Confira os tópicos deste artigo:
A cidadania portuguesa é uma das mais desejadas por brasileiros, especialmente por conta dos laços históricos entre os dois países, da facilidade de acesso à União Europeia e das opções legais oferecidas pela legislação portuguesa. No entanto, apesar das várias possibilidades previstas na lei — como cidadania por descendência, casamento, tempo de residência ou filhos de portugueses — muitos candidatos enfrentam grandes dificuldades ao longo do processo.
A principal reclamação de quem busca a nacionalidade portuguesa costuma ser a exigência rigorosa de documentação. Portugal mantém um controle minucioso sobre os registros civis apresentados, o que faz com que pequenos erros, omissões ou diferenças em nomes, datas ou locais já sejam motivo suficiente para atrasar ou até indeferir o pedido. Além disso, documentos antigos, especialmente certidões brasileiras do século XIX e início do século XX, muitas vezes estão desaparecidos, ilegíveis ou com dados conflitantes, o que complica ainda mais a validação do vínculo familiar.
Outro ponto que causa frustração é a demora no andamento do processo, principalmente quando o pedido envolve a reconstituição de documentos, análises por conservatórias específicas ou necessidade de envio de documentos adicionais. Existem casos em que o processo leva de dois a quatro anos, especialmente nos pedidos por netos e bisnetos de portugueses. A burocracia é real, e nem sempre há transparência nos prazos por parte das autoridades.
Além disso, muitos brasileiros cometem erros ao preencher os formulários ou acabam contratando assessorias despreparadas, o que resulta em requerimentos mal instruídos ou com documentos faltando. Há ainda quem tente fazer o processo totalmente sozinho, sem apoio jurídico, e acabe se frustrando por não conseguir entender detalhes técnicos da legislação portuguesa, que muda com frequência.
Neste artigo, vamos abordar de forma detalhada quais são as maiores dificuldades enfrentadas por quem busca a cidadania portuguesa, com foco especial nos problemas com documentação, indeferimentos, atrasos, causas de recusa e dicas para evitar erros. Se você está pensando em dar entrada no processo ou já teve seu pedido travado, este conteúdo pode ajudar a identificar o que está dando errado e como corrigir a rota antes de perder tempo e dinheiro.
Quais são as maiores dificuldades para obter a cidadania portuguesa
Conseguir a cidadania portuguesa é o sonho de muitos brasileiros, mas, apesar das diversas possibilidades previstas na lei, o processo não é tão simples quanto parece. A legislação portuguesa é bastante rigorosa em relação à documentação e aos critérios legais, o que faz com que muitas pessoas enfrentem barreiras inesperadas ao longo do caminho. Saber quais são essas dificuldades é fundamental para evitar erros e aumentar as chances de sucesso no pedido.
A maior dificuldade enfrentada pela maioria dos requerentes é a documentação. Portugal exige certidões atualizadas, completas e, muitas vezes, em formato internacional. Além disso, não basta apresentar o documento — ele deve estar sem rasuras, com dados exatos e seguir uma linha de ascendência direta comprovada. Qualquer diferença de nome entre registros, falta de sobrenome do antepassado português ou variação de grafia pode travar o processo por meses, ou até anos.
Outro desafio muito comum é a localização de documentos antigos, principalmente quando o pedido é feito por netos ou bisnetos de portugueses. Certidões de nascimento, casamento e óbito emitidas no Brasil no século XIX ou início do século XX costumam estar arquivadas em cartórios que já fecharam, em paróquias sem digitalização ou até mesmo extraviadas. Isso exige paciência, tempo e, muitas vezes, a contratação de profissionais especializados em busca genealógica.
Além disso, há muitos casos em que o processo é indeferido por falta de conhecimento sobre os critérios da lei portuguesa. Por exemplo, netos de portugueses precisam comprovar vínculos reais com Portugal, como idioma, viagens, residência ou conexões culturais. Muitas pessoas acreditam que o simples fato de ter um avô português é suficiente, mas a lei exige mais do que apenas a linha de sangue.
Também é comum encontrar dificuldades no preenchimento dos formulários, especialmente para quem tenta fazer o processo por conta própria. Um campo preenchido de forma errada, um dado omitido ou um documento anexado de forma incompleta pode atrasar o processo ou gerar exigências adicionais que estendem o prazo indefinidamente.
