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Nos últimos anos, cresceu o número de brasileiros interessados em obter cidadania europeia por descendência, especialmente aqueles que têm avós nascidos em países como Itália, Portugal e Espanha. Ser neto de europeu pode abrir portas não só para a dupla cidadania, mas para uma vida completamente nova no exterior: acesso a moradia, estudo, trabalho, saúde pública e livre circulação pelos países da União Europeia. Mas, com as mudanças previstas para 2025, é fundamental entender como as novas regras impactam quem deseja iniciar ou já está no processo.
A cidadania para netos de europeus é uma das formas mais comuns de obter o reconhecimento por jus sanguinis, o chamado “direito de sangue”. Ao contrário do jus soli (direito de solo), que concede nacionalidade por nascimento em território, o jus sanguinis garante o direito com base na herança familiar — e isso inclui filhos, netos e, em alguns casos, bisnetos de cidadãos europeus.
Cada país, no entanto, possui suas próprias regras. A cidadania italiana para netos, por exemplo, permite o reconhecimento sem limite de gerações, desde que a linha de transmissão não tenha sido quebrada e os documentos sejam apresentados corretamente. Já a cidadania portuguesa para netos passou por flexibilizações nos últimos anos, mas ainda exige comprovação de vínculo efetivo com Portugal. No caso da cidadania espanhola, mudanças mais recentes vêm tornando o processo mais acessível, com projetos de lei voltados a descendentes de exilados e imigrantes.
A partir de 2025, novas diretrizes prometem mudar esse cenário. Alguns países estão revisando suas leis de cidadania por descendência, o que pode significar tanto facilitações quanto restrições. Por isso, quem tem o sonho de conquistar a cidadania europeia por meio de seus avós deve acompanhar atentamente o que está por vir — e, se possível, iniciar o processo antes que as regras mudem.
Neste artigo completo, você vai entender exatamente quem tem direito à cidadania sendo neto de europeu, quais são os documentos exigidos, como funcionam os processos em diferentes países e o que muda, de fato, com as novas regras previstas para 2025. Também vamos analisar se vale mais a pena começar o processo agora ou esperar, além de mostrar os benefícios reais de ter uma cidadania europeia reconhecida.
Se você é descendente de italianos, portugueses, espanhóis ou qualquer outro europeu, este conteúdo é pra você.
Entenda como funciona a cidadania europeia por descendência
A cidadania europeia por descendência, também conhecida como cidadania por jus sanguinis, é um direito que permite a um indivíduo reivindicar a nacionalidade de um país europeu com base em laços familiares diretos — geralmente por ser filho, neto ou bisneto de um cidadão europeu. Esse processo é comum entre brasileiros, já que o Brasil recebeu grandes levas de imigrantes da Itália, Portugal, Espanha, Alemanha e outros países da Europa ao longo do século XX.
O princípio do jus sanguinis (direito de sangue) é diferente do jus soli (direito de solo). Enquanto o segundo se baseia no local de nascimento, o jus sanguinis considera exclusivamente a origem familiar, ou seja, se você descende de alguém que foi cidadão de determinado país europeu, pode ter direito à cidadania mesmo que nunca tenha pisado naquele território.
Mas atenção: cada país tem regras específicas. Em alguns, como a Itália, não há limite de gerações, desde que a linha de transmissão da cidadania nunca tenha sido interrompida (por exemplo, por uma renúncia ou perda formal da nacionalidade). Já em Portugal e na Espanha, os direitos são mais restritos e geralmente alcançam apenas os netos, ou no máximo bisnetos em situações especiais.
📌 Resumo das bases legais da cidadania por descendência nos principais países
País | Base do direito | Limite de gerações | Exige vínculo com o país? |
---|---|---|---|
Itália | Jus sanguinis | Ilimitado | Não |
Portugal | Jus sanguinis (com vínculo afetivo) | Até netos | Sim |
Espanha | Jus sanguinis + leis específicas | Até netos e bisnetos* | Em alguns casos, sim |
Alemanha | Jus sanguinis (com limitações) | Até netos (com critérios) | Sim |
(*) Espanha aprovou leis específicas para descendentes de exilados da Guerra Civil, o que pode incluir bisnetos.
A obtenção da cidadania europeia por ascendência traz uma série de benefícios, como direito de viver e trabalhar legalmente em qualquer país da União Europeia, acesso a serviços públicos, possibilidade de cursar universidades com valores mais acessíveis e até transmissão da cidadania para filhos e netos, perpetuando o benefício por gerações.
