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A cidadania alemã é um direito que muitos brasileiros podem ter e não sabem. Devido à forte imigração alemã para o Brasil entre os séculos XIX e XX, milhares de pessoas têm ascendência germânica e, com isso, a possibilidade real de obter a nacionalidade alemã. Além do valor histórico e cultural, esse reconhecimento traz benefícios concretos: acesso à União Europeia, possibilidade de trabalhar e estudar em diversos países e emissão do passaporte alemão, um dos mais poderosos do mundo.
Nos últimos anos, o interesse por como conseguir cidadania alemã aumentou, principalmente com a simplificação de alguns procedimentos legais e o crescimento da busca por dupla cidadania alemã. Isso é especialmente importante para quem deseja viver na Europa ou garantir oportunidades internacionais para seus filhos e netos. Mas a dúvida mais comum segue sendo: cidadania alemã quem tem direito?
Entre os caminhos mais acessíveis está a cidadania alemã por descendência, que permite que filhos, netos e até bisnetos de cidadãos alemães possam solicitar o reconhecimento. Em alguns casos, até mesmo o sobrenome alemão pode ser um indicativo da origem e ajudar na pesquisa genealógica. Isso levanta outra questão frequente: será que bisneto de alemão tem direito a cidadania alemã? E mais: existe mesmo cidadania alemã por sobrenome?
Além de comprovar a ligação familiar com o antepassado alemão, o processo exige uma série de documentos, prazos e, claro, custos. Por isso, entender exatamente como tirar a cidadania alemã de forma correta, seja no Brasil ou diretamente na Alemanha, é essencial para evitar erros e garantir que todo o esforço não seja em vão. Muitos também querem saber o valor da cidadania alemã, ou seja, quanto será necessário investir em certidões, traduções, apostilamentos e possíveis assessorias.
Neste guia completo, vamos responder todas essas dúvidas com base em dados atualizados, passo a passo e orientações práticas. Se você busca entender melhor o processo e descobrir se realmente tem direito à cidadania alemã, está no lugar certo.

Quem tem direito à cidadania alemã atualmente?
O primeiro passo para iniciar o processo de cidadania alemã é saber com clareza quem realmente tem direito a ela segundo a legislação vigente. A nacionalidade alemã é regida principalmente pelo princípio do jus sanguinis (direito de sangue), ou seja, o fator determinante não é o local de nascimento, mas sim a ligação sanguínea direta com um cidadão alemão.
De forma geral, tem direito à cidadania alemã por descendência qualquer pessoa que comprove que um dos seus ascendentes — pai, mãe, avô, avó ou, em alguns casos, bisavô ou bisavó — era cidadão alemão no momento do nascimento da geração seguinte. A transmissão da cidadania acontece de forma automática ao longo das gerações, desde que o elo familiar com a Alemanha não tenha sido rompido e os nascimentos tenham sido registrados corretamente.
Contudo, existem algumas particularidades na legislação. Até 1975, por exemplo, a cidadania só podia ser transmitida por via paterna. Isso significa que se a descendência veio por uma mulher alemã, e o filho nasceu antes dessa data, é possível que o direito à cidadania tenha sido interrompido — mas há exceções e caminhos legais, inclusive com base em decisões judiciais recentes.
Outra dúvida muito comum é sobre a possibilidade de bisneto de alemão ter direito à cidadania alemã. Embora não exista um limite fixo de gerações, o importante é que cada elo da cadeia familiar esteja documentado, sem falhas, e que o primeiro ascendente (o alemão nascido na Alemanha) não tenha perdido sua cidadania antes da geração seguinte nascer. Por isso, o caso de bisnetos costuma exigir análise mais cuidadosa, já que depende da continuidade da nacionalidade ao longo da linhagem.
É importante destacar que ter um sobrenome alemão não garante automaticamente o direito à cidadania, mas pode ser um indício útil para a pesquisa genealógica. Existe a crença de que é possível obter a cidadania alemã por sobrenome, mas, na prática, o que realmente conta é a comprovação documental da descendência direta.