Outros obstáculos incluem:
Dificuldade | Impacto no processo |
---|---|
Traduções mal feitas | Documento pode ser rejeitado |
Ausência de apostilamento | Processo fica suspenso |
Endereço desatualizado | Comunicação comprometida |
Envio para conservatória errada | Pedido é devolvido |
💡 Dica: antes de enviar qualquer pedido, revise todos os documentos com muita atenção ou conte com o suporte de uma assessoria especializada em cidadania portuguesa.
Por que a documentação é o maior desafio no processo
Quando se trata de cidadania portuguesa, a documentação é, sem dúvida, o ponto mais crítico e onde ocorrem os maiores entraves. Mesmo quando o candidato atende aos requisitos legais, é a qualidade e a coerência dos documentos apresentados que determinam se o processo será aprovado, indeferido ou ficará parado por tempo indefinido aguardando correções. É por isso que a documentação se tornou a principal dificuldade enfrentada por brasileiros ao solicitar a nacionalidade portuguesa.
Portugal é extremamente rigoroso com a análise documental. Os registros devem estar completos, corretos, atualizados e, acima de tudo, em linha direta e sem falhas de continuidade. Por exemplo, se alguém está solicitando a cidadania como neto de português, é necessário apresentar a certidão de nascimento do avô português, a certidão do filho (pai ou mãe do requerente) e, por fim, a certidão do próprio requerente. Todas essas certidões devem conter os nomes exatamente iguais ou com variações aceitáveis. Qualquer erro, omissão de sobrenome ou inconsistência de datas pode gerar dúvidas e travar o processo.
Outro fator complicado é a exigência de certidões antigas. Muitos brasileiros descendentes de portugueses precisam apresentar documentos do início do século XX ou até do final do século XIX. Esses documentos nem sempre estão disponíveis em cartórios digitais e, muitas vezes, exigem buscas manuais em arquivos históricos, igrejas ou registros municipais. Quando localizados, os documentos podem estar danificados, rasurados ou até incompletos.
A burocracia também se estende à formatação e legalização dos documentos. Todos os registros brasileiros precisam ser:
- Emitidos em inteiro teor (na maioria dos casos);
- Apostilados pela Convenção de Haia;
- Traduzidos por tradutor juramentado, quando necessário.
Qualquer passo ignorado pode fazer o processo voltar do zero.
Confira os pontos críticos mais comuns:
Problema documental | Consequência |
---|---|
Nome do antepassado grafado de forma diferente | Pode invalidar a linha de descendência |
Certidão antiga ilegível ou incompleta | Exigência de nova busca documental |
Ausência de apostilamento | Processo suspenso até regularização |
Tradução feita por tradutor não juramentado | Documento não é aceito |
💡 Dica: digitalize e organize todos os documentos antes de enviar. Uma boa organização desde o início evita exigências futuras e reduz o tempo de análise pela conservatória.
Como a falta de certidões antigas afeta o pedido de nacionalidade
Um dos maiores obstáculos enfrentados por brasileiros que buscam a cidadania portuguesa é a ausência de certidões antigas, principalmente quando o processo se baseia na descendência de avós, bisavós ou até tataravós portugueses. Essas certidões são fundamentais para comprovar a linha de transmissão da nacionalidade e, sem elas, o pedido pode ser negado ou sequer analisado.
O problema começa pelo fato de que muitos documentos antigos não foram digitalizados. Eles estão arquivados em cartórios antigos, igrejas ou prefeituras do interior, em locais que nem sempre oferecem acesso fácil. Além disso, o padrão de registro civil no Brasil só foi formalizado nacionalmente a partir de 1889, e mesmo assim, com muitas variações entre os estados. Isso significa que certidões anteriores a essa data podem não existir em formato oficial, ou só existirem em registros paroquiais com escrita à mão e muitas vezes ilegível.
A consequência prática é que, sem a certidão de nascimento ou batismo do antepassado português e das gerações seguintes, não há como comprovar a linha de ascendência direta exigida pela legislação portuguesa. Mesmo que a pessoa tenha sobrenome português, documentos familiares ou testemunhos, isso não é suficiente sem as certidões em cadeia.
Além disso, as conservatórias portuguesas não aceitam documentos genéricos ou mal preenchidos. Cada certidão precisa conter:
- Nome completo dos envolvidos;
- Data e local de nascimento;
- Filiação;
- Registro oficial válido (com selo ou carimbo reconhecido).
Quando alguma dessas informações está ausente ou com divergência, é provável que o processo seja interrompido e o requerente receba uma exigência formal solicitando novos documentos.