Além disso, o processo de reconhecimento costuma ser menos burocrático e mais acessível financeiramente do que outras formas de imigração. O maior desafio, muitas vezes, está em reunir a documentação exigida e comprovar a linha de descendência de forma legalmente válida.
Nos próximos tópicos, vamos detalhar os critérios de cada país, mostrar como funcionam as mudanças previstas para 2025 e ajudar você a entender se vale a pena iniciar o processo agora. Se você é neto de europeu, fique atento: o momento de agir pode ser agora.

Quem tem direito à cidadania sendo neto de europeu
Ser neto de europeu pode representar um caminho direto para obter a cidadania europeia, mas o direito não é automático. Cada país tem suas próprias leis, critérios e exigências para reconhecer a nacionalidade com base na ascendência familiar. Em geral, é necessário comprovar a relação direta com o avô ou avó nascido em solo europeu, apresentar documentação legal válida e, em alguns casos, demonstrar vínculo com o país de origem.
Na Itália, por exemplo, o direito à cidadania italiana pode ser transmitido sem limite de gerações, desde que não tenha ocorrido interrupção na linha de transmissão e que todos os registros civis estejam em ordem. O neto precisa provar que o avô italiano não renunciou à cidadania e que a nacionalidade italiana chegou até ele de forma contínua. O processo pode ser feito tanto no Brasil quanto na Itália, com diferentes prazos e custos.
Já em Portugal, os netos de portugueses podem solicitar a cidadania desde que cumpram dois requisitos principais: comprovar a nacionalidade portuguesa do avô ou avó e demonstrar vínculo efetivo com a comunidade portuguesa — que pode ser provado por meio de viagens frequentes, domínio da língua portuguesa ou participação em entidades culturais luso-brasileiras. Desde 2020, as regras foram facilitadas, e a exigência de vínculo passou a ser analisada com mais flexibilidade.
Na Espanha, o direito à cidadania para netos também existe, especialmente com base em leis especiais aprovadas para reparar injustiças históricas, como a Lei da Memória Democrática, que contempla descendentes de espanhóis exilados durante a Guerra Civil e o regime franquista. Essa lei permite, em certos casos, que netos e até bisnetos solicitem a cidadania espanhola, mesmo sem residência no país.
📋 Critérios principais para netos de europeus solicitarem cidadania
País | Comprovação exigida | Vínculo com o país necessário? | Observações |
---|---|---|---|
Itália | Certidão de nascimento do ascendente + linha contínua | Não | A linha materna antes de 1948 tem regras específicas |
Portugal | Prova da nacionalidade do avô + vínculo atual | Sim | Pode ser reforçado com idioma e visitas |
Espanha | Documentos do avô + enquadramento legal | Às vezes | Depende da lei aplicada (exilados) |
Mesmo com o direito assegurado por lei, é essencial ter atenção aos detalhes técnicos: nomes divergentes entre documentos, registros antigos ilegíveis, falta de certidões e ausência de reconhecimento em cartório podem travar o processo. Em muitos casos, é recomendável contar com assessorias especializadas ou serviços de retificação de documentos civis.
O direito à cidadania para netos é real, legal e acessível, mas exige organização, paciência e clareza sobre as regras específicas do país europeu em questão. Quanto melhor for a documentação e a linha de comprovação, maiores as chances de sucesso.
Diferença entre cidadania italiana, portuguesa e espanhola para netos
Quando se trata de cidadania europeia por descendência, os processos mais buscados por brasileiros são os da Itália, Portugal e Espanha — países com forte vínculo histórico com o Brasil e grande número de descendentes por aqui. No entanto, as regras, exigências e até os benefícios variam bastante entre eles. Entender essas diferenças é essencial para escolher o caminho certo e evitar frustrações no meio do processo.
Cidadania italiana para netos
A cidadania italiana é baseada puramente no princípio do jus sanguinis, sem limite de gerações. Isso significa que se o seu avô ou avó era italiano(a) de nascimento, e transmitiu essa nacionalidade ao filho (seu pai ou mãe), você pode ser elegível para o reconhecimento da cidadania.
Não é necessário vínculo atual com a Itália, nem conhecimento da língua italiana. O foco está na comprovação documental da linha de descendência contínua — e isso vale também para quem está no Brasil.
📌 Ponto de atenção: se a transmissão da cidadania foi feita por uma mulher antes de 1948, há uma limitação legal histórica, que pode exigir a abertura de um processo judicial na Itália.
Cidadania portuguesa para netos
No caso de Portugal, a regra principal é: netos de portugueses nascidos fora do país têm direito à cidadania, desde que comprovem dois pontos fundamentais:
- A nacionalidade portuguesa do avô ou avó
- Vínculo efetivo com a comunidade portuguesa, que pode ser demonstrado com conhecimento da língua portuguesa, participação em atividades culturais lusas ou viagens ao país.