Além dos descendentes, também têm direito à cidadania alemã:
- Filhos de alemães nascidos no exterior, desde que registrados até o primeiro ano de vida;
- Estrangeiros casados com cidadãos alemães (em casos bem específicos, geralmente após anos de união e residência legal na Alemanha);
- Residentes legais na Alemanha por tempo suficiente (naturalização por residência).
Saber se você se enquadra no grupo de quem tem direito à cidadania alemã atualmente exige, antes de tudo, uma análise detalhada da sua árvore genealógica, acesso a documentos antigos e, muitas vezes, o auxílio de profissionais especializados em nacionalidade alemã.
Cidadania alemã por descendência: como funciona?
A cidadania alemã por descendência é uma das formas mais comuns de acesso à nacionalidade alemã entre brasileiros com origem germânica. Esse modelo de reconhecimento se baseia no princípio do jus sanguinis, que permite a transmissão automática da cidadania de pais para filhos, independentemente do local de nascimento. Ou seja, se você é filho, neto ou até mesmo bisneto de alemão, pode ter direito à cidadania, desde que a linha familiar esteja devidamente documentada.
O ponto-chave desse processo é a continuidade da nacionalidade alemã ao longo das gerações. O requerente deve comprovar, com certidões de nascimento, casamento e óbito, que seu ascendente nasceu na Alemanha e que transmitiu legalmente a cidadania para os descendentes seguintes. Essa cadeia deve ser sólida e ininterrupta, pois qualquer falha ou lacuna pode dificultar (ou inviabilizar) o reconhecimento.
Até 1975, a lei alemã permitia a transmissão da cidadania apenas por via paterna. Isso significa que mulheres alemãs não podiam transmitir automaticamente a nacionalidade aos filhos nascidos antes dessa data. No entanto, nos últimos anos, decisões judiciais e interpretações mais amplas da legislação abriram precedentes que permitem, em muitos casos, reverter essa situação por meio de ações específicas. Portanto, quem é descendente de mulher alemã também pode ter direito, mesmo em casos antigos — desde que comprove a injustiça causada pela norma anterior.
Muitas pessoas perguntam se existe cidadania alemã por sobrenome, mas essa possibilidade não existe de forma legal ou automática. O sobrenome pode até ser uma pista útil para iniciar a busca, mas o que realmente vale é a documentação que comprove o vínculo sanguíneo com o cidadão alemão original.
Outro ponto importante: mesmo que o ascendente tenha emigrado para o Brasil, é necessário comprovar que ele não perdeu a cidadania alemã antes do nascimento do filho seguinte. Se ele se naturalizou brasileiro antes desse nascimento, a linha de transmissão pode ter sido rompida — o que exige uma análise mais detalhada.
O processo de cidadania alemã por descendência pode ser iniciado tanto no Brasil quanto na Alemanha. Ele envolve a montagem de um dossiê com toda a documentação traduzida para o alemão, devidamente apostilada, e pode levar de alguns meses a mais de um ano, dependendo da complexidade do caso.

Bisneto de alemão tem direito à cidadania?
Essa é uma das dúvidas mais frequentes entre brasileiros com raízes germânicas: bisneto de alemão tem direito à cidadania alemã? A resposta é: sim, em muitos casos — mas depende de uma análise criteriosa da linha de transmissão da nacionalidade e da documentação disponível. Não existe um limite fixo de gerações para o reconhecimento da cidadania alemã por descendência, desde que a nacionalidade tenha sido mantida viva ao longo das gerações, sem interrupções legais.
O ponto central é comprovar que o bisavô ou bisavó nasceu na Alemanha e era cidadão alemão na época do nascimento do avô ou avó do requerente. Da mesma forma, é necessário provar que esse filho (no caso, o avô ou avó) herdou a nacionalidade alemã, e que esta foi passada ao pai ou mãe do solicitante. Essa linha de descendência deve estar completamente documentada, com certidões de nascimento, casamento e óbito em inteiro teor, além de traduções e apostilamentos.
O que pode complicar o processo é a naturalização brasileira do ascendente alemão. Se o bisavô ou bisavó se naturalizou brasileiro antes do nascimento do filho (avô ou avó do requerente), a transmissão da cidadania pode ter sido interrompida. Isso significa que, mesmo com o vínculo sanguíneo, o direito à cidadania alemã pode não ser mais reconhecido — a menos que seja possível contestar esse rompimento com base legal sólida.
