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Ter a cidadania espanhola é um sonho para muitos brasileiros, especialmente os que possuem avós ou bisavós nascidos na Espanha. Afinal, além do laço histórico entre Brasil e Espanha, essa nacionalidade oferece uma série de vantagens concretas, como a possibilidade de viver e trabalhar legalmente em qualquer país da União Europeia, estudar em universidades públicas com custos reduzidos e até mesmo circular por diversos países sem visto. Só que o caminho até esse documento europeu pode variar bastante, e depende do seu vínculo com a Espanha, da sua documentação e da sua situação atual.
Para quem é descendente de espanhóis, há uma rota clara e relativamente acessível: a cidadania por origem (também chamada de jus sanguinis), que reconhece a nacionalidade de filhos, netos e até bisnetos, em algumas situações. Por outro lado, há também alternativas como a naturalização por tempo de residência legal, a aquisição por casamento com um espanhol, e até mesmo a nova legislação voltada para netos de exilados e judeus sefarditas, que reacenderam o interesse de muitas famílias brasileiras em buscar esse reconhecimento.
📌 Um fator decisivo para começar o processo é entender qual via se aplica ao seu caso. Cada uma exige um tipo de documentação, tem um prazo estimado e segue regras específicas que podem confundir quem não está familiarizado com os trâmites burocráticos da Espanha. Além disso, é importante se preparar para possíveis dificuldades com certidões antigas, erros em nomes ou sobrenomes, e exigências consulares que variam conforme o local onde você reside.
Seja qual for sua rota até a cidadania espanhola, uma coisa é certa: com organização, atenção aos detalhes e o conhecimento certo, esse objetivo pode estar mais próximo do que você imagina. A seguir, vamos explorar cada um dos caminhos disponíveis, com orientações detalhadas, prazos, custos e os erros mais comuns cometidos pelos brasileiros durante o processo.
Quem tem direito à cidadania espanhola?
A cidadania espanhola pode ser obtida de diferentes formas, e a mais comum entre brasileiros é a chamada cidadania por origem, ou seja, aquela baseada no vínculo sanguíneo com um ascendente espanhol. No entanto, não se trata da única via legal. A legislação espanhola prevê outros caminhos que permitem a naturalização, e é justamente essa variedade de opções que torna essencial entender qual delas se encaixa melhor em sua realidade.
Cidadania espanhola por descendência direta
Esse é o caminho mais conhecido e acessível, especialmente para brasileiros que têm pai, mãe, avô ou avó espanhóis. A Espanha adota o critério de jus sanguinis, ou seja, transmite a nacionalidade aos descendentes, desde que se cumpram algumas condições.
Para filhos de espanhóis nascidos no exterior, o direito à cidadania é praticamente direto, mas é preciso realizar o registro de nascimento no consulado espanhol e apresentar os documentos que comprovem o vínculo. Já no caso dos netos, a situação é mais complexa: a legislação tradicional previa limitações que deixaram muitos descendentes de fora, como a exigência de que o pai ou mãe tivesse requerido a cidadania antes do filho atingir a maioridade.
Com a aprovação da Lei da Memória Democrática, essa barreira foi parcialmente removida. Agora, filhos e netos de espanhóis exilados durante a guerra civil ou ditadura franquista, por exemplo, podem solicitar o reconhecimento da cidadania, mesmo que seus pais não tenham feito o pedido anteriormente.
📌 Importante: A cidadania por bisavô só será possível se o avô ou avó tiver registrado a cidadania espanhola antes de passar aos descendentes seguintes. A linhagem não pode pular uma geração.
Cidadania espanhola por casamento
Quem se casa com um cidadão espanhol também pode solicitar a cidadania por naturalização, mas não imediatamente. A regra geral exige um ano de residência legal e contínua na Espanha após o casamento para que o cônjuge possa dar entrada no pedido.
Esse processo exige comprovação de vida em comum, residência compartilhada e legalidade da permanência no país. Também é necessário comprovar integração com a sociedade espanhola, incluindo o conhecimento do idioma e, em alguns casos, a realização de provas de cultura geral.
Cidadania espanhola por tempo de residência legal
Para estrangeiros que vivem na Espanha legalmente, a naturalização pode ser solicitada após um certo período, que varia de acordo com o país de origem. No caso dos brasileiros, esse prazo é de dois anos apenas, por conta de acordos históricos entre os dois países — um tempo significativamente menor do que os dez anos exigidos para cidadãos de outras nacionalidades.
Durante esse período, é preciso manter a residência regular, sem ausências prolongadas, e cumprir obrigações fiscais e legais no país. Após o prazo, o pedido de cidadania pode ser apresentado junto ao Ministério da Justiça espanhol.
📎 Confira um resumo dos caminhos possíveis:
Tipo de vínculo | Requisitos principais | Tempo mínimo exigido |
---|---|---|
Por descendência direta | Pai/mãe, avô/avó espanhóis + comprovação documental | Imediato |
Por casamento | Casamento + residência legal conjunta na Espanha | 1 ano |
Por residência | Vivência legal na Espanha + boa conduta + integração cultural | 2 anos para brasileiros |
Pela Lei da Memória Democrática | Descendência de exilados da guerra civil ou franquismo + documentação histórica | Imediato |
Quais documentos são exigidos no processo?
