturalizações e linhas genealógicas. O reconhecimento via judicial, por exemplo, é uma alternativa comum para driblar as longas filas consulares italianas, mas implica custos mais elevados e demanda assessoria jurídica especializada.
Em termos de custos, tanto quanto custa tirar cidadania portuguesa quanto quanto custa a cidadania italiana são dúvidas recorrentes. A média dos gastos com a cidadania portuguesa costuma ser mais acessível, principalmente porque há menos exigências documentais e o processo pode ser feito diretamente junto aos órgãos portugueses, sem depender de consultorias especializadas ou processos judiciais.
Além disso, há uma diferença cultural e institucional relevante: Portugal tem investido cada vez mais na integração de brasileiros, oferecendo canais oficiais claros, atendimento digitalizado e prazos definidos. Já a Itália, devido ao alto volume de pedidos, enfrenta gargalos em seus consulados no Brasil, o que gera processos que se estendem por anos.
Por fim, em termos de benefícios, ambas as cidadanias permitem viver em qualquer país da União Europeia, acessar sistemas de saúde e educação, além de facilitar processos de imigração para países como Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Austrália. No entanto, o caminho até a conquista da nacionalidade é diferente — e essa escolha depende de fatores como urgência, grau de parentesco e capacidade de investimento.

Quem tem direito à cidadania portuguesa e italiana?
Entender quem tem direito à cidadania portuguesa ou italiana é um dos primeiros passos para dar início ao processo de reconhecimento. Ambos os países adotam o princípio do jus sanguinis — ou seja, o direito à nacionalidade é transmitido por sangue, e não pelo local de nascimento. No entanto, há diferenças significativas nos critérios e nas possibilidades oferecidas por cada legislação.
No caso da cidadania italiana, o direito pode ser transmitido sem limite de gerações, desde que não haja interrupção na linha de descendência. Isso quer dizer que filhos, netos, bisnetos, tataranetos e além podem solicitar o reconhecimento, desde que consigam comprovar documentalmente cada elo da árvore genealógica, incluindo registros de nascimento, casamento e, em alguns casos, de óbito. A grande vantagem da cidadania italiana para descendentes é justamente essa amplitude, que permite que muitas famílias brasileiras, com um ou mais ascendentes italianos, se qualifiquem. Porém, há algumas limitações importantes, como no caso de mulheres que transmitiram a cidadania antes de 1948 — nesse caso, é necessário entrar com um processo via judicial para corrigir essa restrição histórica.
Além da descendência, a cidadania italiana por casamento é uma possibilidade viável. Estrangeiros casados com cidadãos italianos podem solicitar a nacionalidade após dois anos de matrimônio (se residirem na Itália) ou três anos (se morarem fora do país). Esses prazos são reduzidos pela metade em caso de filhos em comum. No entanto, a legislação italiana exige também conhecimento da língua italiana e antecedentes criminais limpos, tornando o processo mais burocrático. Termos como cidadania italiana para cônjuge ou cidadania italiana conjuge são buscados frequentemente por quem deseja seguir esse caminho.
Já a cidadania portuguesa possui critérios mais recentes e atualizados, com destaque para a nova lei da cidadania portuguesa, que ampliou o direito para netos de portugueses nascidos fora de Portugal. A grande mudança é que, hoje, netos e até bisnetos podem ser reconhecidos como cidadãos portugueses, desde que se cumpram alguns requisitos. No caso dos bisnetos, é necessário que o neto primeiro obtenha sua cidadania e a transmita aos descendentes. Esse caminho é especialmente interessante para famílias com avós portugueses que não foram registrados em Portugal.
A cidadania portuguesa para netos exige a comprovação da ligação com o avô ou avó português, além de vínculos com a comunidade portuguesa, o que pode incluir domínio da língua, participação em atividades culturais ou residência em países lusófonos. A cidadania portuguesa por casamento também é possível e geralmente mais simples do que na Itália. Estrangeiros casados com portugueses podem requerer a nacionalidade após três anos de união, desde que não estejam separados judicialmente e comprovem efetiva ligação com a comunidade nacional.
Muitas pessoas buscam saber como saber se tenho direito à cidadania italiana ou como saber se tenho descendência italiana. O mesmo ocorre com quem deseja verificar se é possível obter a cidadania portuguesa bisneto ou cidadania portuguesa para bisnetos. Essas dúvidas são comuns porque os critérios envolvem análise genealógica detalhada, além de interpretação da legislação vigente no momento da solicitação.
É importante lembrar que os dois países não impõem, em geral, a renúncia à cidadania brasileira. Portanto, é possível ter dupla cidadania italiana ou dupla cidadania portuguesa, o que amplia as possibilidades para quem pretende residir na Europa e manter os direitos no Brasil.
Concluindo, o direito à cidadania portuguesa ou italiana depende de uma combinação de fatores: grau de parentesco, tipo de vínculo (sanguíneo ou matrimonial), contexto histórico e até questões linguísticas. Por isso, é fundamental analisar cada caso com cuidado e, se possível, buscar ajuda especializada para montar a documentação necessária e avaliar qual dos caminhos é o mais adequado para você e sua família.
Como tirar a cidadania italiana: passo a passo completo
O processo para tirar a cidadania italiana pode parecer desafiador à primeira vista, mas com as informações corretas e organização dos documentos, ele se torna mais acessível. Seja por descendência, casamento ou até mesmo via judicial, cada caminho tem seu próprio conjunto de exigências. A seguir, apresentamos um passo a passo completo com foco no reconhecimento por descendência, o mais comum entre brasileiros.
1. Verifique se você tem direito
Antes de tudo, é essencial entender se você realmente se enquadra nos critérios legais. A cidadania italiana por descendência pode ser passada sem limite de gerações, desde que não haja interrupção na linha de transmissão, como naturalização do ascendente antes do nascimento do descendente. Muitos brasileiros têm essa dúvida: como saber se tenho cidadania italiana? ou como saber se tenho descendência italiana?. O primeiro passo é conversar com os familiares mais velhos e reunir informações sobre sobrenomes, locais de nascimento e datas.
2. Inicie a montagem da árvore genealógica
Depois de identificar o antepassado italiano, você deve traçar a linha genealógica até você, incluindo todos os elos: avós, pais, etc. Essa etapa é fundamental para garantir a coerência documental. É importante levantar todas as certidões de nascimento, casamento e óbito dos ascendentes, tanto no Brasil quanto, se possível, na Itália.
