Sim, a cidadania italiana é vitalícia para quem a adquire por direito de sangue (jus sanguinis). Uma vez que você tem o reconhecimento como cidadão italiano, essa condição não expira, não precisa ser renovada e acompanha você por toda a vida. Ela também pode ser passada para seus filhos, netos e bisnetos, desde que a linha de descendência esteja intacta e bem documentada.
Diferente de vistos ou de algumas naturalizações em outros países, a cidadania italiana por descendência não tem prazo de validade e não exige residência contínua na Itália para se manter ativa. Depois de reconhecido, você poderá viver em qualquer lugar do mundo sem risco de “perder” a cidadania, mesmo que nunca tenha colocado os pés na Itália.
Além disso, não há obrigação de votar, morar no país ou manter vínculo constante com órgãos italianos. A única exigência básica é manter o passaporte em dia, se quiser usá-lo para viagens ou como documento de identificação. Esse passaporte, sim, tem validade e precisa ser renovado a cada dez anos, mas isso não afeta o status da cidadania em si.
Por outro lado, em casos extremos e raríssimos, a cidadania pode ser revogada pelo governo italiano. Isso geralmente só acontece em situações como fraude no processo de reconhecimento (documentos falsificados, por exemplo) ou envolvimento com crimes muito graves, como terrorismo. Fora esses cenários, você mantém sua cidadania para sempre.
Vale lembrar que, mesmo sendo vitalícia, a cidadania italiana não é automática: ela precisa ser oficialmente reconhecida. Para isso, é necessário apresentar todos os documentos corretos que liguem você ao seu antepassado italiano, incluindo certidões de nascimento, casamento e óbito. Sem esse processo de reconhecimento, o direito pode existir, mas não tem validade legal até ser formalizado.
Em resumo, sim: uma vez reconhecido como cidadão italiano, esse status é para a vida inteira. E melhor ainda, ele se estende para os seus descendentes, desde que todos mantenham a linha documentada.