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Viajar para o exterior com o objetivo de fazer um curso de curta duração é o plano de muitos brasileiros que buscam qualificação internacional, experiência cultural e aprimoramento de habilidades em pouco tempo. Seja para aprender um novo idioma, participar de um workshop, intensivo de verão ou até cursos técnicos rápidos, essa modalidade de estudo tem crescido cada vez mais — principalmente pela flexibilidade de tempo, custos reduzidos e a facilidade de encaixar essa experiência na rotina de quem não pode se ausentar por longos períodos. Mas, para realizar esse sonho, é preciso atenção a um detalhe essencial: o tipo de visto exigido em cada país.
Apesar de serem considerados cursos “rápidos”, com duração inferior a 6 meses na maioria dos casos, ainda assim é necessário respeitar as regras migratórias de cada nação. Há países que exigem visto mesmo para estadias inferiores a 90 dias, enquanto outros permitem a entrada sem visto, desde que o curso não ultrapasse determinado limite de carga horária semanal. Essa variação torna essencial o planejamento prévio e o conhecimento exato dos requisitos de cada destino antes de iniciar o processo.
Além disso, o ano de 2025 traz algumas mudanças e atualizações nas políticas migratórias de diversos países, com ajustes em exigências de seguro saúde, comprovação de recursos financeiros e validação da instituição onde o curso será realizado. Estados Unidos, Canadá, Irlanda, Reino Unido, Austrália, Portugal, França, Espanha e Alemanha são alguns dos destinos mais procurados para cursos de curta duração — cada um com regras distintas sobre quando o visto é obrigatório, que tipo de visto se aplica ao estudante temporário e como garantir uma entrada legal e tranquila no país.
Neste guia completo, vamos mostrar, passo a passo, como tirar o visto adequado para fazer cursos rápidos em cada um desses países. Você vai entender os documentos exigidos, os prazos, as isenções possíveis e as diferenças entre estudar com visto de turista ou de estudante, dependendo da carga horária, da duração do curso e da instituição escolhida. Também vamos abordar erros comuns, como preencher o formulário errado, subestimar a necessidade de comprovação financeira ou escolher o visto inadequado para a duração do curso.
Se você está em busca de uma experiência internacional curta, mas transformadora, e quer fazer tudo dentro da legalidade, esse artigo vai te ajudar a entender todo o processo de forma clara, prática e atualizada. Vamos começar explorando o que é, de fato, um curso de curta duração e por que ele se tornou uma escolha tão interessante para quem busca estudar fora do Brasil.
O que é um curso de curta duração e por que fazer um no exterior
Cursos de curta duração são programas educacionais com carga horária reduzida e período limitado, geralmente entre algumas semanas e seis meses. Diferente de graduações, mestrados ou especializações de longa duração, esses cursos têm foco prático e objetivo, oferecendo aprendizado intensivo em áreas específicas. Eles podem ser presenciais, semipresenciais ou até híbridos, com aulas que vão desde idiomas até moda, gastronomia, tecnologia, negócios, arte, saúde e diversas outras áreas.
Muitos brasileiros têm optado por essa modalidade de estudo no exterior por ser uma forma mais acessível de viver uma experiência internacional. Com orçamentos menores e tempo mais flexível, é possível aproveitar as férias do trabalho, o intervalo entre semestres acadêmicos ou até um período de transição de carreira para se qualificar e vivenciar uma nova cultura. Além disso, cursos curtos ajudam a turbinar o currículo com certificações internacionais e são ótimos para networking com profissionais e estudantes de diferentes partes do mundo.
Há também uma questão de estratégia: para quem tem planos de estudar fora por mais tempo no futuro, os cursos de curta duração funcionam como uma “porta de entrada”. Eles permitem entender como funciona o ensino naquele país, adaptar-se ao idioma e à cultura local, e até verificar se existe vontade de seguir com estudos mais longos depois. Em muitos casos, é possível até aproveitar parte da carga horária do curso rápido para ingresso em programas maiores posteriormente.
Mesmo sendo de curta duração, é importante destacar que muitos países exigem visto específico para que o estudante possa frequentar aulas presenciais. Dependendo da carga horária, da instituição e da nacionalidade do aluno, é necessário solicitar um visto de estudante temporário ou mesmo entrar com visto de turista com a autorização para estudar. Esse ponto varia muito de país para país, e ignorar essa exigência pode resultar em sérios problemas na imigração, inclusive deportação e bloqueio de entrada futura.
Outro fator que diferencia os cursos curtos é o formato institucional. Há cursos oferecidos por universidades, escolas técnicas, centros culturais, academias especializadas e até empresas certificadas. A aceitação do visto pode depender da credibilidade da instituição onde o curso será feito, o que reforça a importância de escolher bem onde estudar, com atenção à documentação emitida por ela, especialmente a carta de aceite.
Agora que você entende o que caracteriza um curso de curta duração e por que ele pode ser uma excelente escolha, vamos ver quais são os documentos básicos exigidos para solicitar um visto com esse objetivo.
Documentação básica exigida para visto de curso de curta duração
A solicitação de um visto para cursos de curta duração exige uma preparação documental cuidadosa, ainda que o tempo de permanência no país seja relativamente breve. Mesmo para cursos com menos de 90 dias, a maioria dos países exige comprovação de diversos aspectos da viagem, principalmente para garantir que o solicitante possui recursos suficientes para se manter no destino, não pretende ultrapassar o período permitido e está de fato matriculado em uma instituição confiável.