A documentação necessária para obter a cidadania espanhola depende diretamente do tipo de processo escolhido. Seja por descendência, casamento ou residência, o sucesso da solicitação está diretamente ligado à organização e à qualidade dos documentos apresentados. Um pequeno erro, como uma data divergente ou um sobrenome mal escrito, pode atrasar (ou até inviabilizar) o andamento do pedido.
Para evitar dores de cabeça, é fundamental entender o que cada modalidade exige e quais documentos precisam passar por tradução, legalização e apostilamento.
Documentos para cidadania por descendência
Para quem vai solicitar a cidadania com base na ascendência espanhola, os principais documentos exigidos são:
- Certidão de nascimento do requerente em inteiro teor,
- Certidão de nascimento do ascendente espanhol (pai, mãe, avô ou avó),
- Certidão de casamento dos pais e dos avós (se aplicável),
- Documento de identidade do requerente,
- Comprovante de estado civil (certidão de casamento, divórcio ou solteiro),
- Comprovante de vínculo com o ascendente (árvore genealógica com certidões comprobatórias).
📌 As certidões devem ser originais, recentes e emitidas em formato inteiro teor. A maioria dos consulados exige que os documentos tenham no máximo seis meses de emissão no momento do protocolo.
Documentos para naturalização por residência
Quem deseja obter a cidadania por tempo de residência precisa apresentar uma documentação mais robusta e voltada à comprovação de integração no país. Entre os documentos mais comuns estão:
- Passaporte válido e NIE (Número de Identificação de Estrangeiro),
- Certificado de residência legal e contínua na Espanha,
- Certidões de antecedentes criminais do Brasil e da Espanha,
- Provas de integração: certificado de proficiência em espanhol (DELE A2 ou superior) e conhecimentos socioculturais (CCSE),
- Comprovantes de trabalho, renda ou meios de subsistência,
- Documento de inscrição na segurança social espanhola.
📎 A apresentação de certificados do Instituto Cervantes é obrigatória em muitos casos e deve ser feita no momento do protocolo do pedido.
Apostilamento, tradução e legalização
Muitos documentos brasileiros precisam passar por três etapas para serem aceitos pelas autoridades espanholas:
1️⃣ Apostilamento de Haia – feito em cartório autorizado no Brasil, garante validade internacional ao documento,
2️⃣ Tradução juramentada – para o espanhol, realizada por tradutor público reconhecido,
3️⃣ Legalização consular (em alguns casos específicos) – feita no consulado espanhol responsável.
💡 Dica importante: Consulte previamente o site do consulado espanhol onde pretende dar entrada no pedido. Cada unidade consular pode ter variações nos requisitos e exigências de forma, número de vias, prazos e agendamento.
Confira uma tabela comparativa com os documentos principais por tipo de processo:
Tipo de processo | Documentos principais |
---|---|
Por descendência | Certidões de nascimento (inteiro teor), casamento, identidade, árvore genealógica |
Por casamento | Certidão de casamento com espanhol, NIE, certidão de residência conjunta, provas de convivência |
Por residência legal | NIE, comprovante de residência, antecedentes, provas de integração (DELE e CCSE), renda |
Pela Lei da Memória Democrática | Certidões dos exilados, documentos históricos, registros civis e militares da Espanha, certidões brasileiras |
Como funciona o processo para brasileiros?
Brasileiros que desejam obter a cidadania espanhola precisam seguir regras específicas de acordo com a via escolhida. O caminho mais comum é o reconhecimento por descendência, que pode ser feito tanto no Brasil quanto diretamente na Espanha. Já os processos por residência ou casamento exigem que o solicitante esteja legalmente vivendo em território espanhol. Cada uma dessas opções envolve trâmites distintos, prazos diferentes e interações com órgãos específicos, como consulados ou o Ministério da Justiça da Espanha.
Pelo consulado espanhol no Brasil
O procedimento mais comum para brasileiros que ainda vivem no Brasil é realizar o processo diretamente no consulado espanhol responsável por sua jurisdição. Atualmente, o Brasil conta com cinco consulados da Espanha, localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Porto Alegre.
O primeiro passo é reunir toda a documentação exigida, devidamente traduzida e apostilada. Em seguida, o requerente deve agendar um atendimento presencial por meio do sistema online do consulado. Na data marcada, os documentos são entregues e o processo é iniciado.
📌 Alguns consulados exigem autenticidade digital dos documentos ou a inclusão de vias adicionais. A ausência de qualquer item pode resultar em indeferimento imediato do pedido.
Após a entrega, os documentos são enviados para análise na Espanha. O processo costuma levar de 6 a 18 meses, dependendo da demanda e da complexidade do caso.
Diretamente na Espanha: quando é possível?
