A cidadania norueguesa tem despertado a atenção de brasileiros que vivem no país escandinavo ou planejam se mudar em busca de qualidade de vida e estabilidade. Desde que a Noruega passou a permitir a dupla cidadania em 2020, o número de solicitações por naturalização aumentou consideravelmente, inclusive entre imigrantes do Brasil.
Para brasileiros que vivem legalmente no país, o caminho mais comum é a naturalização. De acordo com as regras atuais, é necessário comprovar pelo menos oito anos de residência legal nos últimos onze anos, além de ter domínio básico da língua norueguesa e conhecimento sobre a sociedade e a cultura local. A comprovação desses requisitos é feita por meio de testes obrigatórios, tanto de idioma quanto de integração.
O processo de cidadania norueguesa é conduzido pela Direção de Imigração da Noruega (UDI), que também analisa antecedentes criminais e o histórico de permanência do solicitante. O tempo exigido de residência pode ser reduzido para cinco anos em alguns casos, como para refugiados ou cônjuges de cidadãos noruegueses.
Além da naturalização, a Noruega permite o direito à cidadania por descendência. Crianças nascidas de pais noruegueses, mesmo fora do país, podem ter direito à cidadania, desde que o vínculo seja legalmente reconhecido. No entanto, o país não adota o jus soli, ou seja, o simples nascimento em território norueguês não garante automaticamente a nacionalidade.
Com a mudança na lei da dupla cidadania, brasileiros não precisam mais renunciar à nacionalidade brasileira ao se tornarem cidadãos noruegueses, o que impulsionou o interesse no processo. A cidadania norueguesa passou a ser vista como um caminho legítimo e estratégico para garantir acesso a direitos plenos em uma das sociedades mais avançadas do mundo.
A crescente procura também levou o governo norueguês a intensificar o controle documental, exigindo maior rigor na comprovação de residência, renda e adaptação social. Mesmo com os desafios, a nacionalidade norueguesa segue como uma das mais valorizadas da Europa, com acesso facilitado a países do Espaço Schengen e benefícios amplos de saúde, educação e bem-estar.