Outro fator relevante é a linha materna. Como a legislação alemã só passou a permitir a transmissão da nacionalidade por mulheres a partir de 1975, se a linhagem entre o bisavô alemão e o requerente inclui uma mulher que deu à luz antes dessa data, a análise se torna mais delicada. No entanto, nos últimos anos, tem havido decisões favoráveis em casos como esse, com base em desigualdade de gênero. Isso abriu precedentes para que descendentes afetados por essa limitação histórica consigam o reconhecimento.
Em resumo, bisnetos de alemães podem sim ter direito à cidadania, desde que consigam comprovar que a nacionalidade foi mantida de forma ininterrupta e que os registros da família estejam em ordem. O processo exige paciência, atenção aos detalhes e, muitas vezes, o apoio de profissionais com experiência em nacionalidade alemã.
Cidadania alemã por sobrenome é possível?
A ideia de obter a cidadania alemã por sobrenome é bastante popular entre brasileiros com nomes de origem germânica, especialmente em regiões do Sul do Brasil. No entanto, é importante esclarecer que a Alemanha não concede nacionalidade apenas com base no sobrenome. O sobrenome pode, sim, ser um ponto de partida para a pesquisa genealógica, mas não é reconhecido como critério legal para o reconhecimento da nacionalidade alemã.
A legislação alemã exige prova documental da descendência direta com um cidadão alemão. Isso significa que, mesmo que você tenha um sobrenome claramente alemão — como Müller, Schneider, Schmidt, Braun, Fischer, entre outros — será necessário apresentar documentos que comprovem a ligação de sangue com um antepassado nascido na Alemanha. Sem essa documentação, o simples fato de ter um sobrenome germânico não é suficiente para solicitar a cidadania alemã.
Por outro lado, o sobrenome pode ser um indício valioso para começar a investigação. Ele pode ajudar na localização de registros antigos, facilitar a busca em cartórios, igrejas e até bancos de dados alemães. Muitas famílias que não têm registros diretos em mãos acabam utilizando o sobrenome como chave inicial para construir sua árvore genealógica e descobrir se existe uma conexão legítima com um cidadão alemão.
Se a partir dessa pesquisa for possível encontrar a certidão de nascimento do ascendente alemão, e construir a cadeia de descendência completa e contínua até o requerente, então o processo de cidadania alemã por descendência se torna viável. Mas, nesse caso, o sobrenome deixa de ser um fator central e passa a ser apenas parte da documentação.
Portanto, embora a expressão cidadania alemã por sobrenome seja bastante buscada e usada, não corresponde à realidade legal do processo. A Alemanha é extremamente criteriosa em relação à documentação e só reconhece o direito à cidadania quando há provas concretas da linha de transmissão.
Se o seu interesse começou pelo sobrenome, ótimo — mas o passo seguinte é mergulhar na genealogia e reunir os documentos necessários. Isso pode abrir a porta para um processo legítimo de reconhecimento da cidadania alemã, com base em critérios sólidos e legalmente aceitos.
Quais documentos são exigidos para obter a cidadania?
Para solicitar a cidadania alemã, é necessário reunir uma documentação robusta que comprove, de forma inquestionável, o vínculo de sangue com o ascendente alemão e a continuidade da nacionalidade ao longo das gerações. A Alemanha é extremamente rigorosa com a análise documental, e qualquer erro, ausência ou inconsistência pode levar ao indeferimento do processo. Por isso, entender exatamente quais documentos são exigidos para obter a cidadania alemã é um passo fundamental.
Se o pedido for feito com base em cidadania alemã por descendência, a lista de documentos normalmente inclui:
- Certidão de nascimento do antepassado alemão: deve ser emitida pelo cartório civil da cidade onde ele nasceu na Alemanha. Se for muito antiga, uma certidão de batismo ou outro registro religioso pode ser aceito.
- Certidão de naturalização (ou negativa): é fundamental verificar se o antepassado se naturalizou brasileiro. Caso ele tenha feito isso antes do nascimento do filho seguinte, a linha de transmissão pode ter sido interrompida.