Para quem já vive na Espanha de forma legal, há a possibilidade de dar entrada no pedido de cidadania diretamente no país. Esse caminho é ideal para:
- Cidadãos casados com espanhóis,
- Brasileiros com mais de 2 anos de residência legal contínua,
- Descendentes que preferem protocolar o pedido em cartório espanhol (Registro Civil).
Nesses casos, o procedimento pode ser mais rápido, mas exige comprovação de residência, contratos de aluguel ou trabalho, e, frequentemente, entrevistas para avaliar a integração cultural do requerente.
📎 Atenção: A entrada irregular na Espanha, ou seja, sem visto ou autorização de residência, inviabiliza totalmente a solicitação de cidadania. Não há “atalhos” para regularizar a situação e obter a nacionalidade.
Diferenças entre processo administrativo e judicial
Existem dois formatos de processo para obter a cidadania: o administrativo, que ocorre via consulado ou Registro Civil, e o judicial, que é acionado quando há negativa ou entraves injustos no reconhecimento.
Tipo de processo | Onde é feito | Quando é indicado | Tempo médio estimado |
---|---|---|---|
Administrativo | Consulado ou Registro Civil | Casos regulares e bem documentados | 6 a 18 meses |
Judicial | Tribunal na Espanha | Casos de negativa, demora excessiva ou exclusão por erro | 1 a 3 anos |
💡 Dica útil: O processo judicial costuma ter custos mais altos (advogado, procurações, viagens) e deve ser iniciado com o apoio de um escritório de advocacia especializado em cidadania espanhola.
Custos envolvidos para tirar a cidadania espanhola
O valor total para obter a cidadania espanhola pode variar bastante, dependendo da via escolhida (descendência, casamento, residência, Lei da Memória Democrática) e do local onde o processo será realizado (Brasil ou Espanha). Em geral, o processo por descendência tende a ser mais acessível, enquanto a naturalização por residência ou por casamento pode envolver gastos adicionais com traduções, provas de integração, taxas governamentais e até assessoria jurídica.
Custos no Brasil (traduções, certidões, consulado)
Se o pedido for feito através do consulado espanhol no Brasil, o requerente precisará arcar com as seguintes despesas:
- Certidões em inteiro teor: entre R$ 40 e R$ 100 por unidade, dependendo do cartório,
- Apostilamento de Haia: cerca de R$ 90 por documento em média,
- Tradução juramentada para o espanhol: entre R$ 100 e R$ 200 por página, variando por estado,
- Autenticações e reconhecimento de firma: entre R$ 10 e R$ 40 por item,
- Despesas com envio de documentos (caso necessário): variam entre R$ 30 e R$ 100.
📌 A boa notícia é que os consulados espanhóis não cobram taxa para processos de cidadania por origem. Ou seja, o valor total depende apenas da documentação.
Custos na Espanha (advogado, registros, residência)
Quem opta por dar entrada diretamente na Espanha ou por naturalização terá outros tipos de gastos:
- Provas de integração (DELE e CCSE): cerca de €85 a €130 cada,
- Tradução e legalização de documentos brasileiros: variam entre €150 e €400 no total,
- Honorários advocatícios (opcional, mas comum): entre €500 e €2.000, dependendo da complexidade,
- Taxas de registro e tramitação: em média €100 a €150,
- Despesas com renovação de NIE, seguro saúde, aluguel ou contrato de residência.
💡 Brasileiros podem solicitar cidadania espanhola após apenas 2 anos de residência legal, o que reduz significativamente os custos com vistos e renovações prolongadas em comparação com outras nacionalidades.
Dá para conseguir cidadania espanhola de graça?
📎 Em teoria, sim: é possível obter a cidadania espanhola sem gastar nada além dos documentos obrigatórios, principalmente em casos de descendência e quando todos os documentos já estão em mãos. No entanto, na prática, há sempre algum gasto envolvido, mesmo que mínimo, com traduções, cartório e agendamento consular.
Confira uma estimativa média dos custos por via de solicitação:
Tipo de solicitação | Custo estimado no Brasil | Custo estimado na Espanha | Observações |
---|---|---|---|
Por descendência | R$ 800 a R$ 2.500 | €300 a €600 | Sem taxas consulares, depende da documentação |
Por casamento | R$ 2.000 a R$ 4.000 | €1.000 a €3.000 | Exige provas de convivência e residência legal |
Por residência | R$ 3.000 a R$ 5.000 | €2.000 a €4.000 | Inclui DELE, CCSE, NIE e comprovações fiscais |
Pela Lei da Memória Democrática | R$ 1.200 a R$ 3.000 | €500 a €1.500 | Depende de documentos históricos e assessoria |
📌 Esses valores são estimativas médias e podem variar bastante conforme a cidade, câmbio, urgência dos documentos e necessidade ou não de contratar um advogado.
Quanto tempo leva o processo de cidadania?