O primeiro item obrigatório é o formulário de solicitação do visto, que varia de país para país. Ele deve ser preenchido com atenção, evitando erros de digitação, omissões ou informações que possam levantar suspeitas. Dados como objetivo da viagem, tempo de permanência, local do curso, histórico profissional e acadêmico devem ser informados de forma clara e condizente com os demais documentos.
Outro documento essencial é a carta de aceite (ou carta de matrícula) da instituição onde o curso será realizado. Esse documento comprova que o estudante foi oficialmente aceito e informa detalhes como o nome completo do aluno, datas de início e término do curso, carga horária semanal, tipo de conteúdo abordado e informações sobre o local das aulas. Em muitos casos, essa carta deve ser emitida em papel timbrado, com assinatura da instituição e, quando exigido, autenticada ou acompanhada de tradução juramentada.
A comprovação financeira também é um ponto central para a concessão do visto. Os consulados querem se certificar de que o estudante não dependerá de trabalho informal ou ajuda do governo durante sua estadia. Os valores mínimos exigidos variam, mas em geral, é necessário comprovar recursos suficientes para cobrir despesas de hospedagem, alimentação, transporte e eventuais emergências. Essa comprovação pode ser feita com extratos bancários, carta de custeio (se for financiado por terceiros), comprovantes de salário, declaração de imposto de renda ou bolsa de estudos.
Outro item importante é a prova de hospedagem durante o período do curso. Reservas de hotel, carta de convite de anfitrião (com firma reconhecida, em alguns casos), contratos de aluguel ou comprovação de residência estudantil são aceitos. Alguns países exigem também um seguro saúde internacional com cobertura mínima obrigatória — especialmente Austrália, Alemanha, França e Reino Unido.
Além disso, é comum ser solicitado o comprovante de passagem aérea de ida e volta, mostrando que o estudante pretende deixar o país ao fim do curso. Também podem ser exigidos documentos pessoais, como cópia do passaporte válido (com validade mínima de seis meses), fotos recentes, comprovantes de vínculo com o Brasil (emprego, estudos, imóvel, família) e histórico de viagens anteriores.
Cada país pode exigir documentos adicionais ou aceitar apenas formatos específicos. Por isso, é fundamental consultar o site oficial da embaixada ou consulado do país de destino antes de reunir os papéis. Quanto mais completo e coerente estiver o dossiê, maiores são as chances de aprovação do visto, mesmo para estadias curtas.
Visto para curso de curta duração nos Estados Unidos
Os Estados Unidos são um dos destinos mais procurados por brasileiros que desejam fazer cursos de curta duração, especialmente nas áreas de idiomas, negócios, tecnologia, moda e gastronomia. No entanto, o país tem regras bastante específicas quanto ao tipo de visto necessário, mesmo para cursos que duram poucas semanas. O principal cuidado aqui é saber diferenciar os casos em que é possível estudar com o visto de turista (B2) e os casos que exigem o visto de estudante (F1).
Quando o curso tem duração inferior a 18 horas semanais (geralmente cerca de 3 a 4 horas por dia) e não oferece um diploma ou certificado profissionalizante, é possível realizá-lo com o visto B2 (turismo). Essa modalidade é ideal para cursos de férias, intensivos culturais ou workshops que não exigem dedicação em tempo integral. Contudo, é fundamental que o curso esteja dentro do perfil aceito para essa categoria e que o aluno não ultrapasse o limite de carga horária permitido.
Se o curso tiver mais de 18 horas semanais ou for considerado em tempo integral, é necessário solicitar o visto F1, mesmo que o período de estudo seja curto. Nesse caso, o estudante precisa apresentar o formulário I-20, emitido pela instituição nos EUA, que deve estar registrada no SEVP (Student and Exchange Visitor Program). Além disso, será necessário comprovar recursos financeiros para custear toda a estadia, pagar a taxa SEVIS, agendar entrevista no consulado e apresentar a carta de aceite da escola.
Há uma armadilha comum que muitos brasileiros enfrentam: tentar entrar nos EUA com visto de turismo para fazer um curso intensivo, achando que não há problema por ser uma estadia curta. Isso pode gerar problemas sérios na imigração, inclusive deportação, já que o visto B2 não permite atividades de estudo em tempo integral. A recomendação é sempre seguir a categoria correta, mesmo que isso exija um processo um pouco mais longo.
Outro ponto importante é o prazo de processamento do visto F1. Em alguns casos, pode levar entre 3 e 6 semanas para a emissão, então o ideal é iniciar o processo com pelo menos 2 a 3 meses de antecedência. Para o visto de turista, os prazos dependem da fila para entrevistas, que varia conforme a cidade.
Independentemente do tipo de visto, o estudante deve apresentar na entrada nos EUA a carta da escola, comprovantes de hospedagem, seguro de saúde (recomendado, embora não obrigatório) e o plano de retorno ao Brasil. Manter a transparência e seguir todas as exigências aumenta muito as chances de sucesso e garante uma experiência tranquila e enriquecedora em solo americano.
Visto para curso de curta duração no Canadá
O Canadá é outro destino bastante atrativo para cursos de curta duração, especialmente para programas de idiomas, business, design, tecnologia e preparatórios acadêmicos. O país oferece uma política clara e relativamente flexível para estudantes internacionais que desejam realizar cursos de até seis meses, o que facilita bastante o planejamento para brasileiros.