3. Reúna os documentos obrigatórios
A lista de documentos para a cidadania italiana por descendência é extensa e deve seguir regras rigorosas. Alguns dos principais itens incluem:
- Certidão de nascimento do ascendente italiano (em inteiro teor)
- Certidão negativa de naturalização (CNN)
- Todas as certidões intermediárias (pais, avós, etc.)
- Certidão de nascimento e casamento do requerente
- Traduções juramentadas e apostilamento de Haia
A cidadania italiana documentos costuma ser um dos temas mais buscados, justamente pela complexidade dessa etapa. Erros ou incoerências nas certidões, como diferenças de grafia em nomes, podem causar atrasos ou até indeferimentos.
4. Escolha o local onde fará o pedido
Você pode fazer o pedido de cidadania italiana de três formas principais:
- Pelo consulado italiano no Brasil: processo demorado, com filas que podem levar anos.
- Diretamente na Itália: exige residência temporária, mas o processo é bem mais rápido.
- Via judicial: ideal para casos de transmissão por linha materna antes de 1948 ou para evitar a fila consular. Essa é uma alternativa buscada por muitos brasileiros, especialmente com o auxílio de advogados especializados.
A busca por cidadania italiana via judicial aumentou nos últimos anos, pois permite maior controle sobre prazos e evita a morosidade dos consulados.
5. Dê entrada no processo
Se você optar pelo consulado, será necessário agendar um horário (muitas vezes difícil de conseguir) e entregar a documentação conforme exigido. Em caso de pedido feito na Itália, será necessário obter residência e se registrar junto ao comune local. Já no processo judicial, o advogado contratado fará o protocolo diretamente na justiça italiana.
6. Aguarde a análise e publicação
Após dar entrada, seu processo será analisado. Se tudo estiver correto, será feita a transcrição da sua certidão de nascimento no registro civil italiano. Esse é o passo que oficializa sua cidadania. A partir daí, você poderá solicitar seu passaporte italiano, carta de identidade e aproveitar todos os direitos de um cidadão da União Europeia.
7. Solicite o passaporte italiano
Com a cidadania reconhecida, você poderá emitir seu passaporte italiano, o que abrirá portas para morar, trabalhar e circular livremente por mais de 25 países da União Europeia, além de facilitar vistos para países como EUA, Canadá e Japão.
Para quem se pergunta como conseguir cidadania italiana de graça, vale lembrar que embora existam custos reduzidos se você fizer o processo por conta própria, sempre haverá gastos com certidões, traduções e taxas consulares. Ainda assim, com planejamento e paciência, é possível minimizar esses custos.
Como funciona o processo para obter a cidadania portuguesa?
O reconhecimento da cidadania portuguesa tem atraído um número crescente de brasileiros, especialmente após mudanças recentes na legislação que tornaram o processo mais acessível para descendentes de portugueses. Comparado ao italiano, o processo para obter a cidadania portuguesa é geralmente mais rápido, menos burocrático e mais barato — embora também exija atenção aos detalhes e ao cumprimento de requisitos específicos.
1. Verifique se você se enquadra em alguma das categorias
O primeiro passo é identificar se você se enquadra em alguma das hipóteses previstas na lei portuguesa. As formas mais comuns de aquisição da nacionalidade portuguesa são:
- Por descendência direta (filhos e netos de portugueses)
- Por casamento ou união estável com cidadão português
- Por tempo de residência legal em Portugal
- Por adoção, nascimento em território português ou ascendência de judeus sefarditas
A mais comum entre brasileiros é a cidadania portuguesa para netos, facilitada pela nova lei da cidadania portuguesa, que eliminou algumas exigências antigas, como a comprovação de vínculos com a comunidade portuguesa — embora ainda possam ser solicitadas em alguns casos. Existe também a possibilidade da cidadania portuguesa para bisnetos, desde que o neto obtenha a nacionalidade primeiro e depois a transmita.
2. Reúna a documentação exigida
Cada categoria tem um conjunto de documentos específicos. No caso de descendência, os principais documentos são:
- Certidão de nascimento do português (ascendente)
- Certidão de nascimento em inteiro teor do requerente
- Certidões de nascimento intermediárias (pais e avós)
- Cópia do passaporte ou identidade válida
- Certidão de antecedentes criminais
- Requerimento oficial assinado
Esses documentos devem ser traduzidos por tradutor juramentado (se necessário) e apostilados conforme a Convenção de Haia. A expressão documentos cidadania portuguesa é uma das mais buscadas justamente por conta das particularidades dessa etapa.
3. Faça o pedido junto aos órgãos portugueses
O pedido pode ser feito de duas formas:
- Presencialmente em um consulado português no Brasil
- Diretamente em Portugal, por meio das Conservatórias do Registro Civil
Também é possível enviar a documentação via correio internacional diretamente para a Conservatória dos Registos Centrais, em Lisboa, o que tem se tornado comum entre brasileiros que desejam acelerar o processo. Uma vez protocolado, o requerimento entra em análise e pode levar de 6 meses a 2 anos, dependendo do caso e da localidade onde foi solicitado.
4. Acompanhe o andamento do processo
Após o protocolo, o requerente recebe um número de processo, e é possível acompanhar o status diretamente no site do Ministério da Justiça de Portugal. Isso torna o processo mais transparente e menos dependente de terceiros, ao contrário de muitos consulados italianos. Essa etapa é uma das razões pelas quais muitos consideram a cidadania portuguesa mais fácil de tirar.
5. Receba o assento de nascimento português
Se tudo estiver correto, o pedido é deferido e o requerente passa a ter um assento de nascimento em Portugal, o que equivale ao registro civil como cidadão português. Com isso, já é possível solicitar o Cartão Cidadão Português, que é o documento de identidade oficial em Portugal, e posteriormente, o passaporte português.
O cartão cidadão português é altamente funcional: além de ser um documento de identificação, ele serve como cartão do sistema público de saúde, número fiscal, segurança social e até como certificado digital. Ele é um dos símbolos mais buscados por quem conquista a nacionalidade.
6. Cidadania por casamento
Outra possibilidade muito procurada é a cidadania portuguesa por casamento. Estrangeiros casados com portugueses há pelo menos três anos podem solicitar a nacionalidade, desde que não estejam separados judicialmente. Ao contrário da Itália, Portugal não exige provas de conhecimento linguístico ou prazos de residência mínima, o que torna esse caminho bem mais simples e rápido.