O tempo necessário para obter a cidadania espanhola pode variar consideravelmente, dependendo da via escolhida, da qualidade da documentação apresentada e da localidade onde o processo é protocolado. Em média, o processo mais rápido costuma ser o de cidadania por descendência direta, enquanto os pedidos por naturalização (residência ou casamento) tendem a levar mais tempo devido às etapas adicionais e exigências legais.
Não existe um prazo fixo garantido pela legislação espanhola, mas há médias baseadas na experiência de consulados e registros civis.
Prazos estimados em cada via
Veja abaixo uma estimativa de tempo para cada tipo de solicitação:
Tipo de cidadania | Tempo médio estimado |
---|---|
Por descendência (consulado) | 6 a 18 meses |
Por descendência (na Espanha) | 4 a 12 meses |
Por casamento | 1 a 2 anos após o 1º ano de residência |
Por tempo de residência | 2 anos de residência + 1 a 2 anos de análise |
Pela Lei da Memória Democrática | 6 meses a 1 ano |
Processo judicial | 1 a 3 anos (varia por complexidade) |
📌 Importante: O prazo começa a contar a partir do protocolo completo e correto do pedido. Processos com erros, documentos faltando ou com divergência de dados são automaticamente suspensos ou retornam ao solicitante para correção.
Como acelerar o processo legalmente
Apesar de não haver um “atalho oficial”, algumas atitudes podem ajudar a tornar o processo mais ágil e eficiente:
1️⃣ Organizar os documentos com antecedência: certidões recentes, sem erros e no formato exigido evitam atrasos,
2️⃣ Fazer tradução juramentada com tradutor autorizado: isso evita retrabalho e rejeições por inadequação formal,
3️⃣ Consultar o consulado antes de protocolar: muitos erros são evitados ao verificar se há atualizações nos requisitos,
4️⃣ Agendar com antecedência: alguns consulados têm espera de até 1 ano para a primeira vaga disponível,
5️⃣ Contratar uma assessoria especializada (opcional): em processos mais complexos, isso pode economizar meses de espera.
💡 Dica prática: Registros feitos diretamente na Espanha costumam ter tramitação mais rápida que no Brasil. Porém, só é possível para quem reside legalmente no país.
Em alguns casos, principalmente quando há demora excessiva por parte das autoridades ou silêncio administrativo superior a um ano, é possível acionar o Judiciário espanhol para forçar a análise do pedido. Essa opção, embora mais custosa, pode ser uma saída viável para quem está aguardando há anos sem retorno.
Casos especiais: netos, filhos de espanhóis e judeus sefarditas
Nem todos os pedidos de cidadania espanhola seguem os caminhos convencionais. Existem situações específicas, especialmente envolvendo netos de espanhóis, filhos de cidadãos que não transmitiram a nacionalidade a tempo, e descendentes de judeus sefarditas expulsos da Península Ibérica. Esses casos ganharam destaque recente com a promulgação da Lei da Memória Democrática, que ampliou o acesso à nacionalidade espanhola a milhares de brasileiros e hispano-descendentes.
A nova Lei da Memória Democrática
Sancionada em outubro de 2022, a nova legislação substituiu a antiga “Lei da Memória Histórica” e criou uma oportunidade inédita para muitos netos e filhos de espanhóis que, até então, estavam excluídos por brechas na legislação.
Pelo novo texto, têm direito à cidadania:
- Filhos de mulheres espanholas que perderam a nacionalidade ao se casar com estrangeiros,
- Netos de espanhóis que emigraram por razões políticas, ideológicas ou econômicas durante a Guerra Civil ou a ditadura franquista,
- Filhos de cidadãos espanhóis de origem que não requereram a cidadania a tempo de transmitir aos filhos.
📌 O pedido pode ser feito diretamente no consulado, mediante apresentação de documentos que comprovem o exílio, o vínculo sanguíneo e a motivação histórica da migração.
Cidadania para netos e bisnetos de espanhóis
A situação dos netos e bisnetos é uma das mais debatidas entre brasileiros. Por lei, a nacionalidade espanhola não pode pular gerações, ou seja, é necessário que cada pessoa na linhagem tenha obtido ou tido direito à cidadania antes de transmiti-la ao descendente seguinte.
No entanto, com a nova legislação, alguns netos passaram a ter direito direto, mesmo sem que o pai ou a mãe tenha feito o pedido antes. Isso ocorre principalmente quando:
- O avô ou avó espanhol foi exilado político ou emigrante econômico durante o franquismo,
- O filho do espanhol nasceu fora da Espanha e não teve a chance de se naturalizar por falta de conhecimento ou tempo,
- A cidadania foi recusada anteriormente com base em interpretações antigas da lei.
📎 Para bisnetos, o processo só é possível se o avô ou avó ainda estiver vivo e puder solicitar a cidadania, para então passá-la adiante.
O que mudou com a lei para judeus sefarditas?
Desde 2015, a Espanha reconhece o direito de descendentes dos judeus sefarditas à cidadania espanhola, como forma de reparação histórica pelas expulsões e perseguições ocorridas no século XV. A regra permitia o pedido sem a necessidade de residência na Espanha, bastando comprovar a origem sefardita e manter vínculos culturais com a comunidade.