A regra mais importante a ser compreendida é que, para cursos com duração inferior a 6 meses, o estudante não precisa necessariamente de um visto de estudante formal (study permit). Nesses casos, é possível realizar o curso com o Visitor Visa (visto de visitante), que é o mesmo tipo de visto usado por turistas. No entanto, o fato de o curso ser de curta duração não significa que o processo seja automático. É preciso apresentar toda a documentação comprovando o objetivo da viagem, o vínculo com a instituição de ensino e os meios de se sustentar durante a estadia.
O Visitor Visa dá direito a permanecer no Canadá por até seis meses, e é suficiente para a maioria dos cursos rápidos. Entretanto, mesmo nesses casos, a recomendação é viajar com a carta de aceite da instituição, comprovante de pagamento do curso, comprovantes de hospedagem, seguro viagem com cobertura médica e comprovação de fundos financeiros. Isso porque, na chegada ao país, o agente de imigração tem a autoridade para aprovar ou negar sua entrada, mesmo que o visto já tenha sido emitido.
Já nos casos em que o curso ultrapassa os seis meses ou quando o estudante deseja ter direito a estender sua permanência no Canadá futuramente, o mais indicado é solicitar diretamente o Study Permit, que é o visto formal de estudos. Esse tipo de visto também permite, em alguns casos, a inclusão de permissões para trabalhar durante o curso, especialmente se for um programa técnico ou universitário. Para cursos curtos, no entanto, o Study Permit não costuma ser necessário, a menos que o aluno deseje continuar seus estudos no país após o curso inicial.
Outro ponto a ser considerado é que, mesmo para cursos de curta duração, o Canadá exige que o solicitante demonstre que tem intenção de retornar ao Brasil após o curso. Por isso, vínculos com o país de origem, como emprego, matrícula em universidade, imóveis ou família, são importantes para comprovar.
O processo de visto canadense pode ser feito de forma online, o que facilita bastante. O ideal é iniciar o processo com pelo menos 60 a 90 dias de antecedência, mesmo para cursos curtos, garantindo tempo hábil para reunir a documentação e evitar imprevistos.
Visto para curso de curta duração na Irlanda
A Irlanda é um dos destinos mais procurados por brasileiros para cursos de idiomas e intercâmbios rápidos, principalmente por conta da facilidade no processo de entrada, a receptividade com estrangeiros e a forte presença de escolas voltadas para estudantes internacionais. Quando se trata de cursos de curta duração, a Irlanda oferece condições bastante acessíveis, especialmente para quem deseja estudar por até 90 dias.
Brasileiros não precisam de visto prévio para entrar na Irlanda como turistas. Isso significa que, para cursos com até 90 dias de duração, é possível embarcar sem visto e solicitar a permissão de entrada diretamente na imigração no aeroporto. No entanto, isso não significa que o processo seja simples ou automático. Ao chegar na Irlanda, é fundamental apresentar todos os documentos que comprovem a finalidade da viagem — ou seja, que você está indo para estudar e não apenas como turista.
Os documentos exigidos na chegada incluem a carta de aceite da escola, com as datas exatas do curso, carga horária semanal e endereço da instituição. Também é necessário apresentar comprovante de pagamento integral do curso, seguro saúde com cobertura internacional, comprovante de hospedagem (pode ser carta de acomodação da escola, reserva em hotel ou carta convite), e comprovação de recursos financeiros para se manter durante a estadia. O valor recomendado gira em torno de 500 a 600 euros por mês de permanência.
Outro ponto importante é que, para cursos de até três meses, o aluno não tem direito a trabalhar legalmente na Irlanda. O direito ao trabalho só é concedido a quem realiza cursos com duração superior a 25 semanas (seis meses ou mais), inscritos em instituições reconhecidas pelo governo irlandês e com registro no ILEP (Interim List of Eligible Programmes). Por isso, se a sua intenção for estudar e trabalhar, é necessário escolher um curso mais longo e solicitar o Stamp 2, que é o status de estudante com permissão de trabalho.
Embora o processo de entrada na Irlanda seja menos burocrático do que em outros países, isso não elimina o risco de recusa na imigração. Por isso, é fundamental apresentar todos os documentos impressos, bem organizados e com tradução (caso necessário). O agente de imigração pode fazer perguntas sobre o curso, sua motivação, onde você ficará hospedado e como pretende se manter financeiramente — e qualquer inconsistência pode gerar problemas.
Para cursos rápidos e intensivos, especialmente de inglês, a Irlanda é uma das opções mais atrativas da Europa. A ausência de visto prévio facilita o processo, mas exige atenção redobrada na hora de preparar a documentação para garantir uma entrada tranquila e dentro da legalidade.
Visto para curso de curta duração na Austrália
A Austrália é um dos países mais procurados por brasileiros para cursos de inglês, principalmente por sua qualidade de vida, segurança, diversidade cultural e a possibilidade de combinar estudo com turismo. Quando o assunto são cursos de curta duração, a Austrália oferece diferentes opções de visto dependendo da duração do curso e do objetivo do estudante. Por isso, escolher o visto certo é essencial para garantir uma viagem tranquila e sem problemas na imigração.