7. Naturalização por tempo de residência
Pessoas que vivem legalmente em Portugal há mais de cinco anos podem solicitar a naturalização portuguesa. Esse tempo foi reduzido recentemente, tornando o país ainda mais atrativo para imigrantes. Para esse caso, é necessário comprovar residência legal e integração à sociedade portuguesa.
Como muitos perguntam, quanto custa tirar cidadania portuguesa?, a boa notícia é que os valores são relativamente acessíveis. A taxa oficial gira em torno de 250 euros, mas pode variar conforme a categoria do pedido e os serviços auxiliares (tradução, apostilamento, envio internacional, etc.).
Em resumo, o processo de cidadania portuguesa é considerado mais direto, com prazos definidos e comunicação mais clara. A eficiência do sistema português, tanto nas Conservatórias quanto no atendimento online, contribui para que cada vez mais brasileiros escolham esse caminho.

Documentos exigidos para cidadania portuguesa e italiana
A etapa de reunir os documentos para cidadania portuguesa e italiana é uma das mais importantes e também uma das mais trabalhosas de todo o processo. A precisão e a fidelidade das informações contidas em cada certidão podem fazer a diferença entre um processo bem-sucedido e um indeferimento. Por isso, compreender exatamente o que cada país exige é essencial para quem pretende conquistar a tão sonhada nacionalidade europeia.
Documentos para cidadania italiana
O processo de cidadania italiana por descendência é conhecido por sua rigidez documental. Os consulados e tribunais italianos são extremamente criteriosos e não aceitam inconsistências entre nomes, datas ou locais de nascimento. A regra de ouro é: tudo precisa estar absolutamente coerente ao longo de todas as gerações.
A lista de documentos inclui:
- Certidão de nascimento em inteiro teor do ascendente italiano (emitida na Itália)
- Certidão negativa de naturalização (CNN) — documento emitido pelo Ministério da Justiça do Brasil, que comprova que o italiano não se naturalizou brasileiro antes do nascimento do filho
- Certidões de nascimento, casamento e óbito de todos os descendentes até chegar ao requerente
- Certidão de nascimento do requerente, também em inteiro teor
- Cópias autenticadas de documentos pessoais
- Traduções juramentadas para o italiano
- Apostilamento de Haia em todas as certidões e traduções
Em casos onde há transmissão por linha materna antes de 1948, é necessário recorrer ao processo judicial, e aí também entram documentos como procurações e petições elaboradas por advogados na Itália. Quem opta por fazer o processo diretamente em território italiano (via residência) também precisará apresentar comprovantes de residência e registros locais.
A busca por termos como cidadania italiana documentos ou passo a passo para cidadania italiana reflete justamente a complexidade dessa fase. Cada erro pode atrasar o processo em meses — ou até anos.
Documentos para cidadania portuguesa
Embora a cidadania portuguesa também exija cuidado com a documentação, o processo tende a ser mais direto e com menos exigências formais. O grau de parentesco e a via escolhida (descendência, casamento ou naturalização) determinam os documentos a serem apresentados.
Para netos de portugueses, por exemplo, os principais documentos são:
- Certidão de nascimento em inteiro teor do avô ou avó português, preferencialmente obtida em Portugal
- Certidões de nascimento do pai/mãe (filho do português) e do requerente
- Documento de identificação válido
- Certidão de antecedentes criminais emitida nos países onde o requerente residiu após os 16 anos
- Comprovantes de vínculo com a comunidade portuguesa (se necessário)
- Requerimento oficial do processo, devidamente preenchido e assinado
- Apostilamento de Haia nas certidões estrangeiras
Para pedidos por casamento, exige-se ainda:
- Certidão de casamento transcrita em Portugal
- Comprovante de convivência estável e duradoura
- Declaração de que não há separação judicial
- Documentos do cônjuge português
O cartão cidadão português e o passaporte português só podem ser solicitados após o deferimento do processo, quando o requerente já tiver um assento de nascimento no sistema civil português.
Diferenças na exigência documental
A cidadania italiana é geralmente mais exigente quanto à forma e ao conteúdo dos documentos. Exige-se a versão longa (inteiro teor), traduções específicas para o italiano e apostilamento de tudo — inclusive em processos realizados na Itália ou via judicial. Além disso, há uma preocupação muito maior com divergências, por menores que sejam.
Por outro lado, a cidadania portuguesa, mesmo sendo criteriosa, costuma ser mais flexível com pequenas variações e tem um processo mais digitalizado. A comunicação com os órgãos portugueses, como as conservatórias e o Ministério da Justiça, é mais acessível e muitas etapas podem ser feitas remotamente.
Essa diferença faz com que o processo português seja geralmente mais ágil e menos frustrante para quem não tem tempo ou recursos para corrigir documentos antigos.
Casamento e cidadania: regras em Portugal e na Itália
O casamento é uma das vias possíveis para obter a cidadania portuguesa ou a cidadania italiana, mas as regras variam significativamente entre os dois países. Enquanto Portugal adota critérios mais flexíveis e um processo relativamente simplificado, a Itália impõe prazos mais longos e requisitos adicionais, como o conhecimento da língua italiana. Saber como cada país lida com a cidadania por casamento pode ser o fator decisivo para quem está avaliando qual nacionalidade buscar.
Cidadania portuguesa por casamento
A legislação portuguesa permite que estrangeiros casados com cidadãos portugueses solicitem a cidadania após um determinado período de casamento — normalmente três anos, desde que o casal não esteja separado judicialmente. Se houver filhos em comum, esse prazo pode ser reduzido para um ano de casamento.
Além disso, o processo exige a comprovação de vínculo efetivo com a comunidade portuguesa, que pode ser demonstrado por meio da residência em Portugal, conhecimento da língua, participação em atividades culturais ou mesmo documentos que comprovem envolvimento com a cultura e sociedade portuguesa.
Os documentos básicos exigidos para esse tipo de processo incluem:
- Certidão de casamento transcrita no registro civil português
- Certidão de nascimento do requerente (em inteiro teor)
- Certidão de antecedentes criminais do país de origem e de outros países onde residiu após os 16 anos
- Documento de identidade válido
- Declaração de não separação judicial
- Comprovativos de ligação à comunidade portuguesa
Esse caminho é muito buscado por brasileiros em relacionamentos estáveis com portugueses, e aparece frequentemente em pesquisas como cidadania portuguesa por casamento ou cidadania portuguesa conjuge. A boa notícia é que, em geral, o processo é rápido, seguro e sem exigência de testes de idioma.