No entanto, o prazo inicial da lei venceu em 2019, e apenas casos muito específicos ainda são aceitos hoje. Apesar disso, ainda é possível requerer a cidadania por essa via caso existam processos em andamento, ou por decisão judicial. Além disso, alguns consulados espanhóis ainda recebem pedidos residuais mediante apresentação de documentos robustos.
💡 Curiosidade: Muitos brasileiros com sobrenomes como Pinto, Fonseca, Castro, Nunes, Oliveira, entre outros, têm origem sefardita, mas é necessário provar a linha genealógica com laudos e análise documental de especialistas em genealogia judaica.
Confira um resumo visual das possibilidades nesses casos especiais:
Situação especial | Direito à cidadania | Observações |
---|---|---|
Neto de espanhol exilado | ✅ Sim | Via Lei da Memória Democrática, documentação exigente |
Filho de espanhola casada com estrangeiro | ✅ Sim | Desde que o casamento tenha causado perda da nacionalidade |
Bisneto de espanhol | ❌ Depende | Só é possível se o avô ainda estiver vivo e se naturalizar |
Judeu sefardita | ✅ Com restrições | Precisa comprovar vínculo histórico, cultural e religioso |
Vantagens de ter cidadania espanhola
Conquistar a cidadania espanhola vai muito além de obter um passaporte europeu. Trata-se de um status que garante acesso a diversos direitos civis, sociais e econômicos dentro da Espanha e em toda a União Europeia. Para brasileiros e descendentes, isso representa uma transformação completa na forma de estudar, trabalhar, viajar e até empreender internacionalmente.
Além disso, ao obter a cidadania espanhola, o indivíduo passa a ser considerado europeu para todos os fins legais e políticos, com direito à livre circulação, proteção consular e integração a programas sociais e educacionais do bloco.
Benefícios dentro da União Europeia
Ao se tornar cidadão espanhol, o titular passa a ter automaticamente os mesmos direitos de qualquer cidadão da União Europeia (UE). Isso inclui:
- Livre circulação em todos os países da UE e do Espaço Schengen (mais de 30 países),
- Direito de residência, trabalho e estudo em qualquer país europeu, sem necessidade de vistos,
- Acesso a serviços públicos em igualdade com os nativos: saúde, educação, transporte, entre outros,
- Possibilidade de participar de programas de intercâmbio, bolsas de estudo e financiamento universitário com as mesmas condições dos europeus,
- Direito a abrir empresas, comprar imóveis e investir em qualquer país do bloco.
📌 É possível residir em países como Alemanha, França, Portugal, Itália, Suécia ou Holanda sem burocracia de vistos e com total legalidade.
Dupla cidadania e isenção de vistos
A Espanha permite a dupla cidadania com o Brasil, o que significa que o brasileiro naturalizado espanhol não precisa renunciar à sua cidadania brasileira. Isso proporciona uma vantagem significativa, já que amplia o leque de possibilidades legais nos dois continentes.
Além disso, o passaporte espanhol é um dos mais poderosos do mundo. Com ele, é possível entrar sem visto em mais de 190 países, incluindo:
- Estados Unidos (com autorização ESTA),
- Canadá, Japão, Austrália,
- Reino Unido (com permanência de até 6 meses),
- Diversos países da Ásia e América Latina.
💡 Curiosidade: O passaporte espanhol está entre os 5 mais vantajosos segundo o ranking global do Henley Passport Index.
O que muda na vida profissional e familiar
A cidadania espanhola traz impactos diretos na vida familiar e profissional:
- Mais oportunidades de emprego em países europeus, com salários em euro e maior segurança trabalhista,
- Facilidade para reunificação familiar, permitindo que filhos, cônjuges e pais também sejam beneficiados,
- Estabilidade jurídica, o que facilita processos como compra de imóveis, abertura de contas bancárias, financiamentos, etc.,
- Aposentadoria na Europa: o tempo trabalhado como cidadão pode ser contabilizado para benefícios sociais no bloco europeu.
Confira um resumo visual das principais vantagens:
Vantagem | Descrição |
---|---|
Livre circulação | Sem visto em toda a União Europeia e Espaço Schengen |
Dupla cidadania | Manutenção da cidadania brasileira sem conflitos legais |
Vistos facilitados | Entrada facilitada em mais de 190 países |
Acesso a benefícios europeus | Saúde, educação, moradia, trabalho com igualdade de direitos |
Reunificação familiar | Possibilidade de estender direitos a familiares diretos |
Valorização profissional | Currículo europeu e mobilidade para oportunidades no exterior |
Erros mais comuns no processo e como evitar
Embora o processo de cidadania espanhola seja viável para milhares de brasileiros, muitos pedidos acabam sendo recusados ou travados por erros simples que poderiam ser evitados com atenção. Desde inconsistências em certidões até falhas na escolha da via correta, pequenos deslizes podem causar atrasos de meses ou até anos na obtenção da nacionalidade.