Se o curso tiver até 3 meses de duração (aproximadamente 12 semanas), é possível realizá-lo com o Visitor Visa (visto de visitante), que serve tanto para turismo quanto para estudos de curta duração. Esse visto permite a entrada no país como turista e a participação em cursos não profissionais, desde que não ultrapassem o limite de 3 meses. Essa é a opção mais comum para estudantes que farão cursos de férias, programas de inglês intensivo ou workshops específicos.
Mesmo utilizando o visto de visitante, o solicitante precisa apresentar uma comprovação clara da matrícula no curso, com carta de aceite da instituição, dados do curso, carga horária semanal e comprovante de pagamento. Além disso, é obrigatório apresentar passagens aéreas de ida e volta, comprovante de hospedagem, prova de recursos financeiros suficientes e, principalmente, um seguro de saúde internacional com cobertura para todo o período da estadia. O governo australiano exige esse seguro como pré-requisito, mesmo para estadias curtas.
Para quem deseja estudar por mais de 12 semanas ou pretende trabalhar enquanto estuda, é obrigatório solicitar o Student Visa (visto de estudante). Esse visto permite que o aluno permaneça na Austrália por períodos mais longos e ainda autoriza o trabalho legal por até 48 horas quinzenais. Porém, para cursos de curta duração, o Student Visa raramente é necessário, a não ser que o aluno já esteja planejando uma extensão futura.
O processo para obtenção de visto na Austrália é totalmente online e costuma ser rápido, levando entre 2 a 6 semanas em média. No entanto, a aplicação exige atenção total aos detalhes do formulário e à documentação enviada. Um erro ou falta de clareza pode atrasar o processo ou até gerar uma recusa.
Vale lembrar que a Austrália é bastante rigorosa na entrada de estrangeiros, mesmo com visto aprovado. Por isso, na chegada, o estudante deve estar pronto para apresentar todos os documentos comprobatórios e responder perguntas dos agentes de imigração de forma clara e segura.
Em resumo, a Austrália é uma excelente escolha para quem quer estudar por pouco tempo, mas é preciso ficar atento à duração do curso para escolher entre o Visitor Visa e o Student Visa, e garantir que toda a documentação esteja impecável.
Visto para curso de curta duração no Reino Unido
O Reino Unido é um dos destinos mais tradicionais e desejados para cursos de curta duração, especialmente na área de idiomas, moda, artes, negócios, literatura e formação profissional intensiva. Com cidades como Londres, Manchester, Edimburgo e Oxford entre as mais procuradas, o país oferece boas opções de programas rápidos, mas exige atenção redobrada na escolha do visto correto, pois as regras são específicas e detalhadas.
Para cursos com duração de até 6 meses, o estudante pode solicitar o Standard Visitor Visa, que permite estudar por esse período em instituições reconhecidas. Essa categoria de visto é usada tanto para turismo quanto para participação em cursos de curta duração, e deve ser solicitada ainda no Brasil antes do embarque. O processo é relativamente simples, mas exige a apresentação de uma série de documentos, como carta de aceite da instituição de ensino, comprovante de pagamento, plano de estudos e comprovação financeira.
Caso o curso tenha entre 6 e 11 meses — o que é comum em programas de inglês mais extensos —, o visto exigido é o Short-term Study Visa, específico para cursos de inglês de longa duração que não ultrapassem um ano. Esse visto não permite extensão ou mudança para outro tipo de visto dentro do Reino Unido, e o estudante deve deixar o país ao término do curso. Também não há permissão para trabalhar com esse tipo de visto.
Independentemente da duração, o estudante precisa comprovar que tem fundos suficientes para custear toda a estadia, incluindo moradia, alimentação e transporte, além de um seguro saúde com cobertura internacional, que é fortemente recomendado. A carta da instituição deve ser oficial, com papel timbrado, assinada e contendo todas as informações essenciais sobre o curso, incluindo horários e objetivos.
Outro ponto que merece atenção é a imigração britânica, que é conhecida por ser bastante rigorosa. Por isso, mesmo que o visto esteja aprovado, o estudante deve levar consigo toda a documentação impressa ao chegar ao aeroporto, pois os agentes podem solicitar comprovações adicionais. O risco de recusa na entrada existe, principalmente se houver incoerência nas informações ou ausência de documentos fundamentais.
O ideal é solicitar o visto com pelo menos 90 dias de antecedência, já que o Reino Unido não trabalha com visto na chegada e exige todo o processo completo antes do embarque. Além disso, é importante lembrar que, ao final do curso, não é possível mudar o status do visto dentro do país — qualquer alteração deve ser feita no Brasil.
Estudar no Reino Unido, mesmo que por pouco tempo, é uma experiência enriquecedora e valorizada no currículo. Com a documentação correta e planejamento prévio, o processo de visto tende a ser tranquilo e eficiente.
Visto para curso de curta duração em Portugal
Portugal é um dos destinos mais acessíveis e atrativos para brasileiros que desejam fazer cursos de curta duração na Europa. A língua em comum, a proximidade cultural, o custo de vida mais baixo em comparação a outros países europeus e a excelente reputação de suas instituições de ensino tornam o país uma escolha natural para quem busca uma experiência acadêmica breve e enriquecedora. Além disso, o processo de entrada é um dos mais descomplicados para brasileiros — mas ainda assim, exige atenção aos detalhes, principalmente quanto ao tempo de permanência e à finalidade do curso.