Cidadania italiana por casamento
Na Itália, o processo é mais rigoroso. Estrangeiros casados com italianos podem solicitar a cidadania após dois anos de casamento, caso residam na Itália, ou três anos, se residirem fora do país. Assim como em Portugal, esses prazos são reduzidos pela metade se o casal tiver filhos em comum.
No entanto, a Itália impõe uma exigência adicional: o requerente deve comprovar conhecimento da língua italiana no nível B1 do Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas. Isso significa que é preciso apresentar um certificado oficial emitido por instituições reconhecidas, como o CELI ou o CILS.
Os principais documentos exigidos são:
- Certidão de casamento (transcrita na Itália, se realizada no exterior)
- Documento de identidade e passaporte
- Certidão de nascimento do requerente
- Certidão de antecedentes criminais de todos os países onde o requerente residiu após os 14 anos
- Comprovante de residência
- Certificado de proficiência em italiano (nível B1 ou superior)
- Comprovantes de pagamento das taxas administrativas
Esse caminho também é conhecido como cidadania italiana conjuge e gera dúvidas frequentes como: “cidadania italiana para conjuge é automática?” A resposta é não. O processo é administrativo, leva tempo e pode demorar de 1 a 3 anos após a submissão dos documentos — ou até mais, dependendo do consulado.
Diferenças principais entre os dois países
Aspecto | Portugal | Itália |
---|---|---|
Tempo mínimo de casamento | 3 anos (ou 1 ano com filhos) | 3 anos fora da Itália / 2 anos na Itália |
Redução por filhos em comum | Sim | Sim |
Prova de idioma | Não é exigida | Nível B1 de italiano obrigatório |
Vínculo com a comunidade | Pode ser exigido | Não exigido formalmente |
Tipo de processo | Administrativo direto | Administrativo, com análise detalhada |
Tempo médio de processamento | 6 meses a 1 ano | 2 a 3 anos (ou mais) |
Em resumo, o processo de cidadania portuguesa por casamento tende a ser mais acessível, rápido e com menos barreiras legais e linguísticas. Já a cidadania italiana por casamento, embora possível, exige mais preparação, paciência e comprovações, especialmente no que diz respeito à proficiência no idioma e aos antecedentes criminais.
Essa diferença de abordagem faz com que muitas pessoas que tenham vínculo com ambos os países acabem optando por Portugal como primeiro destino para solicitar a nacionalidade.
Quanto custa tirar a cidadania portuguesa ou italiana?
Um dos fatores decisivos na escolha entre cidadania portuguesa ou cidadania italiana é o custo total do processo. Embora ambas as nacionalidades exijam investimento em documentos, traduções e taxas, os valores podem variar bastante dependendo da via escolhida, da complexidade do caso e da necessidade (ou não) de serviços jurídicos. Saber quanto custa tirar a cidadania portuguesa ou italiana é essencial para um planejamento financeiro realista.
Custos da cidadania portuguesa
O processo de cidadania portuguesa é amplamente considerado mais acessível. As taxas oficiais cobradas pelo governo português variam conforme a modalidade, mas seguem uma faixa entre € 175 e € 250. Os custos adicionais envolvem a obtenção e legalização dos documentos, além de possíveis traduções juramentadas — o que pode somar entre R$ 1.000 e R$ 3.000, dependendo do número de certidões.
Principais despesas estimadas:
- Taxa de nacionalidade para netos ou cônjuges: € 250
- Certidões brasileiras em inteiro teor: R$ 30 a R$ 80 cada
- Apostilamento de Haia por documento: R$ 100 a R$ 150
- Traduções juramentadas (se necessário): R$ 100 a R$ 250 por página
- Envio internacional de documentos: R$ 100 a R$ 300
Caso o requerente opte por contratar uma assessoria especializada, os valores podem subir para entre R$ 4.000 e R$ 7.000, mas ainda assim se mantém, em média, abaixo do que se gasta em processos de cidadania italiana.
Além disso, após o reconhecimento da cidadania, há ainda os custos com emissão do Cartão Cidadão Português (cerca de € 15) e do passaporte português (em torno de € 65). Ambos podem ser solicitados diretamente nos consulados ou em Portugal.
Custos da cidadania italiana
O processo de cidadania italiana por descendência, especialmente feito no Brasil via consulado, pode ser gratuito no que diz respeito à taxa de reconhecimento. No entanto, os custos com documentação são significativamente maiores, devido à exigência de tradução juramentada para o italiano e apostilamento internacional de todos os documentos.
Principais despesas estimadas:
- Certidões brasileiras em inteiro teor: R$ 30 a R$ 80 cada
- Traduções juramentadas para o italiano: R$ 150 a R$ 300 por página
- Apostilamento de Haia: R$ 100 a R$ 150 por documento
- Emolumentos consulares (certidões, transcrições): R$ 100 a R$ 400
- CNN (Certidão Negativa de Naturalização): Gratuita
Se o requerente decidir realizar o processo diretamente na Itália, deverá incluir:
- Passagens aéreas
- Gastos com moradia por 3 a 6 meses (em média R$ 15.000 a R$ 30.000)
- Inscrição no comune
- Registro de residência e impostos locais
Para muitos, o custo total do processo feito na Itália gira entre R$ 25.000 e R$ 50.000, dependendo do tempo de estadia e da cidade escolhida.
No caso da cidadania italiana via judicial, comum para pessoas com ascendência materna antes de 1948, há ainda o custo com advogados especializados, que pode variar entre € 2.000 e € 5.000 (ou mais, dependendo da complexidade do caso). Nesses casos, todo o processo ocorre sem necessidade de ida à Itália, mas exige representação legal no país.