Em muitos casos, o solicitante precisa contratar pesquisadores genealógicos ou despachantes especializados para localizar os registros perdidos, especialmente quando se tratam de certidões de bisavôs ou tataravôs. Esses profissionais atuam tanto no Brasil quanto em Portugal, e podem acessar arquivos físicos que não estão disponíveis pela internet.
Veja os principais impactos da ausência de certidões:
Falta documental | Impacto no processo |
---|---|
Certidão de nascimento do avô português | Impede comprovação do direito à cidadania |
Registro de batismo ilegível ou incompleto | Pode gerar indeferimento |
Certidão do pai ou mãe em desacordo com a anterior | Exige correção ou retificação judicial |
Registro inexistente por perda ou incêndio | Pode obrigar o uso de prova alternativa, com dificuldade |
💡 Dica: comece a busca documental pela geração mais próxima e vá subindo. Assim, você evita esforços desnecessários caso algum elo da cadeia esteja claramente comprometido.
Erros comuns no preenchimento do processo de cidadania
Mesmo pessoas que atendem a todos os requisitos legais e reúnem a documentação necessária podem ver seu processo de cidadania portuguesa travar por causa de erros simples no preenchimento dos formulários. Esses detalhes, muitas vezes ignorados por quem tenta fazer tudo sozinho ou com pressa, são levados muito a sério pelas conservatórias portuguesas, que trabalham com um padrão altamente técnico e formal.
Um dos erros mais frequentes está relacionado ao formulário de pedido, que muda conforme o tipo de processo (por atribuição, naturalização, casamento, residência, entre outros). Escolher o modelo errado ou preencher campos incorretos pode invalidar completamente o pedido. Em muitos casos, o formulário é rejeitado sem sequer entrar na fase de análise documental, o que frustra quem investiu tempo e dinheiro.
Outro problema comum é usar dados incompletos ou diferentes daqueles presentes nas certidões. Por exemplo, se você coloca seu nome com abreviações, omite um sobrenome ou preenche a data de nascimento de forma errada, isso gera divergências com os documentos apresentados. As conservatórias exigem coesão total entre o que está nos formulários e nos registros civis. Mesmo pequenas variações, como um acento ou um nome do meio ausente, podem levantar suspeitas e atrasar o processo.
Há também quem esqueça de assinar o formulário, use caneta incorreta (quando enviado impresso) ou envie documentos ilegíveis. No caso de processos enviados pelo correio, isso é ainda mais delicado, pois qualquer erro exige nova remessa, e o prazo total aumenta bastante.
Confira alguns dos erros mais comuns:
Erro de preenchimento | Risco que gera |
---|---|
Preencher o formulário errado | Indeferimento imediato |
Informações divergentes dos documentos | Exigência ou pausa no processo |
Dados incompletos ou campos em branco | Suspensão do pedido até correção |
Assinatura faltando ou errada | Retorno do processo para o requerente |
Envio sem checklist conferido | Falta de documentos passa despercebida |
💡 Dica: antes de protocolar o pedido, revise todos os formulários com atenção. Se possível, peça para outra pessoa revisar também. A leitura de um terceiro pode identificar erros que você não percebeu.
O que fazer quando o pedido de cidadania portuguesa é indeferido
Receber um indeferimento no processo de cidadania portuguesa é frustrante, mas não significa que tudo está perdido. Muitas vezes, o problema pode ser resolvido com uma correção documental, a apresentação de provas complementares ou, em casos mais complexos, com recurso administrativo. O importante é entender o motivo da negativa, agir com estratégia e manter a organização.
A primeira coisa a se fazer após o indeferimento é ler atentamente a notificação enviada pela conservatória ou pelo Instituto dos Registos e do Notariado (IRN). O documento explica de forma técnica por que o processo foi rejeitado. Os motivos mais comuns incluem:
- Documentos faltando ou com erros;
- Formulário preenchido de forma incorreta;
- Inconsistências nos dados (como nomes ou datas diferentes entre as certidões);
- Falta de comprovação de vínculo com Portugal (no caso de netos);
- Traduções mal feitas ou documentos não apostilados.
Ao identificar o motivo, o próximo passo é avaliar se é possível corrigir o erro e reenviar o pedido, ou se será necessário entrar com um recurso. Em casos mais simples, como documentação incompleta ou rasuras, basta reunir os documentos corretos e reiniciar o processo. Já em situações onde o erro foi de interpretação da lei ou exigências mal aplicadas, o ideal é entrar com recurso formal, explicando os argumentos e anexando novos documentos, se for o caso.