- Certidões de nascimento, casamento e óbito de todos os descendentes até o requerente: todas devem estar em inteiro teor, legíveis e completas.
- Tradução juramentada de todos os documentos brasileiros: deve ser feita por tradutor juramentado para o idioma alemão.
- Apostilamento de Haia: exigido em todos os documentos emitidos fora da Alemanha, incluindo as traduções.
- Cópias autenticadas de documentos de identidade (passaporte, RG, etc.) do requerente.
- Comprovantes de vínculo familiar, quando necessário (como registros religiosos, fotos antigas, certidões adicionais, etc.).
No caso de cidadania alemã por casamento ou por tempo de residência, a lista de documentos muda, mas ainda exige: certidão de casamento registrada na Alemanha, tempo comprovado de união, comprovantes de residência legal, teste de proficiência em alemão (nível B1), entre outros.
Um detalhe importante: todos os documentos precisam estar sem rasuras, legíveis e consistentes entre si. Datas, nomes e localidades devem bater perfeitamente. Por exemplo, se o nome do bisavô aparece como “Johann” em um documento e “João” em outro, é necessário apresentar uma certidão de equivalência ou explicar oficialmente essa variação.
Alguns processos são iniciados em consulados alemães no Brasil, enquanto outros são feitos diretamente na Alemanha. Em ambos os casos, a documentação deve estar completa desde o início — não existe a possibilidade de “complementar depois” sem comprometer a análise.
Organizar e revisar todos os papéis com calma pode economizar meses — ou até anos — no processo. Quem preferir pode contar com genealogistas ou consultores especializados, mas não é obrigatório. O mais importante é ter um dossiê impecável e alinhado às exigências do governo alemão.

Como tirar a cidadania alemã do Brasil ou da Alemanha?
O processo para obter a cidadania alemã pode ser realizado tanto no Brasil quanto diretamente na Alemanha, dependendo do local de residência do requerente, da estrutura familiar e da estratégia escolhida. Ambas as opções são viáveis, e o reconhecimento da nacionalidade alemã será o mesmo ao final. No entanto, os procedimentos, os prazos e as exigências práticas variam entre os dois países.
✅ Tirar a cidadania alemã no Brasil
Quem vive no Brasil pode iniciar o processo junto ao consulado alemão responsável pela sua jurisdição. Atualmente, o país é dividido entre vários consulados: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife, entre outros. Cada um tem seu site oficial com instruções detalhadas sobre a documentação e a forma de atendimento.
O primeiro passo é reunir todos os documentos exigidos, como as certidões de nascimento e casamento em inteiro teor, a certidão de nascimento do antepassado alemão, traduções juramentadas para o alemão e os apostilamentos conforme a Convenção de Haia. Após montar o dossiê, o requerente precisa agendar um atendimento presencial — que, dependendo da localidade, pode ter fila de espera de vários meses.
No consulado, o processo é iniciado com a entrega dos documentos e o preenchimento de formulários específicos. Em alguns casos, o consulado apenas recolhe os documentos e os envia para análise na Alemanha. O tempo médio de espera gira em torno de 12 a 24 meses, mas pode variar.
✅ Tirar a cidadania alemã diretamente na Alemanha
Já quem reside na Alemanha ou pretende se mudar para dar início ao processo pode solicitar o reconhecimento junto ao Standesamt (cartório local) ou ao Bundesverwaltungsamt (Departamento Federal de Administração), dependendo do tipo de processo.
Na Alemanha, o processo costuma ser mais ágil, especialmente quando o requerente já vive legalmente no país. É necessário apresentar todos os documentos devidamente traduzidos e apostilados, além de comprovante de residência. Em muitos casos, é exigida a apresentação do registro de nascimento ou batismo do antepassado alemão diretamente no cartório da cidade onde ele nasceu.
Muitas pessoas escolhem esse caminho para acelerar a análise, já que os trâmites dentro da Alemanha costumam ter prazos menores do que nos consulados no exterior. Contudo, viver na Alemanha durante o processo não é obrigatório — é perfeitamente possível resolver tudo a partir do Brasil.