Comparativo direto de custos
Tipo de despesa | Cidadania Portuguesa | Cidadania Italiana (Brasil) | Cidadania Italiana (Itália ou Judicial) |
---|---|---|---|
Taxas oficiais | € 175 a € 250 | Gratuito ou até R$ 400 | € 300 a € 5.000 (dependendo do caso) |
Documentação e legalizações | R$ 1.000 a R$ 3.000 | R$ 2.000 a R$ 4.000 | R$ 2.000 a R$ 5.000 |
Traduções e apostilamentos | Moderado | Alto | Alto |
Gastos com viagem e moradia | Não requer viagem | Não requer (no Brasil) | R$ 15.000 a R$ 50.000 |
Assessoria jurídica (opcional) | R$ 3.000 a R$ 7.000 | R$ 4.000 a R$ 10.000 | € 2.000 a € 5.000 |
Conclusão sobre os custos
De modo geral, a cidadania portuguesa é mais econômica, especialmente para quem pode reunir a documentação por conta própria e enviar diretamente ao governo português. Já a cidadania italiana, mesmo gratuita em termos de taxa consular, acaba se tornando mais cara por conta da burocracia e da complexidade do processo — principalmente se for necessário recorrer à via judicial ou se o processo for feito diretamente na Itália.
Ainda assim, para muitos descendentes, a dupla cidadania italiana continua sendo um sonho viável, desde que bem planejado. A escolha entre uma e outra depende não só de custo, mas também de viabilidade documental, tempo disponível e objetivos pessoais.

Cidadania italiana via judicial e por descendência: o que muda?
A cidadania italiana por descendência é um dos caminhos mais populares para brasileiros com origem italiana. No entanto, nem todos os casos podem ser resolvidos por meio do processo padrão via consulado ou diretamente em território italiano. Em situações específicas — especialmente quando há uma mulher na linha de transmissão antes de 1948 — o reconhecimento deve ser feito via judicial. Entender as diferenças entre o processo administrativo e o judicial é fundamental para saber qual caminho seguir e se preparar para as etapas necessárias.
Cidadania italiana por descendência: o processo administrativo
O processo administrativo é o mais conhecido e usado. Nele, o descendente de italianos reúne a documentação necessária e entra com o pedido de reconhecimento junto a um consulado italiano no Brasil ou diretamente na Itália, após se estabelecer temporariamente no país.
Nesse modelo, não há limite de gerações, desde que seja possível comprovar documentalmente cada elo da linhagem com certidões de nascimento, casamento, óbito e a certidão negativa de naturalização (CNN), que atesta que o antepassado italiano não se naturalizou brasileiro antes do nascimento do filho.
O maior desafio do processo administrativo no Brasil é o tempo de espera. Os consulados estão sobrecarregados, com filas que podem levar de 8 a 12 anos, dependendo da jurisdição. Já quem opta por fazer o processo diretamente na Itália enfrenta os custos de uma temporada no país (aluguel, transporte, alimentação, taxas locais) e a necessidade de registrar residência no comune onde o processo será feito.
Apesar da burocracia, esse modelo continua sendo o mais comum para quem não possui barreiras legais na linha de transmissão.
Cidadania italiana via judicial: quando é necessária?
A via judicial se tornou a única alternativa viável para milhares de brasileiros cuja linhagem inclui mulheres que transmitiram a cidadania antes de 1º de janeiro de 1948. Isso porque, até essa data, a legislação italiana não permitia que mulheres passassem a cidadania aos filhos. Mesmo após as mudanças na Constituição Italiana, essa regra arcaica nunca foi formalmente revogada, exigindo que os casos sejam resolvidos judicialmente.
Exemplo: se seu bisavô italiano teve uma filha (sua avó) antes de 1948, e ela teve seu pai/mãe, você não poderá solicitar a cidadania via consulado ou comune. Nesse caso, será necessário ingressar com uma ação judicial na Itália, argumentando a inconstitucionalidade da discriminação de gênero.
Nos últimos anos, a jurisprudência italiana tem sido favorável aos requerentes, e a maioria dos processos tem tido sucesso. No entanto, por se tratar de uma ação judicial, o procedimento exige:
- Contratação de advogado habilitado na Itália
- Envio de documentos autenticados e apostilados
- Procuração pública registrada e traduzida
- Acompanhamento jurídico até a sentença final
O custo desse processo varia entre € 2.000 e € 5.000, dependendo da complexidade e do profissional escolhido. A boa notícia é que não é necessário viajar à Itália — todo o processo pode ser conduzido à distância.
Diferenças práticas entre os dois processos
Aspecto | Processo Administrativo | Processo Judicial |
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Onde é feito | Consulado no Brasil ou comune na Itália | Tribunal de Roma ou outro tribunal competente |
Tempo médio de espera | 2 a 12 anos (Brasil) / 3 a 12 meses (Itália) | 1 a 2 anos |
Necessidade de advogado | Não | Sim, obrigatório |
Custos | Moderados (R$ 3.000 a R$ 10.000) | Altos (R$ 15.000 a R$ 30.000) |
Exige ida à Itália | Não (Brasil) / Sim (Itália) | Não |
Quando é necessário | Qualquer descendente com linha paterna | Linha materna antes de 1948 |
Taxa consular | Não há | Não há |
Qual caminho escolher?
A escolha entre a via administrativa e a via judicial depende basicamente de dois fatores:
- Composição da árvore genealógica — se há uma mulher na linha de transmissão antes de 1948, a via judicial será obrigatória.
- Urgência no processo — quem deseja obter a cidadania mais rapidamente pode optar pela via judicial mesmo sem impedimentos legais, como forma de evitar a longa fila dos consulados.
Nos dois casos, o investimento pode valer a pena, já que a cidadania italiana oferece direitos como morar, estudar e trabalhar em qualquer país da União Europeia, além de facilitar vistos e processos de imigração em outros continentes.
Dupla cidadania: é possível ter cidadania portuguesa e italiana ao mesmo tempo?
Sim, é perfeitamente possível ter dupla cidadania portuguesa e italiana ao mesmo tempo, e essa é, inclusive, uma realidade cada vez mais comum entre brasileiros que têm ascendência múltipla ou que desejam maximizar seus direitos como cidadãos europeus. Como tanto Portugal quanto a Itália permitem a múltipla nacionalidade, não há impedimentos legais para que uma mesma pessoa seja reconhecida como cidadã dos dois países — além de manter também a cidadania brasileira.
Essa possibilidade gera uma série de benefícios práticos e simbólicos, mas também exige atenção a detalhes legais, documentais e estratégicos. Vamos entender melhor como isso funciona.
Legalidade da dupla cidadania
Tanto a legislação portuguesa quanto a italiana autorizam seus cidadãos a manterem outras nacionalidades. Isso significa que o Brasil, Portugal e Itália formam um “tripé jurídico” que permite o acúmulo de nacionalidades sem exigência de renúncia. Dessa forma, um brasileiro com direito à cidadania italiana por descendência pode tranquilamente também solicitar a cidadania portuguesa por neto, por exemplo — e vice-versa.