Evitar esses erros não exige nenhum segredo, mas sim organização, planejamento e conhecimento das exigências específicas do processo espanhol.
Certidões com erros de grafia
Um dos problemas mais frequentes está nas certidões de nascimento, casamento ou óbito, especialmente quando se trata de documentos antigos. É comum que sobrenomes espanhóis tenham sido adaptados ou escritos de forma errada ao longo das gerações no Brasil.
Exemplos clássicos de erros:
- Sánchez transformado em Sanches,
- Rodríguez escrito como Rodrigues,
- Uso ou omissão de letras como “z”, “s”, “h” ou “y”.
📌 Importante: O governo espanhol exige consistência absoluta entre os nomes de todos os ascendentes. Quando há divergência, é necessário solicitar a retificação judicial da certidão ou apresentar declaração explicativa validada.
Falta de linha paterna clara
A legislação espanhola tradicionalmente priorizou a linha paterna na transmissão da cidadania. Embora isso tenha mudado com a nova Lei da Memória Democrática, ainda existem situações em que a linha de filiação deve ser clara e ininterrupta.
Erros comuns:
- Descendentes que não sabem se o espanhol era o avô paterno ou materno,
- Falta de registro civil do avô espanhol no Brasil,
- Certidões que omitem ou confundem a paternidade ou maternidade.
✅ A recomendação é montar uma árvore genealógica com base em certidões em inteiro teor, desde o ascendente espanhol até o requerente, garantindo clareza documental.
Ausência de comprovação de vínculo
Mesmo nos casos de descendência direta, é necessário provar que há um vínculo legal e documentado com o ascendente espanhol. Não basta apenas “saber” que o avô nasceu na Espanha: é preciso apresentar provas registradas e oficiais.
Faltas frequentes:
- Certidão de nascimento do espanhol não localizada,
- Documentos espanhóis sem tradução ou sem apostilamento,
- Tentativas de apresentar documentos religiosos (batismo, casamento em igreja) no lugar de certidões civis.
💡 Dica prática: O ideal é solicitar certidões diretamente aos Registros Civis na Espanha, com a ajuda de sites oficiais como o Ministerio de Justicia. Em muitos casos, é possível fazer o pedido gratuito pela internet.
Confira uma tabela com os erros mais comuns e como evitá-los:
Erro comum | Consequência | Como evitar |
---|---|---|
Nomes divergentes entre certidões | Indeferimento ou pedido de retificação | Solicitar retificação judicial antes de protocolar |
Falta de tradução juramentada | Rejeição do documento | Usar apenas tradutores públicos reconhecidos |
Documentos vencidos ou incompletos | Processo suspenso | Emitir certidões atualizadas, no máximo com 6 meses de emissão |
Linha genealógica incompleta | Perda do direito por “salto de geração” | Comprovar cada geração com certidões completas |
Confusão entre vias administrativa e judicial | Retrabalho e atraso | Verificar a viabilidade da via correta com antecedência |
Caminho aberto para a cidadania europeia
Buscar a cidadania espanhola representa muito mais do que um simples processo burocrático. Para milhares de brasileiros, esse reconhecimento é a conexão direta com um passado familiar e, ao mesmo tempo, a construção de um novo futuro. A nacionalidade espanhola traz oportunidades concretas, seja no campo profissional, acadêmico, cultural ou até mesmo pessoal. Além disso, ela garante o acesso irrestrito ao território da União Europeia e o direito de viver com dignidade e igualdade em mais de 30 países.
Os caminhos até a cidadania são diversos, e cada um exige um tipo de preparo. Quem tem pais, avós ou até bisavós espanhóis pode conseguir o reconhecimento por origem, desde que a linha de transmissão seja bem comprovada. Já aqueles que se casaram com espanhóis ou residem legalmente no país podem optar pela naturalização por tempo de residência, desde que cumpram os critérios legais exigidos. Há ainda casos especiais, como os netos de exilados políticos e descendentes de judeus sefarditas, beneficiados por legislações específicas que visam reparar injustiças históricas.
No entanto, é essencial entender que, independentemente da via escolhida, o processo depende de organização, paciência e atenção aos detalhes. Certidões com erros, documentos desatualizados, falta de tradução ou apostilamento e desconhecimento da legislação podem atrasar ou até impedir a conquista da cidadania. Por isso, cada etapa deve ser planejada com cuidado, desde a obtenção dos documentos no Brasil até a entrega ao consulado ou às autoridades espanholas.
Muitas pessoas desistem no meio do caminho por acreditarem que o processo é complexo demais. Outras esperam por anos acreditando em informações desencontradas ou promessas de facilidades que não existem. A verdade é que, com informação confiável, orientação precisa e foco, o reconhecimento da cidadania espanhola está ao alcance de quem tem direito legítimo.
A cidadania espanhola não é apenas um documento. Ela representa liberdade de escolha, segurança para a família, ampliação de horizontes e, acima de tudo, o direito de viver plenamente em diferentes territórios do mundo. É uma conquista que impacta gerações, abre portas e permite construir uma nova história com raízes firmes no passado, mas totalmente voltada para o futuro.