Brasileiros podem entrar em Portugal sem visto prévio para estadias de até 90 dias, desde que o objetivo da viagem seja turismo, negócios ou participação em cursos de curta duração. Isso significa que, para a maioria dos cursos com menos de três meses, é possível embarcar apenas com o passaporte válido e a documentação de apoio. No entanto, isso não elimina a necessidade de comprovação do propósito da viagem ao chegar no aeroporto. A imigração portuguesa pode exigir provas concretas de que o estudante está realmente matriculado em um curso válido e que possui condições de se manter durante a estadia.
Para esses cursos com duração inferior a 90 dias, o ideal é viajar com uma carta da instituição de ensino (de preferência com papel timbrado e assinatura do responsável), informando o nome completo do aluno, o conteúdo do curso, a carga horária semanal, as datas de início e fim e a modalidade (presencial ou híbrido). Também é recomendável apresentar comprovante de pagamento do curso, reserva de hospedagem, seguro de saúde com cobertura internacional e prova de meios financeiros, como extratos bancários ou comprovantes de renda.
Se o curso tiver duração superior a 90 dias, ou se houver intenção de permanecer por mais tempo em Portugal para estudar, é necessário solicitar um visto de estada temporária para formação profissional ou curso livre. Esse visto permite a permanência legal no país durante todo o período do curso e deve ser solicitado diretamente no consulado português no Brasil, com antecedência mínima de 60 dias.
Há ainda casos em que o curso é realizado em instituições portuguesas que fazem parte do Espaço Schengen, e, por isso, o estudante pode precisar apenas do visto Schengen de curta duração (até 90 dias), usado para entrada em países europeus membros do acordo. Mesmo nesse caso, é necessário apresentar todos os documentos exigidos para justificar o motivo educacional da viagem.
Estudar em Portugal, ainda que por um curto período, exige comprometimento com a legalidade e preparo documental. Com as exigências atendidas, a entrada no país costuma ser tranquila e a experiência, extremamente enriquecedora.
Visto para curso de curta duração na Espanha
A Espanha é um destino cada vez mais popular entre brasileiros que desejam fazer cursos rápidos, especialmente nas áreas de idiomas, gastronomia, moda, turismo e artes. Com cidades vibrantes como Madri, Barcelona, Valência e Sevilha, o país oferece uma combinação atrativa de cultura rica, clima agradável e instituições de ensino renomadas. No entanto, mesmo para cursos de curta duração, é fundamental entender as exigências do sistema migratório espanhol.
Para estadias de até 90 dias, cidadãos brasileiros não precisam solicitar visto com antecedência, desde que o objetivo seja turismo ou participação em cursos de curta duração que não tenham caráter profissionalizante ou acadêmico formal. Nesse caso, o estudante entra como turista, mas deve estar pronto para apresentar à imigração toda a documentação que comprove o propósito educacional da viagem.
Entre os documentos recomendados estão a carta de aceitação da instituição de ensino, detalhando o curso, datas, carga horária semanal e nome completo do aluno; comprovante de pagamento do curso; comprovação de hospedagem (reserva de hotel, carta convite ou contrato de aluguel); seguro viagem com cobertura médica mínima exigida pelo Espaço Schengen; e comprovação de recursos financeiros, geralmente calculada em cerca de 100 euros por dia de permanência.
Apesar da dispensa de visto prévio, é importante lembrar que a entrada na Espanha, como em qualquer país do Espaço Schengen, depende da autorização do agente de imigração. O estudante deve estar com toda a documentação em mãos e organizada, pois qualquer inconsistência pode levar à recusa da entrada.
Se o curso tiver duração superior a 90 dias, o estudante deve solicitar ainda no Brasil o visto de estudos, específico para quem vai frequentar instituições educacionais por períodos mais longos. Esse visto permite uma permanência legal por até um ano e pode ser renovado caso o curso seja estendido ou haja interesse em dar continuidade aos estudos.
A Espanha também exige que a instituição de ensino esteja credenciada oficialmente, principalmente para cursos que envolvem emissão de certificados. Escolas de idiomas e centros de formação devem estar registradas nos órgãos locais competentes, e a carta de aceite precisa refletir esse status.
Para evitar problemas, o ideal é iniciar o planejamento do curso com no mínimo 60 a 90 dias de antecedência, garantindo tempo suficiente para reunir todos os documentos exigidos e, se necessário, realizar a solicitação do visto adequado no consulado espanhol.
Estudar por um curto período na Espanha é uma ótima oportunidade de mergulhar na cultura latina, aprender ou aperfeiçoar o espanhol e ampliar horizontes profissionais e pessoais. Mas, como em todo processo internacional, o sucesso começa com informação correta e documentação em ordem.
Visto para curso de curta duração na Alemanha
A Alemanha é um destino bastante procurado por brasileiros que desejam fazer cursos rápidos de idiomas, design, engenharia, culinária, moda e diversas outras áreas técnicas e culturais. O país combina tradição acadêmica com uma infraestrutura moderna e acessível, o que torna a experiência de estudo extremamente valiosa. Quando o assunto são cursos de curta duração, a Alemanha oferece regras claras e organizadas, embora a burocracia exija atenção e preparo detalhado.