Dica importante:
Independentemente do local, o mais importante é ter uma documentação impecável, traduzida e apostilada corretamente. Além disso, não existe diferença de valor legal entre um processo iniciado no Brasil ou na Alemanha — o que muda é o tempo, o atendimento e, claro, a logística envolvida.
Quanto custa o processo de cidadania alemã em 2025?
O custo para tirar a cidadania alemã em 2025 varia bastante de acordo com o tipo de processo, a complexidade da documentação, o número de gerações envolvidas e se o requerente optará ou não pelo auxílio de consultorias especializadas. Embora o governo alemão não cobre taxas elevadas para o reconhecimento da nacionalidade alemã, existem custos indiretos obrigatórios que podem tornar o processo mais ou menos acessível, conforme o caso.
Em média, o valor total pode variar de R$ 2.000 a R$ 8.000, mas esse número pode subir em casos mais complexos ou quando o processo é feito diretamente na Alemanha.
🧾 Principais custos envolvidos:
1. Certidões em inteiro teor:
Para cada geração, será necessário apresentar as certidões de nascimento, casamento e, se aplicável, óbito. Essas certidões devem ser emitidas em inteiro teor, e o custo médio no Brasil gira em torno de R$ 40 a R$ 100 por certidão.
2. Traduções juramentadas:
Todos os documentos brasileiros devem ser traduzidos para o alemão por tradutor juramentado. O valor cobrado é geralmente por lauda (cerca de 1.000 caracteres), e os preços variam entre R$ 100 e R$ 250 por documento, dependendo do estado e da urgência.
3. Apostilamento de Haia:
Cada documento brasileiro, incluindo as traduções, precisa ser apostilado em cartório autorizado. O valor do apostilamento varia conforme o estado, mas geralmente custa entre R$ 90 e R$ 130 por documento.
4. Despesas com envio de documentos (caso o processo seja feito na Alemanha):
O envio internacional de documentos pode custar entre R$ 150 e R$ 400, dependendo da forma de envio (Correios, DHL, FedEx etc.).
5. Honorários de assessorias (opcional):
Embora o processo possa ser feito por conta própria, muitas pessoas optam por contratar consultorias especializadas para garantir segurança na montagem do dossiê. Os valores variam entre R$ 3.000 e R$ 10.000, dependendo da reputação da empresa e da complexidade do caso.
6. Taxas consulares ou administrativas (se aplicável):
Alguns consulados alemães cobram uma pequena taxa administrativa no ato da entrega dos documentos ou no registro de nascimento do requerente. Essas taxas variam entre € 25 e € 80, convertidas em reais no dia do pagamento.
💡 Dica para economizar:
Se você pretende reduzir os custos, pode fazer todo o processo por conta própria, organizando os documentos com atenção, realizando as traduções de forma gradual e evitando assessorias. Há vários relatos de brasileiros que conseguiram a cidadania alemã por descendência com gastos abaixo de R$ 2.500, graças à boa organização e paciência com prazos e exigências.
No entanto, se houver pressa, documentos difíceis de localizar ou dúvidas jurídicas, o investimento em profissionais pode evitar retrabalho e acelerar o processo.

Como tirar o passaporte alemão após obter a cidadania?
Depois que a cidadania alemã é oficialmente reconhecida, o próximo passo é solicitar o passaporte alemão — um dos mais poderosos do mundo, com acesso livre a mais de 190 países. Esse documento simboliza não apenas a nacionalidade reconhecida, mas também a liberdade de circular, morar, estudar e trabalhar em qualquer país da União Europeia.
O processo para obter o passaporte varia conforme o local de residência do novo cidadão: Brasil ou Alemanha. A seguir, veja como funciona em cada caso.
✅ Para quem mora no Brasil
Se você reside no Brasil, a solicitação do passaporte deve ser feita no consulado alemão da sua jurisdição (São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife, etc.). O primeiro requisito é estar registrado como cidadão alemão — ou seja, você deve ter recebido oficialmente a certidão de nascimento alemã após o reconhecimento da cidadania.
Após isso, siga os passos:
- Agende um horário no site do consulado (o agendamento é obrigatório).
- Preencha o formulário de solicitação de passaporte, disponível no próprio site do consulado.