O recurso pode ser feito por meio de:
- Pedido de revisão administrativa (diretamente à conservatória que analisou o caso);
- Recurso hierárquico ao Ministério da Justiça de Portugal, quando o indeferimento envolve interpretação legal;
- Em último caso, é possível recorrer judicialmente, por meio de ação no Tribunal Administrativo português.
Confira o que fazer de acordo com o tipo de indeferimento:
Motivo do indeferimento | Ação recomendada |
---|---|
Erro no formulário ou falta de assinatura | Corrigir e reenviar |
Documento ilegível ou faltando | Substituir por nova via correta |
Divergência em nomes ou datas | Solicitar retificação de certidões no Brasil |
Falta de vínculo com Portugal | Reforçar provas culturais, educacionais ou de residência |
Interpretação legal errada | Consultar advogado e recorrer formalmente |
💡 Dica: em caso de indeferimento, evite agir por impulso. Analise com calma a situação e, se possível, consulte um advogado especialista em nacionalidade portuguesa. Um bom recurso pode reverter a decisão e salvar todo o seu processo.
Como evitar atrasos e acelerar o reconhecimento da cidadania
Evitar atrasos no processo de cidadania portuguesa é possível, desde que o requerente adote uma postura proativa desde o início. A grande maioria dos atrasos não está relacionada à complexidade da lei, mas sim a erros simples de organização, envio incompleto de documentos e escolha errada da conservatória. Com alguns cuidados e estratégias, é possível encurtar prazos e aumentar as chances de aprovação mais rápida.
O primeiro passo é verificar qual conservatória tem melhores prazos para o tipo de pedido que você vai fazer. Algumas conservatórias são mais rápidas para casos de filhos de portugueses, outras para netos, e assim por diante. Escolher a conservatória certa pode fazer uma diferença de meses no tempo de análise. Sites e fóruns especializados costumam compartilhar atualizações sobre os prazos médios de cada unidade.
Outro fator fundamental é preparar todos os documentos com antecedência, em versão atualizada, legível, apostilada e, quando necessário, com tradução juramentada. Evite enviar documentos rasurados, com grampos, manchas ou digitalizações de baixa qualidade. Quanto mais claro e organizado for o dossiê, menor a chance de exigências ou pedidos de complementação.
Também é importante preencher todos os formulários com atenção redobrada. Um pequeno erro de digitação, uma data trocada ou um campo em branco pode gerar exigências formais que atrasam o processo por semanas. Uma dica simples é revisar o formulário com outra pessoa antes de enviar, para detectar falhas que o próprio autor pode não perceber.
Veja boas práticas para evitar atrasos:
Ação recomendada | Benefício |
---|---|
Escolher a conservatória mais rápida para o seu tipo de processo | Reduz o tempo de espera |
Organizar todos os documentos em checklist antes de enviar | Evita exigências posteriores |
Apostilar e traduzir tudo conforme exigido | Garante aceitação imediata |
Enviar documentos bem digitalizados (ou impressos com qualidade) | Facilita a leitura e análise |
Conferir prazos de validade das certidões | Evita recusa por estar vencido |
Monitorar o andamento pelo site do IRN | Permite agir rápido em caso de pendência |
💡 Dica: use etiquetas ou divisórias para organizar os documentos por ordem lógica. Isso facilita o trabalho do funcionário da conservatória e transmite seriedade no pedido.
Quando vale a pena contratar assessoria especializada
Embora o processo de cidadania portuguesa possa ser feito por conta própria, há situações em que contratar uma assessoria especializada se torna não apenas conveniente, mas altamente recomendável. Isso acontece principalmente quando o processo envolve documentação complexa, dúvidas sobre a legislação ou risco real de indeferimento. Nesses casos, um erro simples pode gerar atrasos de meses ou até anos — ou pior, uma negativa definitiva do pedido.
O primeiro ponto a considerar é o tipo de cidadania que está sendo solicitada. Pedidos por filhos de portugueses geralmente são mais simples, com menos exigências legais. Já os pedidos por netos, bisnetos, casamento ou tempo de residência costumam exigir mais provas, interpretação da lei e apresentação de vínculos reais com Portugal. Nessas situações, o suporte de um profissional especializado pode fazer toda a diferença.