Cidadãos brasileiros não precisam de visto prévio para entrar na Alemanha se a estadia for de até 90 dias. Isso vale também para cursos de curta duração, desde que não ultrapassem esse período. No entanto, é obrigatório respeitar os limites da estadia e comprovar, no momento da entrada no país, que o objetivo principal é educacional. O estudante que embarca sem o visto formal deve estar pronto para apresentar todos os documentos exigidos pelas autoridades de imigração no aeroporto.
Entre os documentos mais importantes estão a carta da escola ou instituição alemã, com detalhes sobre o curso, como datas de início e término, carga horária semanal, descrição do conteúdo e informações de contato da instituição. Também é essencial apresentar comprovantes de hospedagem, passagens de ida e volta, comprovação de recursos financeiros suficientes (geralmente em torno de € 50 a € 70 por dia) e um seguro saúde com cobertura mínima de € 30.000, exigido por todos os países do Espaço Schengen.
Para cursos com duração superior a 90 dias, é necessário solicitar um visto de estudos ou visto de idioma antes de sair do Brasil. Esse visto permite ao estudante permanecer legalmente na Alemanha durante o curso e pode, em certos casos, ser estendido para outros tipos de formação posterior. O processo deve ser feito no consulado ou embaixada alemã, com antecedência mínima de 60 dias.
Outro ponto relevante é que, mesmo em cursos curtos, o estudante não pode trabalhar legalmente na Alemanha sem uma permissão específica. Portanto, se houver intenção de buscar uma experiência combinada de estudo e trabalho, será necessário um tipo de visto diferente, com regras adicionais.
É importante lembrar que a imigração alemã é bastante rigorosa na entrada, mesmo quando o visto não é exigido. Documentos incompletos, falta de comprovação de vínculo com o Brasil ou reservas mal detalhadas podem levantar suspeitas e resultar em impedimento de entrada. Por isso, a organização é fundamental.
Com documentação correta e objetivos bem definidos, estudar por um curto período na Alemanha pode ser uma experiência intensa, produtiva e cheia de oportunidades. O país é uma excelente escolha para quem busca qualidade de ensino aliada a uma vivência cultural única no coração da Europa.
Visto para curso de curta duração na França
A França é um dos destinos mais charmosos e culturais para quem busca estudar fora por um curto período. O país é conhecido pela excelência em áreas como moda, culinária, artes, literatura, história, cinema e design, o que atrai estudantes do mundo todo interessados em cursos intensivos e especializados. Para brasileiros, fazer um curso de curta duração na França é totalmente viável, desde que as regras migratórias sejam respeitadas com atenção.
Assim como outros países do Espaço Schengen, a França dispensa visto prévio para brasileiros que desejam permanecer no país por até 90 dias. Isso inclui cursos de curta duração, como programas de verão, cursos de francês, workshops técnicos ou programas culturais. Mesmo com essa facilidade, é importante lembrar que a entrada não é automática. O estudante precisa justificar claramente o motivo da viagem e comprovar sua permanência legal durante esse período.
A principal exigência é apresentar, ainda no aeroporto de entrada, uma carta de aceite da instituição francesa, com todos os dados do curso: nome do aluno, tipo de formação, datas de início e término, carga horária semanal e endereço da escola. Esse documento deve estar impresso, de preferência em francês, e assinado pela instituição. Além disso, é obrigatório apresentar passagens de ida e volta, reserva de hospedagem, seguro viagem com cobertura mínima de € 30.000 e comprovante de recursos financeiros, que pode ser demonstrado com extratos bancários, cartão de crédito internacional com limite suficiente ou carta de custeio.
A França não permite que estudantes com visto de curta duração trabalhem durante a estadia, mesmo que seja um curso de formação profissional. Para quem deseja uma experiência de estudo com possibilidade de trabalho, é necessário optar por cursos mais longos (acima de 3 meses) e solicitar um visto de estudante formal, diretamente no consulado francês no Brasil.
Outro ponto importante é que, mesmo com isenção de visto, a entrada na França só será permitida se o agente de imigração estiver convencido de que o viajante tem vínculos com o Brasil e pretende retornar ao fim da estadia. Por isso, é importante levar também documentos complementares, como comprovações de vínculo empregatício, matrícula em instituição de ensino brasileira, ou até declaração de propriedade de imóvel ou responsabilidade familiar.
A recomendação para quem pretende estudar na França por até 3 meses é iniciar o planejamento com no mínimo 60 dias de antecedência, garantindo tempo suficiente para organizar toda a documentação, realizar pagamentos e preparar os comprovantes necessários.
Com sua atmosfera vibrante, riqueza cultural e ensino de qualidade, a França é uma excelente escolha para cursos rápidos e intensivos. Desde que todas as regras sejam respeitadas, a experiência tende a ser inesquecível e enriquecedora tanto pessoal quanto profissionalmente.
Erros comuns que atrasam ou impedem a aprovação do visto
Ao planejar um curso de curta duração no exterior, muitos estudantes se concentram apenas na matrícula e na viagem, mas acabam subestimando a importância de um visto corretamente solicitado. Isso leva a uma série de erros que podem atrasar — ou até inviabilizar — a viagem. Mesmo para cursos rápidos, os consulados e os agentes de imigração levam a documentação muito a sério, e qualquer falha ou incoerência pode ser suficiente para um indeferimento.