A dupla cidadania portuguesa e italiana não gera conflitos de lealdade nem problemas legais em nenhum dos três países, o que faz com que o número de pedidos múltiplos esteja crescendo rapidamente.
Como conquistar as duas cidadanias
O primeiro passo é verificar se você tem direito a ambas. É comum encontrar brasileiros com um avô português de um lado da família e um bisavô italiano do outro. Nesses casos, o processo pode ser feito separadamente, respeitando as exigências de cada país.
Uma dica prática: comece pela cidadania que for mais rápida ou acessível. Muitas pessoas optam por iniciar com a cidadania portuguesa, que possui prazos menores e um sistema mais digitalizado. Após conseguir o cartão cidadão português, já é possível usar esse documento para facilitar o trâmite da cidadania italiana, especialmente no reconhecimento de documentos e comprovação de residência na União Europeia.
Também é possível começar pela cidadania italiana, especialmente se o processo for feito na Itália ou via judicial com descendência feminina anterior a 1948. Nesse caso, a obtenção da cidadania italiana pode servir como ponto de apoio para o pedido da portuguesa, inclusive se o solicitante se mudar para Portugal e cumprir o tempo de residência necessário para naturalização.
Benefícios da dupla cidadania
Ter dupla cidadania portuguesa e italiana amplia significativamente as possibilidades de mobilidade, residência, estudo e trabalho, dentro e fora da União Europeia. Entre os principais benefícios estão:
- Liberdade de circulação em todos os países do Espaço Schengen
- Acesso facilitado a universidades públicas e bolsas de estudo em diversos países europeus
- Direito de trabalhar e residir em qualquer país da UE sem necessidade de visto
- Facilidade na solicitação de vistos para Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão
- Opção de residir legalmente em Portugal ou Itália, ou em qualquer outro país europeu, como Alemanha, França, Espanha ou Irlanda
Além disso, a dupla cidadania confere ao portador duas identidades culturais e legais, permitindo que ele usufrua dos sistemas de saúde, previdência e benefícios sociais de ambos os países.
Questões práticas a considerar
Apesar de legalmente viável, ter múltiplas cidadanias exige organização documental. É importante manter todos os registros atualizados em ambos os países, especialmente no que diz respeito a mudanças de nome, estado civil, nascimento de filhos e passaportes vencidos.
Outro ponto relevante é o uso estratégico dos passaportes. Por exemplo, ao entrar nos Estados Unidos, é vantajoso usar o passaporte italiano devido ao acesso ao programa de isenção de visto (ESTA). Já ao entrar no Brasil, o passaporte brasileiro deve ser utilizado para evitar problemas de imigração.
Por fim, é importante lembrar que em caso de filhos, a cidadania pode ser transmitida por ambas as vias. Isso significa que o descendente poderá escolher qual nacionalidade utilizar — ou mesmo herdar ambas, se os registros forem feitos corretamente.
Novas leis e atualizações sobre cidadania portuguesa e italiana
As regras para obtenção da cidadania portuguesa e da cidadania italiana não são estáticas — ambas as legislações passaram por mudanças importantes nos últimos anos, que afetaram milhares de descendentes ao redor do mundo, especialmente no Brasil. Por isso, é fundamental estar atualizado com as novas leis e modificações recentes que impactam diretamente os processos de reconhecimento da nacionalidade.
Atualizações na cidadania portuguesa
A nova lei da cidadania portuguesa, que entrou em vigor em 2020 e passou por ajustes posteriores em 2022 e 2024, representou um marco importante para quem busca a nacionalidade por vínculo familiar. Dentre as mudanças mais relevantes, destacam-se:
1. Facilitação para netos de portugueses
Antes, os netos de portugueses precisavam comprovar vínculos com a comunidade portuguesa, o que era um entrave para muitos requerentes que nunca haviam morado em Portugal. Com a nova legislação, esse requisito foi flexibilizado. Atualmente, basta demonstrar domínio da língua portuguesa e apresentar documentos básicos — como certidões e comprovantes de descendência direta.
Isso resultou em um aumento considerável nos pedidos de cidadania portuguesa para netos, já que o processo se tornou mais objetivo e acessível. Além disso, os prazos para análise dos pedidos foram reduzidos em algumas conservatórias.
2. Inclusão de bisnetos por derivação
Embora bisnetos de portugueses ainda não possam solicitar a cidadania diretamente, a nova legislação permite a transmissão derivada: ou seja, se o neto obtiver a cidadania, ele pode transmiti-la ao filho (bisneto do português). Isso abriu caminho para famílias inteiras se beneficiarem do reconhecimento da nacionalidade.
Esse ponto tem sido amplamente buscado sob os termos cidadania portuguesa bisneto ou cidadania portuguesa para bisnetos.
3. Cidadania por tempo de residência
Outra atualização importante foi a redução do tempo mínimo de residência legal para solicitar a nacionalidade por naturalização: de seis para cinco anos, o que beneficia estrangeiros que vivem legalmente em Portugal. Isso inclui brasileiros com visto de trabalho, estudo ou residência familiar.
Atualizações na cidadania italiana
Na Itália, a legislação sobre cidadania é mais rígida e conservadora. Embora a base da lei de 1992 ainda seja válida, houve decisões judiciais importantes que mudaram o cenário nos últimos anos.
1. Ações judiciais para linhagem materna antes de 1948
A principal atualização na prática diz respeito ao reconhecimento da cidadania italiana por via materna antes de 1º de janeiro de 1948. Segundo a legislação antiga, mulheres italianas não podiam transmitir a cidadania aos filhos nascidos antes dessa data.
Contudo, decisões reiteradas da Corte de Cassação italiana declararam essa regra inconstitucional, abrindo caminho para o reconhecimento via judicial. Ou seja, embora a lei ainda não tenha sido formalmente alterada, a jurisprudência consolidada permite que esses casos sejam aprovados nos tribunais.
Essa alternativa é cada vez mais buscada sob termos como cidadania italiana via judicial, cidadania italiana descendência feminina ou limita cidadania italiana.