✅ Checklist: tudo o que você precisa para conquistar a cidadania espanhola
☑️ Verifique se você tem ascendência espanhola (pais, avós ou bisavós)
☑️ Identifique qual via de cidadania se aplica ao seu caso (origem, casamento, residência, lei especial)
☑️ Solicite todas as certidões em inteiro teor e atualizadas (nascimento, casamento, óbito)
☑️ Confirme se há erros ou divergências entre os nomes nas certidões
☑️ Faça a tradução juramentada para o espanhol com profissional autorizado
☑️ Apostile os documentos em cartório habilitado segundo a Convenção de Haia
☑️ Organize uma árvore genealógica simples para facilitar o entendimento da linha de descendência
☑️ Consulte o site do consulado espanhol da sua jurisdição para verificar exigências específicas
☑️ Agende com antecedência o atendimento presencial ou protocolo do processo
☑️ Prepare-se para apresentar provas de vínculo e de residência se for via casamento ou naturalização
☑️ Caso more na Espanha, reúna NIE, provas de integração (DELE e CCSE) e certidão de residência
☑️ Esteja ciente dos prazos médios de análise e acompanhe seu processo com paciência
☑️ Evite intermediários não especializados e nunca entregue documentos sem recibo oficial
☑️ Guarde cópias autenticadas de todos os documentos enviados ou apresentados
☑️ Se necessário, considere assessoria especializada para casos complexos ou judiciais
🧭 Mapa de ação para solicitar sua cidadania espanhola
1️⃣ Descubra sua via de acesso
Analise se você tem direito à cidadania por descendência, casamento, tempo de residência ou alguma lei especial, como a da Memória Democrática.
2️⃣ Reúna as certidões necessárias
Solicite as certidões de nascimento, casamento e óbito em inteiro teor, tanto suas quanto dos seus ascendentes espanhóis.
3️⃣ Verifique a consistência das informações
Confira todos os nomes, datas e locais. Corrija qualquer erro por meio de retificação em cartório ou via judicial.
4️⃣ Apostile e traduza os documentos
Leve os documentos para apostilamento conforme a Convenção de Haia e providencie a tradução juramentada para o espanhol com tradutor oficial.
5️⃣ Monte uma linha genealógica clara
Organize a ordem dos descendentes com base nos documentos, para demonstrar sua ligação com o ascendente espanhol.
6️⃣ Agende o protocolo do processo
Entre no site do consulado espanhol correspondente à sua região e agende o atendimento presencial, ou se estiver na Espanha, procure o Registro Civil.
7️⃣ Prepare documentos complementares se necessário
Dependendo da via, você pode precisar de comprovantes de residência, exames de idioma (DELE) e cultura (CCSE), provas de convivência, entre outros.
8️⃣ Protocole o pedido corretamente
Apresente tudo no consulado ou Registro Civil, com organização e em pastas separadas por categoria, conforme as exigências locais.
9️⃣ Acompanhe o andamento do processo
Fique atento ao prazo estimado, acompanhe o status pela internet ou por e-mail, e esteja disponível para eventuais solicitações adicionais.
🔟 Receba a confirmação e solicite seu passaporte espanhol
Após a aprovação, registre sua nacionalidade no consulado ou no cartório espanhol e solicite o passaporte.
🧠 Mitos e verdades sobre a cidadania espanhola
❓ Afirmativa | ✅ Verdadeiro ou ❌ Mito | 🧾 Explicação |
---|---|---|
Posso tirar cidadania espanhola com qualquer sobrenome espanhol | ❌ Mito | O sobrenome não garante direito. É necessário comprovar a linha de descendência com documentos. |
Brasileiros só podem solicitar cidadania após 10 anos morando na Espanha | ❌ Mito | Brasileiros têm um acordo especial: bastam 2 anos de residência legal para naturalização. |
É possível manter a cidadania brasileira mesmo obtendo a espanhola | ✅ Verdade | Os dois países permitem a dupla cidadania sem a necessidade de renúncia. |
Certidões com erros nos nomes podem atrasar ou impedir o processo | ✅ Verdade | Erros em nomes ou datas exigem retificação antes da entrada no pedido. |
O processo de cidadania é gratuito em todos os casos | ❌ Mito | Algumas vias são gratuitas, mas há custos com documentação, traduções e taxas. |
A cidadania pode ser transmitida para filhos e netos automaticamente | ❌ Mito | Ela precisa ser registrada e, em alguns casos, os filhos devem solicitar antes da maioridade. |
Qualquer pessoa pode solicitar cidadania por casamento com espanhol | ❌ Mito | É necessário 1 ano de residência legal na Espanha após o casamento. |
A nova Lei da Memória Democrática permite o pedido mesmo sem o pai naturalizado | ✅ Verdade | Agora, netos de espanhóis exilados podem solicitar a cidadania diretamente. |
Preciso falar espanhol para conseguir a cidadania | ✅ Verdade | Para naturalização, é exigido nível básico de espanhol e aprovação no teste DELE. |
Posso dar entrada no pedido tanto no Brasil quanto na Espanha | ✅ Verdade | Dependendo da via e da residência atual, o processo pode ser feito em ambos os países. |
💡 Dica bônus: use o Registro Civil Central da Espanha para obter certidões de ancestrais gratuitamente
Se você está enfrentando dificuldades para localizar certidões de nascimento ou casamento do seu ascendente espanhol, uma excelente alternativa é recorrer ao Registro Civil Central da Espanha, um órgão oficial que concentra registros civis de toda a Espanha e também de espanhóis nascidos no exterior.