Além disso, quando o candidato precisa localizar certidões antigas, seja no Brasil ou em Portugal, uma assessoria com experiência em busca documental consegue agilizar esse processo. Muitos documentos antigos não estão digitalizados, e exigem contatos com igrejas, cartórios desativados ou arquivos históricos. Isso demanda tempo e conhecimento técnico.
Outro motivo comum para contratar assessoria é quando o requerente já teve um pedido indeferido anteriormente. Nesse caso, a orientação de um especialista é essencial para entender onde foi o erro, como responder à exigência corretamente ou, se necessário, preparar um recurso formal junto ao IRN.
Veja quando vale a pena buscar ajuda profissional:
Situação | Por que contratar |
---|---|
Processo envolve netos, bisnetos ou naturalização | A legislação é mais exigente e técnica |
Há dificuldades em obter documentos antigos | Assessoria consegue buscar registros em locais específicos |
Pedido anterior foi negado ou arquivado | Especialista pode preparar recurso ou reentrada correta |
Falta de tempo para lidar com burocracia | A assessoria cuida de tudo, desde o dossiê até o acompanhamento |
Documentos com divergências de nomes ou datas | Pode ser necessária retificação judicial, feita por advogado |
Processo precisa ser feito à distância | Assessoria lida com os trâmites mesmo se o requerente estiver no Brasil |
💡 Dica: nem toda assessoria é confiável. Sempre pesquise o histórico da empresa ou profissional, verifique se é registrado na OAB (em caso de advogado) e fuja de promessas milagrosas com prazos irreais.
Casos em que a cidadania portuguesa pode ser negada definitivamente
Embora a legislação portuguesa seja bastante receptiva a pedidos de nacionalidade, existem situações em que a cidadania pode ser negada de forma definitiva, mesmo quando o requerente acredita ter direito. Essa negativa geralmente ocorre por motivos legais bem definidos, e conhecer esses riscos com antecedência é essencial para evitar frustrações e prejuízos.
Um dos motivos mais comuns para a negativa definitiva é a ausência de comprovação de vínculo direto com Portugal, especialmente em processos feitos por netos ou bisnetos. A lei exige, além da descendência, que o requerente demonstre uma ligação efetiva com o país, como conhecimento da língua portuguesa, viagens, residência, estudos ou até envolvimento com a cultura luso-brasileira. Quando essa ligação não é comprovada, o processo pode ser encerrado sem possibilidade de reapresentação.
Outro motivo frequente está na apresentação de documentos falsos, adulterados ou com erros que não podem ser corrigidos. Se a conservatória identificar que houve tentativa de manipulação ou fraude documental, o pedido é não apenas indeferido, mas pode resultar em proibição futura de solicitação. Mesmo erros sem má-fé, como certidões com informações incompatíveis ou divergências graves entre os registros civis, podem tornar o processo inviável.
Também é possível que a cidadania seja negada quando há conflito entre a legislação brasileira e portuguesa, como em casos de renúncia de nacionalidade no passado, registros contraditórios ou naturalizações anteriores mal resolvidas. Por exemplo, se um antepassado português se naturalizou brasileiro antes do nascimento do filho, sem manter a cidadania portuguesa ativa, a transmissão pode ter sido interrompida legalmente.
Confira os principais motivos de negativa definitiva:
Motivo | Resultado |
---|---|
Falta de vínculo com Portugal (em pedidos por netos) | Pedido negado com base na lei atual |
Certidões incompatíveis entre si | Impossível comprovar a linha de descendência |
Documento falso ou adulterado | Processo encerrado e possível sanção |
Antepassado perdeu a nacionalidade antes de transmitir | Direito à cidadania não existe legalmente |
Requerente já teve cidadania cancelada judicialmente | Não pode solicitar novamente |
💡 Dica: antes de dar entrada no processo, busque apoio jurídico ou uma análise prévia da sua situação. Entender exatamente o seu direito com base na lei portuguesa evita perdas de tempo e garante que o pedido seja feito da forma mais segura possível.
Evite erros e conquiste sua cidadania portuguesa com mais segurança
Conquistar a cidadania portuguesa pode parecer um caminho simples à primeira vista, mas como vimos ao longo deste artigo, existem diversos pontos críticos que precisam ser bem administrados para evitar dores de cabeça. A maior dificuldade enfrentada pela maioria dos brasileiros não está na lei em si, mas na preparação do processo e no cumprimento rigoroso das exigências documentais.