Um dos erros mais frequentes é preencher o formulário de visto com informações incompletas ou incorretas. Detalhes como datas inconsistentes, nomes trocados, falta de informações sobre o curso ou até respostas vagas nos campos abertos podem gerar dúvidas que comprometem o processo. Além disso, cada país tem um formulário diferente, e muitos requerem informações muito específicas — por isso, copiar respostas de outros modelos ou preencher com pressa é um grande risco.
Outro problema comum é a falta de comprovação financeira clara e compatível com o custo da viagem. Muitos solicitantes acreditam que mostrar um saldo no banco já basta, mas esquecem de comprovar regularidade de renda ou demonstrar vínculo com o Brasil. Alguns países exigem valores mínimos por dia de permanência e podem exigir extratos dos últimos três meses, holerites, imposto de renda ou até declaração de apoio financeiro de um terceiro. Se esses documentos estiverem mal apresentados ou inconsistentes com o perfil do estudante, o visto pode ser negado.
Também é comum a escolha errada do tipo de visto. Algumas pessoas tentam usar um visto de turista para cursos com carga horária superior ao permitido, ou deixam de solicitar um visto de estudante quando o curso exige dedicação integral. Isso é especialmente crítico em países como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, onde o controle migratório é rigoroso. Entrar no país com o visto errado pode gerar problemas sérios, incluindo deportação e impedimento de retorno.
Há ainda erros relacionados à documentação da instituição de ensino. A carta de aceite deve ser detalhada, assinada e emitida por uma escola reconhecida. Escolas sem credenciamento, documentos genéricos ou informações vagas na carta podem levantar suspeitas. Em alguns casos, é preciso apresentar o programa detalhado do curso, com número de aulas por semana, modalidade e tipo de certificação.
Outros erros recorrentes incluem deixar de contratar seguro saúde obrigatório, apresentar passagens sem possibilidade de retorno, usar documentos falsificados ou tentar omitir informações relevantes, como recusas de visto anteriores.
Evitar esses erros exige atenção, organização e, quando necessário, apoio de profissionais especializados. Com um dossiê bem preparado, coerente e transparente, as chances de aprovação aumentam significativamente — mesmo para cursos rápidos. Afinal, o visto é a chave que garante uma entrada legal, tranquila e segura em qualquer país escolhido para viver essa experiência internacional.
Dicas práticas para acelerar o processo e ser aprovado
Conseguir o visto para fazer um curso de curta duração no exterior pode parecer um desafio, mas com planejamento estratégico e atenção aos detalhes, é totalmente possível tornar o processo mais rápido, simples e eficaz. Ainda que cada país tenha regras específicas, existem boas práticas que servem para praticamente todos os destinos e aumentam consideravelmente as chances de aprovação — além de reduzir a ansiedade e o risco de atrasos.
A primeira dica é iniciar o processo com bastante antecedência. Mesmo nos casos em que o visto não é exigido previamente (como na Irlanda, França ou Portugal), é essencial preparar todos os documentos com cuidado. Para países que exigem solicitação de visto ainda no Brasil, como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, o ideal é começar o trâmite entre 60 e 90 dias antes do embarque. Isso garante tempo suficiente para agendamentos, análise consular, imprevistos e correções, se necessário.
Outra dica fundamental é montar um dossiê completo e organizado. Junte todos os documentos exigidos pelo consulado ou pela imigração em uma única pasta, com cópias impressas e, se possível, digitalizadas. Organize os itens na ordem correta e crie uma narrativa coerente com o seu plano de estudos: carta da instituição, pagamento do curso, seguro saúde, comprovantes financeiros, hospedagem e passagens. Tudo deve se encaixar de forma lógica para transmitir segurança e transparência aos agentes.
Quando houver a possibilidade, solicite cartas personalizadas da escola ou instituição de ensino, com seu nome completo, dados do curso, carga horária, motivo da aceitação e assinatura de um responsável. Documentos genéricos ou mal formatados costumam gerar dúvidas nos consulados. Escolher uma escola reconhecida, credenciada e com boa reputação também conta pontos a favor.
Caso seu perfil se encaixe, avalie a possibilidade de solicitar prioridade ou processo emergencial, especialmente se houver urgência real, como datas fixas de início de curso. Em alguns países, como Canadá e Austrália, há programas específicos que aceleram a análise para determinados perfis. Já nos Estados Unidos, há a possibilidade de pedir agendamento emergencial mediante justificativa documentada.
Outra dica importante é revisar minuciosamente o formulário de solicitação do visto, evitando erros que podem gerar pendências. Informe datas exatas, responda com clareza e jamais omita informações relevantes, como viagens anteriores, recusas de visto passadas ou vínculos com o Brasil.
Por fim, durante a entrevista (quando exigida), mantenha a calma, fale com objetividade e esteja pronto para explicar com clareza por que você escolheu aquele curso, aquela escola e aquele país. Mostrar domínio do seu plano e coerência entre o seu perfil e a proposta do curso passa segurança e aumenta significativamente as chances de sucesso.
Com organização, planejamento e atenção aos detalhes, o processo de visto deixa de ser um obstáculo e se torna uma etapa natural da sua jornada de aprendizado internacional.
O caminho para estudar fora por pouco tempo começa com planejamento e atenção aos detalhes
Fazer um curso de curta duração no exterior é uma das formas mais inteligentes e acessíveis de viver uma experiência internacional marcante, sem precisar se comprometer com longas estadias ou altos investimentos. Seja para aprimorar o idioma, participar de um workshop, fazer um curso técnico ou mergulhar em uma nova cultura por algumas semanas, essa modalidade de estudo combina aprendizado, networking e desenvolvimento pessoal em pouco tempo — e tem crescido muito entre os brasileiros que buscam algo prático, objetivo e enriquecedor.