2. Exigência de proficiência em italiano para cônjuges
Uma mudança significativa foi a obrigatoriedade de conhecimento da língua italiana (nível B1) para estrangeiros que solicitam a cidadania italiana por casamento. A partir de 2018, esse requisito passou a ser essencial, tornando o processo mais exigente para cônjuges estrangeiros — algo que não existe em Portugal.
3. Aumento dos prazos de análise
O governo italiano, buscando conter o volume de pedidos, ampliou o prazo legal de análise da cidadania por casamento para até 48 meses (4 anos), o que gera frustração e lentidão para quem segue essa via. No entanto, alguns tribunais têm pressionado para que os prazos sejam reduzidos, especialmente quando há filhos menores envolvidos.
Tendências futuras e previsões
Nos dois países, há debates em andamento que podem resultar em novas atualizações legais nos próximos anos. Em Portugal, discute-se a ampliação dos direitos para bisnetos diretamente e a inclusão automática de netos sem a necessidade de comprovar vínculos. Já na Itália, há pressão popular e política para formalizar o reconhecimento judicial da linha materna anterior a 1948 dentro da legislação, evitando a judicialização excessiva.
Outra tendência observada é a digitalização dos processos, especialmente em Portugal. Diversas etapas já podem ser feitas online, o que acelera a tramitação e democratiza o acesso à cidadania.
Limitações e desafios do processo de cidadania italiana
Embora o sonho de conquistar a cidadania italiana seja uma realidade para milhões de brasileiros descendentes de imigrantes italianos, o caminho até a conquista da nacionalidade pode ser longo, burocrático e repleto de obstáculos. Por mais que a legislação italiana permita o reconhecimento por descendência sem limite de gerações, existem várias limitações e desafios que merecem atenção especial antes de iniciar o processo.
1. Fila nos consulados italianos no Brasil
Um dos maiores gargalos do processo é a enorme fila de espera nos consulados italianos no Brasil. Em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, a espera para o agendamento pode ultrapassar 10 anos, dependendo da demanda. Isso se deve ao alto número de pedidos e à limitação na capacidade de atendimento dos consulados.
Esse fator tem levado muitos brasileiros a desistirem da via consular e optarem por fazer o processo diretamente na Itália ou via judicial. Termos como cidadania italiana via judicial têm crescido justamente por conta desse impasse consular.
2. Exigência rigorosa de documentos
A rigidez documental é outro desafio importante. A Itália exige certidões em inteiro teor, todas traduzidas por tradutores juramentados para o italiano e apostiladas segundo a Convenção de Haia. Além disso, inconsistências nos nomes, erros de grafia, datas divergentes ou falta de informações podem fazer com que o processo seja indeferido.
É comum que as famílias tenham dificuldade para encontrar documentos antigos, especialmente aqueles emitidos no século XIX ou início do século XX. Além disso, muitas vezes é necessário corrigir certidões por meio de ação retificadora, o que aumenta os custos e o tempo do processo.
3. Transmissão por linha materna antes de 1948
Como já mencionado, a transmissão da cidadania italiana por mulheres que tiveram filhos antes de 1º de janeiro de 1948 não é reconhecida administrativamente. Isso significa que quem tem uma mulher nessa linha precisa recorrer à via judicial, o que implica contratação de advogados na Itália, pagamento de honorários em euros e acompanhamento jurídico.
Esse tipo de processo tem alto índice de sucesso, mas ainda não foi formalizado em lei — o que significa que a depender do tribunal ou do entendimento do juiz, o processo pode ter particularidades.
4. Cidadania por casamento: exigências adicionais
Para quem pretende obter a cidadania italiana por casamento, os desafios são ainda mais específicos. Além dos prazos legais (dois anos residindo na Itália ou três anos fora), é necessário comprovar proficiência em italiano no nível B1, apresentar certidões criminais de todos os países onde o requerente viveu desde os 14 anos e, em alguns casos, enfrentar prazos de até 48 meses para análise do processo.
Isso tudo torna o processo caro, demorado e exigente, principalmente para quem não domina o idioma ou não tem acesso a cursos e exames reconhecidos internacionalmente.
5. Custo elevado para processos fora do Brasil
Quem opta por fazer o processo diretamente na Itália enfrenta altos custos com passagem aérea, moradia, alimentação e registro de residência. O tempo mínimo de permanência no país varia entre 3 a 6 meses, e é necessário cumprir todos os requisitos legais para a inscrição no comune local — o que nem sempre é simples, especialmente em cidades mais burocráticas.
Já o processo via judicial exige contratação de advogado, envio de documentos internacionais, traduções oficiais, procurações e acompanhamento constante, além de levar entre 12 e 24 meses, dependendo da vara de justiça e da demanda.
6. Falta de padronização entre comunes e consulados
Outro desafio é a falta de padronização nos procedimentos. Cada comune na Itália pode ter regras internas próprias, exigindo documentos adicionais, reconhecimentos específicos ou até formulários que não são solicitados em outras localidades. O mesmo vale para consulados — um processo que é aceito em Belo Horizonte pode ser recusado em Recife, por exemplo.
Isso obriga o requerente a pesquisar minuciosamente os requisitos do local onde pretende protocolar o pedido, o que muitas vezes gera confusão, insegurança e atrasos.
7. Tempo de processamento imprevisível
Ao contrário do sistema português, que fornece um número de processo e atualizações regulares, o sistema italiano costuma ser pouco transparente. Muitas vezes, o solicitante fica meses ou até anos sem retorno, e a comunicação com o consulado ou comune pode ser limitada.
Esses desafios não tornam a cidadania italiana impossível, mas deixam claro que o processo exige paciência, organização e planejamento financeiro. A boa notícia é que, com a orientação correta e os documentos bem preparados, é possível vencer esses obstáculos e conquistar os direitos como cidadão europeu.

Qual cidadania é mais rápida e fácil de obter em 2025?
Ao comparar os processos de cidadania portuguesa e cidadania italiana em 2025, muitos brasileiros se deparam com a dúvida central: qual é mais rápida e fácil de obter? A resposta depende de diversos fatores, como o grau de parentesco com o ascendente europeu, a via de solicitação escolhida (descendência, casamento ou naturalização) e até mesmo a urgência de cada pessoa em concluir o processo. No entanto, com base nas regras atuais, prazos médios e burocracias envolvidas, é possível traçar um panorama claro da situação.