- Compareça ao consulado no dia agendado com os seguintes documentos:
- Documento de identidade brasileiro com foto;
- Comprovante de residência no Brasil;
- Certidão de nascimento alemã emitida pelo Standesamt;
- Foto recente no formato exigido;
- Comprovante de pagamento da taxa (em média € 80, convertido para reais).
O prazo de emissão do passaporte costuma variar entre 4 e 8 semanas, dependendo do consulado e da época do ano. O passaporte tem validade de 10 anos para maiores de 24 anos e de 6 anos para menores.
✅ Para quem mora na Alemanha
Cidadãos que vivem na Alemanha devem solicitar o passaporte diretamente na Bürgeramt (prefeitura) ou Einwohnermeldeamt (departamento de registro de residentes) da cidade onde residem.
É necessário apresentar:
- Documento de identidade ou certidão de nascimento alemã;
- Foto recente no padrão biométrico;
- Comprovante de residência na cidade;
- Formulário preenchido;
- Pagamento da taxa (cerca de € 60 a € 80, dependendo do modelo escolhido).
A emissão é rápida, geralmente entre 7 a 15 dias úteis, e o passaporte pode ser retirado pessoalmente.
🛂 Vantagens do passaporte alemão
Além de garantir acesso total aos países da União Europeia, o passaporte alemão oferece entrada facilitada nos Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália e dezenas de outras nações, sem necessidade de visto prévio. É também um documento importante para brasileiros com dupla cidadania que desejam estudar, trabalhar ou empreender na Europa.
Com o passaporte em mãos, você passa a ter todos os direitos de um cidadão da Alemanha, incluindo assistência consular, proteção jurídica, acesso ao sistema educacional, saúde pública e livre mobilidade internacional.
Dúvidas frequentes sobre cidadania alemã
1. Quem tem direito à cidadania alemã por descendência?
Filhos, netos e até bisnetos de alemães podem ter direito, desde que comprovem a linha de descendência com documentos completos e que não tenha havido interrupção legal da nacionalidade ao longo das gerações.
2. Posso tirar cidadania alemã apenas pelo sobrenome?
Não. A cidadania alemã por sobrenome não existe como critério legal. O sobrenome pode ajudar na pesquisa genealógica, mas é indispensável apresentar documentação que comprove a descendência direta de um cidadão alemão.
3. Bisneto de alemão realmente tem direito?
Sim, desde que cada geração sucessiva tenha herdado a nacionalidade do ascendente anterior, sem rompimentos. O caso precisa ser bem documentado e analisado com atenção.
4. Onde faço o processo: no Brasil ou na Alemanha?
O processo pode ser feito nos consulados alemães no Brasil ou diretamente na Alemanha, dependendo de onde o requerente reside. Em ambos os casos, a documentação exigida é praticamente a mesma.
5. Quais documentos são necessários para o processo?
São exigidas certidões de nascimento, casamento e óbito em inteiro teor, traduções juramentadas, apostilamento de Haia, certidão do antepassado alemão, e possíveis documentos complementares.
6. Quanto custa tirar a cidadania alemã?
O custo varia entre R$ 2.000 a R$ 8.000, dependendo da quantidade de documentos, traduções, apostilas e se o requerente usará assessoria profissional.
7. O processo é demorado?
Sim. O prazo médio é de 12 a 24 meses, podendo variar conforme o consulado ou órgão responsável na Alemanha, além da qualidade do dossiê apresentado.
8. O processo pode ser feito por conta própria?
Sim. Muitas pessoas organizam a documentação e fazem o processo por conta própria, economizando em assessorias. No entanto, requer atenção total aos detalhes.
9. Depois de reconhecida a cidadania, como tirar o passaporte alemão?
Basta agendar o atendimento no consulado (ou prefeitura na Alemanha), apresentar os documentos exigidos e pagar a taxa. O passaporte tem validade de até 10 anos.
10. A cidadania alemã dá direito a morar e trabalhar na Europa?
Sim. Com a nacionalidade alemã, o cidadão tem direitos plenos na União Europeia, incluindo residência, trabalho, estudo e acesso a benefícios públicos em qualquer país membro.