Casar com português não dá cidadania automática, mas sim a possibilidade de solicitá-la após cumprir alguns requisitos. Muita gente acredita que o simples ato de casar já garante a cidadania portuguesa, mas na prática é preciso passar por um processo formal de naturalização, com documentos, prazos e análise do governo de Portugal.
Atualmente, o cônjuge de um cidadão português pode solicitar a cidadania portuguesa após três anos de casamento civil. Se o casal tiver um filho em comum com cidadania portuguesa, esse tempo reduz para dois anos. É importante destacar que o casamento precisa estar registrado em Portugal, mesmo que tenha sido realizado no exterior.
Além do tempo mínimo de união, o processo exige uma prova de ligação efetiva com a comunidade portuguesa. Isso pode incluir conhecimento da língua portuguesa, histórico de viagens a Portugal, convivência com portugueses ou outras formas de demonstração de vínculo cultural e afetivo. Em casamentos com mais de seis anos de duração, essa exigência pode ser dispensada.
Outro ponto importante é que não é necessário morar em Portugal para solicitar a cidadania por casamento. O processo pode ser feito mesmo que o casal resida no Brasil ou em outro país, desde que toda a documentação esteja correta e atualizada. Será necessário apresentar certidões de casamento, nascimento, antecedentes criminais e preencher formulários oficiais.
Vale lembrar que fraudes ou casamentos simulados são tratados com rigor. O governo português pode negar o pedido caso identifique que o casamento foi feito apenas com a intenção de obter a nacionalidade. Por isso, é essencial que tudo seja transparente, legítimo e bem documentado.
Resumindo: casar com português não garante cidadania automática, mas sim o direito de solicitar a naturalização após cumprir o tempo mínimo de casamento e demonstrar vínculos reais com o país. Com os documentos certos, o processo é possível e acessível para muitos brasileiros.