A busca por uma aposentadoria na Europa virou realidade para muitos brasileiros que cansaram de esperar melhorias no Brasil. O sonho de viver com mais segurança, saúde pública de verdade e qualidade de vida está se tornando cada vez mais comum entre quem já contribuiu com o INSS por décadas. E a pergunta agora é outra: vale mais a pena receber aposentadoria no Brasil e viver na Europa? Ou tentar se aposentar por lá?
Portugal segue no topo da lista como destino favorito. Com exigência de apenas 870 euros por mês de renda comprovada e custo de vida mais baixo que o restante da Europa, o país virou refúgio de aposentados brasileiros. E ainda há um bônus: quem pediu o benefício até 2024 entrou no famoso RNH, com desconto de até 90% no imposto da aposentadoria brasileira.
Mas não é só Portugal. Países como Malta, Espanha, Itália, Irlanda e Alemanha também aparecem entre os mais buscados. E tem um detalhe importante: em muitos deles, aposentados estrangeiros podem sim receber o valor do INSS diretamente na Europa, sem pagar os 25% de imposto de renda que antes era descontado automaticamente. A decisão do STF de 2024 derrubou esse desconto. Isso significa mais dinheiro no bolso e mais tranquilidade pra quem já tá na fase de descansar.
Só que tem pegadinha. Cada país tem regras diferentes para aceitar aposentados. Alguns exigem seguro saúde privado. Outros, comprovação de vínculo familiar ou rendimentos extras. A Itália, por exemplo, pede comprovação de renda fixa e estável. A Espanha exige mais de 2400 euros mensais. Já a Irlanda oferece um visto especial para quem quer viver sem trabalhar, mas exige seguro de saúde e carta de responsabilidade financeira.
A média de aposentadoria na Europa também varia. Na França, Alemanha e Itália, gira entre 1400 e 1600 euros por mês. Em Portugal, a média é de 888 euros, mas o custo de vida compensa. Já países como Luxemburgo, Islândia e Noruega pagam acima de 2400 euros, mas o custo pra viver neles também é alto.
Pra quem tem cidadania europeia, o caminho é bem mais fácil. Dá pra morar, ter acesso ao sistema público de saúde, abrir conta, e viver com direitos garantidos. Quem não tem, precisa pedir visto específico e comprovar que não será um peso pro sistema local.
No fim das contas, viver a aposentadoria na Europa virou um plano real. Mais do que um sonho, virou uma rota de fuga da insegurança, da inflação e da incerteza do Brasil. Com planejamento e os documentos certos, dá pra viver bem, conhecer o mundo e gastar menos do que se gasta por aqui.