O mais interessante é que esse serviço pode ser acessado de forma gratuita, inclusive por brasileiros. Basta preencher um formulário online no site oficial do Ministerio de Justicia da Espanha, indicando os dados básicos da pessoa procurada, como nome completo, data de nascimento estimada e cidade ou província onde nasceu.
📌 Importante: Mesmo que você não saiba a cidade exata, é possível solicitar uma busca nacional. Pode levar algumas semanas, mas costuma ser eficaz para encontrar registros antigos que foram perdidos ou nunca chegaram ao Brasil.
Essa dica vale ouro principalmente para quem não tem acesso direto a documentos espanhóis da família, mas sabe que o ancestral realmente nasceu na Espanha. Ao conseguir essa certidão, o processo de cidadania pode finalmente sair do papel e sem depender de serviços pagos de busca genealógica.
📚 Perguntas frequentes sobre a cidadania espanhola
📌 Quais brasileiros têm direito à cidadania espanhola?
Brasileiros com pai, mãe, avô ou avó espanhóis têm direito à cidadania por descendência. Além disso, quem mora na Espanha legalmente por 2 anos ou mais, ou é casado com cidadão espanhol, também pode solicitar.
📌 Preciso abrir mão da cidadania brasileira para ter a espanhola?
Não. Brasil e Espanha permitem a dupla cidadania, então você poderá manter os dois passaportes legalmente.
📌 É verdade que netos de espanhóis podem solicitar a cidadania diretamente?
Sim, especialmente após a nova Lei da Memória Democrática, que ampliou o acesso para netos e filhos de espanhóis exilados durante o franquismo.
📌 Quais documentos são obrigatórios para o processo?
Certidões de nascimento em inteiro teor, documentos do ascendente espanhol, traduções juramentadas, apostilamento de Haia e comprovantes de vínculo são os principais.
📌 Quanto custa tirar a cidadania espanhola?
Depende da via. No Brasil, pode variar entre R$ 800 e R$ 2.500 para casos simples. Na Espanha, os custos podem ir de €500 a €4.000, especialmente com provas, advogados ou documentos adicionais.
📌 Posso morar em outro país da Europa com a cidadania espanhola?
Sim. Como cidadão espanhol, você tem todos os direitos garantidos pela União Europeia e pode viver, trabalhar e estudar em qualquer país do bloco.
📌 Quanto tempo leva o processo para ser finalizado?
Varia conforme a via: entre 6 meses e 3 anos. Pedidos feitos na Espanha costumam ser mais rápidos do que os feitos via consulado no Brasil.
📌 Onde devo iniciar o pedido: no Brasil ou na Espanha?
Se você mora no Brasil, o ideal é começar pelo consulado da Espanha responsável pela sua jurisdição. Já quem reside legalmente na Espanha pode fazer o pedido diretamente nos órgãos locais.
📌 É necessário fazer provas para obter a cidadania?
Somente nos casos de naturalização (residência ou casamento), em que são exigidos os testes DELE (idioma) e CCSE (cultura e constituição espanhola).
📌 Posso entrar na Espanha como turista e pedir a cidadania lá?
Não. Para qualquer processo dentro da Espanha, é necessário estar legalizado no país. Entrada como turista não permite iniciar o pedido.
📌 Meus filhos ganham automaticamente a cidadania comigo?
Não automaticamente. Você precisará solicitar o reconhecimento da cidadania para eles depois que a sua for aprovada, por meio de um novo processo com base no vínculo direto.
📌 Onde consigo a certidão de nascimento do meu avô espanhol?
Você pode solicitar gratuitamente pelo site do Ministerio de Justicia da Espanha, mesmo do Brasil.
📌 O processo judicial vale a pena em caso de negativa?
Sim, principalmente se a recusa for injusta ou por interpretação incorreta da lei. Mas é recomendável contratar um advogado especializado.
📌 Qual o maior erro cometido por brasileiros nesse processo?
Certidões com erros ou divergências de nomes, falta de apostilamento ou tradução correta e ausência de planejamento. Esses pontos atrasam e muitas vezes impedem o reconhecimento da cidadania.
📌 Preciso de advogado para fazer o processo?
Não é obrigatório, mas em casos complexos (como via judicial ou quando há documentos faltando) pode ser uma excelente opção para evitar indeferimentos.