Documentos incompletos, divergência de dados entre certidões, formulários mal preenchidos e ausência de vínculo real com Portugal são apenas alguns dos obstáculos que podem travar ou até encerrar um processo. Mesmo aqueles que têm direito legítimo à cidadania podem ver seus pedidos indeferidos simplesmente por falta de atenção a detalhes técnicos ou desconhecimento da legislação.
A boa notícia é que todos esses problemas são evitáveis com planejamento. O primeiro passo é entender exatamente qual categoria de cidadania se aplica ao seu caso — se por descendência, casamento, tempo de residência ou por ser filho de português. Cada caminho possui suas próprias exigências e prazos, e saber disso com antecedência faz toda a diferença.
O segundo passo é cuidar da documentação com extremo cuidado. Organizar certidões em linha direta, checar nomes, datas, locais de nascimento e verificar se todos os documentos precisam ser apostilados ou traduzidos evita idas e vindas desnecessárias. Usar uma checklist ajuda a não esquecer nenhum item.
Já o terceiro passo é saber quando é o momento de buscar ajuda. Se você não tem tempo, não se sente seguro para preencher formulários ou está lidando com certidões muito antigas e difíceis de localizar, a contratação de uma assessoria especializada pode transformar um processo complicado em algo simples e tranquilo. Só é importante escolher profissionais sérios, com experiência comprovada.
Lembre-se também que, mesmo em caso de negativa, há alternativas. O indeferimento de um pedido não significa o fim da linha. Muitas vezes, o recurso bem elaborado, a correção de documentos ou a apresentação de novas provas pode reverter o quadro. O importante é não agir com pressa ou no impulso. A cidadania portuguesa é um direito poderoso, que pode beneficiar não apenas você, mas também seus filhos e netos.
Com organização, paciência e orientação adequada, o reconhecimento da sua nacionalidade pode ser mais fácil do que parece. E o passaporte português pode abrir portas para um futuro com muito mais possibilidades.
Principais dúvidas sobre os obstáculos da cidadania portuguesa
1. Qual é a maior dificuldade para conseguir a cidadania portuguesa?
A maior dificuldade é a documentação. Pequenos erros em certidões, ausência de apostilamento, divergência de nomes ou datas e falta de documentos antigos são os fatores que mais atrasam ou impedem o processo. A organização e a conferência rigorosa de todos os registros são essenciais para evitar indeferimentos.
2. Por que certidões antigas são tão importantes no processo?
As conservatórias portuguesas exigem comprovação documental em linha direta até o antepassado português. Isso inclui certidões de nascimento, casamento e óbito dos ascendentes. Se faltar algum elo ou houver erros nesses documentos, o direito à cidadania pode não ser reconhecido.
3. O que acontece se meu processo for indeferido?
Se o processo for indeferido, você pode entrar com recurso administrativo ou até judicial, dependendo do motivo da negativa. Também é possível corrigir o erro e reapresentar a documentação. O mais importante é entender o motivo do indeferimento antes de decidir o próximo passo.
4. Existe algum prazo para recorrer após o indeferimento?
Sim. O prazo para recorrer costuma ser de 30 dias após a notificação formal, mas esse período pode variar de acordo com o tipo de processo e a conservatória. Por isso, é fundamental acompanhar o andamento do pedido com atenção.
5. Vale a pena contratar uma assessoria para fazer o processo?
Sim, principalmente se você tiver dificuldade com documentos antigos, dúvidas sobre o tipo de processo ou se já teve um pedido negado anteriormente. A assessoria pode ajudar desde a montagem do dossiê até a entrega na conservatória correta.
6. O processo de cidadania portuguesa demora muito?
Depende do tipo de pedido e da conservatória escolhida. Processos simples, como os de filhos de portugueses, costumam levar de 6 a 12 meses. Já os de netos ou bisnetos podem levar mais de 24 meses, especialmente se houver exigências adicionais.
7. Posso perder meu direito à cidadania se errar o processo?
Se o erro for apenas formal, como um documento faltando ou formulário mal preenchido, você poderá corrigir e reapresentar. No entanto, em casos de fraude ou documentação incompatível, o processo pode ser encerrado definitivamente.
8. Como saber se tenho mesmo direito à cidadania portuguesa?
O ideal é fazer uma análise prévia com base na sua árvore genealógica, documentação familiar e interpretação da legislação portuguesa atual. Isso pode ser feito por meio de uma consulta com advogado ou empresa especializada em cidadania.