Ao longo deste artigo, mostramos que, embora a ideia de um “curso rápido” pareça simples, o processo de visto exige atenção completa. Cada país possui regras próprias sobre quem pode estudar por curto período, quando é necessário um visto específico, quais documentos são obrigatórios e como comprovar os vínculos com o Brasil. Entender essas diferenças é o primeiro passo para garantir uma experiência segura e sem contratempos.
Vimos que Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália exigem maior atenção ao tipo de visto escolhido, já que não permitem estudo com visto de turista em cursos com carga horária elevada. Já destinos como Irlanda, França, Portugal, Espanha e Alemanha oferecem mais flexibilidade para cursos com até 90 dias, desde que toda a documentação esteja correta e o objetivo da viagem seja claramente comprovado na imigração.
Além disso, destacamos a importância de cuidar de cada detalhe: carta de aceite da instituição, seguro saúde, comprovante de recursos financeiros, reserva de hospedagem, passagens de ida e volta e, em muitos casos, comprovações de vínculos com o Brasil. Ignorar ou subestimar qualquer uma dessas exigências pode comprometer toda a viagem — mesmo quando não é necessário um visto formal.
Outro ponto essencial é o planejamento com antecedência. Muitos estudantes perdem a chance de embarcar porque iniciam o processo de visto tarde demais, especialmente em países que exigem entrevistas ou agendamentos longos. Iniciar os trâmites com pelo menos dois ou três meses de antecedência é uma atitude básica que evita frustrações.
Mais do que um curso, essa experiência representa uma imersão em outra cultura, em outro idioma e em novas formas de aprender. É uma oportunidade de expandir a mente, fazer contatos e voltar para o Brasil com bagagem acadêmica e pessoal muito mais rica. Com tudo em ordem, o processo de visto deixa de ser um obstáculo e se torna apenas uma etapa natural da jornada.
Se você tem o sonho de estudar fora, mesmo que por pouco tempo, agora é o momento de se organizar. Escolha o destino, encontre um curso que combine com seus objetivos, prepare os documentos com rigor e parta para uma das experiências mais transformadoras que se pode viver. O mundo está cheio de salas de aula esperando por você — basta estar preparado para entrar por elas com segurança e tranquilidade.
Agora, veja as perguntas mais frequentes de quem está se preparando para tirar o visto e estudar fora por algumas semanas ou meses. Elas podem te ajudar a reforçar ainda mais o seu planejamento e evitar erros comuns.
Perguntas frequentes sobre o visto para cursos de curta duração
Preciso de visto para fazer um curso de curta duração no exterior?
Depende do país e da duração do curso. Alguns países, como Irlanda, Portugal, Alemanha e França, permitem a entrada de brasileiros sem visto prévio por até 90 dias, desde que todos os documentos sejam apresentados na imigração. Já países como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Austrália geralmente exigem um visto, mesmo para cursos breves.
Posso estudar com visto de turista?
Em alguns países, sim — desde que o curso tenha carga horária reduzida e não ultrapasse o tempo permitido pela imigração. Nos EUA, por exemplo, é possível fazer cursos de até 18 horas semanais com o visto B2. No Canadá, cursos de até 6 meses podem ser feitos com o Visitor Visa. Já em países como o Reino Unido ou Austrália, o uso do visto de turista é mais restrito para estudo.
O que acontece se eu escolher o visto errado?
Utilizar o visto inadequado pode resultar em recusa na imigração, deportação ou até bloqueio de entrada no país no futuro. Por isso, é fundamental seguir as exigências de cada destino, considerando duração, tipo de curso e carga horária.
Quais documentos são obrigatórios na imigração, mesmo sem visto?
Carta da escola ou instituição com dados completos do curso, comprovante de pagamento, passagens de ida e volta, seguro saúde, comprovação de hospedagem e meios financeiros suficientes para a estadia. Ter esses documentos em mãos é essencial para entrar sem complicações.
Posso trabalhar enquanto faço um curso de curta duração?
Na maioria dos países, não. O visto de curta duração geralmente não inclui permissão de trabalho. Apenas quem faz cursos mais longos com visto de estudante pode trabalhar legalmente, como na Austrália ou Irlanda (em cursos de 25 semanas ou mais).
Quanto tempo antes devo iniciar o processo de visto?
O ideal é começar com pelo menos 60 a 90 dias de antecedência. Mesmo para países que não exigem visto prévio, reunir todos os documentos pode levar tempo. Para países que exigem entrevista ou análise consular, iniciar cedo é ainda mais importante.
É obrigatório fazer seguro viagem para cursos curtos?
Sim, na maioria dos casos. Países do Espaço Schengen exigem cobertura mínima de € 30.000. Mesmo onde o seguro não é exigido por lei (como nos EUA), ele é altamente recomendado para evitar problemas em emergências médicas.
Se meu visto for negado, posso recorrer?
Em alguns casos, sim. Depende do país e do tipo de recusa. O mais comum, porém, é refazer o pedido corrigindo os erros ou apresentando documentação mais sólida. Por isso, evitar falhas no primeiro pedido é a melhor estratégia.