Tempo médio do processo em 2025
Em 2025, os processos de cidadania portuguesa continuam sendo significativamente mais rápidos, especialmente para descendentes diretos — como netos de portugueses — ou cônjuges. Com a consolidação de um sistema mais digitalizado e o fortalecimento das Conservatórias dos Registos Centrais, os prazos variam entre 6 meses a 1 ano, dependendo da modalidade.
Já os processos de cidadania italiana, especialmente via consulado, seguem enfrentando filas gigantescas, com esperas de até 12 anos para agendamento. Mesmo quando o processo é feito diretamente na Itália ou via judicial, os prazos variam entre 6 meses e 2 anos, sendo o procedimento geralmente mais burocrático e imprevisível.
Complexidade do processo
Em termos de facilidade, a cidadania portuguesa também leva vantagem. O número de documentos exigidos é menor, há menos rigidez na análise das certidões e os critérios são mais objetivos. Além disso, não há exigência de testes de idioma nem comprovação de vínculo cultural (exceto em alguns casos por casamento ou naturalização).
A cidadania italiana, por sua vez, exige:
- Certidões em inteiro teor com tradução juramentada para o italiano
- Apostilamento de todos os documentos
- Verificação minuciosa da linha de descendência
- Ação judicial em casos de transmissão por linha materna antes de 1948
- Comprovação de proficiência no idioma em pedidos por casamento
Esses elementos tornam o processo mais complexo e caro, exigindo mais tempo de preparação e, muitas vezes, auxílio profissional.
Facilidade de acesso e canais oficiais
Portugal investiu fortemente na digitalização dos seus serviços públicos, permitindo que grande parte do processo seja feito à distância, com acompanhamento online, atendimento por e-mail e envio de documentos por correio internacional. Já a Itália, apesar de avanços pontuais, ainda mantém um sistema descentralizado e analógico, com grandes variações entre consulados e comunes.
Além disso, o acesso à informação é mais claro em Portugal: o site oficial do governo disponibiliza formulários, instruções e taxas atualizadas, enquanto muitos solicitantes da cidadania italiana precisam recorrer a grupos em redes sociais, advogados especializados ou assessorias para conseguir informações confiáveis.
Custo-benefício
Embora o foco aqui seja velocidade e simplicidade, é impossível ignorar que a cidadania portuguesa também se mostra mais vantajosa em termos de custo-benefício. Os valores investidos são geralmente menores, o processo é menos desgastante e o tempo até a obtenção da nacionalidade é mais curto. Isso torna o caminho português ideal para quem busca uma solução rápida e eficaz.
Veredito: cidadania portuguesa é a mais fácil e rápida em 2025
Considerando todos os fatores — tempo de espera, exigências documentais, burocracia envolvida e custo — a cidadania portuguesa se consolida como a mais rápida e fácil de obter em 2025. Para netos de portugueses, por exemplo, o reconhecimento pode ser concluído em menos de um ano, enquanto descendentes de italianos muitas vezes enfrentam anos de espera ou precisam investir em processos complexos.
No entanto, isso não significa que a cidadania italiana deva ser descartada. Para muitos brasileiros, é o único caminho viável, especialmente quando não há ascendência portuguesa direta. Além disso, a cidadania italiana permite acesso a direitos equivalentes dentro da União Europeia e pode ser igualmente vantajosa a longo prazo.
A escolha ideal dependerá do seu perfil familiar, dos documentos disponíveis e dos seus objetivos pessoais. Se você tem direito a ambas, começar pela cidadania portuguesa pode ser a maneira mais estratégica de acelerar sua entrada na Europa e, futuramente, ampliar ainda mais suas possibilidades com a cidadania italiana também.
FAQ – Perguntas frequentes sobre cidadania portuguesa e italiana
1. É possível ter cidadania portuguesa e italiana ao mesmo tempo?
Sim, tanto Portugal quanto a Itália permitem a dupla ou múltipla cidadania. Isso significa que é legalmente permitido ter as duas nacionalidades e também manter a brasileira. Muitos brasileiros optam por reconhecer as duas cidadanias, desde que tenham ascendência compatível e cumpram os requisitos de cada país.
2. Qual é mais fácil de tirar: cidadania portuguesa ou italiana?
A cidadania portuguesa é, em geral, mais fácil e rápida. O processo exige menos documentos, há mais flexibilidade com pequenas divergências em certidões e os prazos de análise são mais curtos. Já a cidadania italiana costuma ser mais burocrática e demorada, especialmente se for feita via consulado.
3. Quanto tempo leva para tirar a cidadania portuguesa?
O tempo médio varia entre 6 meses a 1 ano, dependendo do tipo de vínculo (neto, cônjuge, naturalização) e da qualidade dos documentos apresentados. A tramitação ocorre em conservatórias portuguesas e costuma ser bem mais rápida do que o processo italiano.
4. Quem pode tirar a cidadania italiana via judicial?
A via judicial é usada por descendentes de italianos cuja cidadania foi transmitida por uma mulher antes de 1º de janeiro de 1948. Esses casos não são reconhecidos via consulado ou comune e precisam de uma ação na justiça italiana. A boa notícia é que a jurisprudência tem sido favorável e o processo pode ser feito sem sair do Brasil.
5. É necessário falar italiano para conseguir a cidadania italiana?
Somente em casos de cidadania italiana por casamento, onde o requerente deve comprovar nível B1 de proficiência na língua italiana. Para cidadania por descendência (jus sanguinis), o idioma não é exigido.
6. Quanto custa o processo de cidadania portuguesa?
O custo varia entre R$ 2.000 a R$ 5.000, considerando certidões, apostilamentos, traduções e taxas oficiais (geralmente entre € 175 a € 250). Com ajuda de assessorias, os custos podem subir, mas o processo é considerado financeiramente mais acessível do que o italiano.
7. Preciso morar em Portugal ou na Itália para tirar a cidadania?
Não necessariamente. O processo pode ser feito do Brasil em ambos os casos. No entanto, muitos optam por fazer a cidadania italiana diretamente na Itália para acelerar o processo, ou a portuguesa em Portugal por residência legal. A cidadania por casamento também pode ser solicitada sem morar no país, desde que se cumpram os requisitos.
8. A cidadania pode ser passada para filhos?
Sim. Tanto a cidadania portuguesa quanto a italiana são transmissíveis para os filhos, desde que sejam registradas corretamente. É importante manter os documentos atualizados e registrar os filhos nos respectivos sistemas civis (conservatórias ou comune italiano) para garantir a continuidade do direito.