Em 2020, uma mudança na legislação facilitou esse processo, tornando o “vínculo” menos burocrático e mais interpretativo, o que ampliou as chances de aprovação dos pedidos.
Cidadania espanhola para netos
A cidadania espanhola para netos segue regras mais complexas, pois envolve legislações históricas e contextos políticos. Atualmente, muitos netos e até bisnetos têm se beneficiado da chamada Lei da Memória Democrática, que busca reparar injustiças cometidas contra espanhóis exilados durante a ditadura franquista. Se você é neto de um espanhol que deixou o país durante esse período, pode ter direito à cidadania, mesmo sem ter morado na Espanha.
📊 Comparativo entre os três países
Critério | Itália | Portugal | Espanha |
---|---|---|---|
Limite de gerações | Sem limite (com exceções) | Até netos | Netos e bisnetos em casos específicos |
Exige vínculo com o país | Não | Sim (mas interpretativo) | Depende da lei aplicada |
Processo pode ser feito no Brasil? | Sim | Sim | Sim |
Tempo médio de processo | 6 a 24 meses | 6 a 12 meses | 6 a 18 meses (dependendo do consulado) |
Exige prova de idioma | Não | Sim (em muitos casos) | Não obrigatório |
Cada processo tem suas particularidades, e o mais indicado é avaliar qual caminho é mais sólido documentalmente, além de considerar critérios pessoais como vínculo familiar, tempo, custo e objetivo final com a cidadania.
Quais documentos são exigidos para solicitar a cidadania por netos
Um dos pontos mais cruciais no processo de solicitação da cidadania europeia por netos é a documentação. Mesmo que o direito exista por lei, ele só se concretiza quando toda a linha de descendência é comprovada com registros oficiais, corretamente traduzidos e, em muitos casos, legalizados ou apostilados. Por isso, entender os documentos exigidos e preparar tudo com rigor faz toda a diferença.
O primeiro passo é identificar o ascendente europeu que dará origem ao processo — geralmente o avô ou avó — e reunir os documentos que comprovam essa relação, desde a certidão de nascimento dele até a sua, passando por todas as gerações intermediárias. Além disso, cada país possui requisitos específicos quanto à forma e autenticidade dos documentos.
📂 Documentos geralmente exigidos para processos de cidadania por netos
Documento | Observação |
---|---|
Certidão de nascimento do avô ou avó europeu | Deve ser emitida no país de origem (Itália, Portugal, Espanha) |
Certidões de nascimento dos pais | Preferencialmente em formato inteiro teor |
Sua certidão de nascimento | Também em inteiro teor, com tradução juramentada se necessário |
Certidão de casamento dos pais (se houver) | Ajuda a comprovar a continuidade da linha |
Certidão de óbito (se aplicável) | Não obrigatória em todos os casos, mas pode ser exigida |
Documento de identidade do requerente | RG ou passaporte válido |
Comprovante de vínculo com o país (casos específicos) | Para Portugal, por exemplo |
Declarações específicas | Algumas nacionalidades exigem formulários adicionais |
📌 Requisitos adicionais por país:
- Itália: exige que todos os documentos estejam apostilados (Convenção de Haia) e, se o processo for feito na Itália, devem ser traduzidos por tradutor juramentado local. Certidões com nomes divergentes precisam ser retificadas.
- Portugal: além dos documentos básicos, o neto deve apresentar comprovação de vínculo afetivo com a comunidade portuguesa, como certificados de cursos de português, viagens frequentes ao país, filiação a instituições luso-brasileiras ou declarações pessoais.
- Espanha: dependendo da base legal usada (como a Lei da Memória Democrática), podem ser exigidas declarações adicionais, histórico do ascendente exilado, e até provas de perseguição política ou econômica sofrida pela família.
🎯 Dicas para agilizar o processo
- Solicite todas as certidões em formato “inteiro teor”
- Confira se há divergência de nomes ou datas (isso trava processos!)
- Faça a apostila de Haia em todos os documentos emitidos no Brasil
- Use tradutores juramentados reconhecidos pelo país europeu
- Monte a árvore genealógica com datas e nomes completos para facilitar a análise
Organização é a chave do sucesso. Muitos processos atrasam ou são negados por detalhes simples, como certidões rasuradas, falta de apostila ou ausência de tradução. Quanto mais completa, clara e coerente for sua documentação, maiores são as chances de aprovação, com menos tempo e menos retrabalho.

As mudanças nas leis de cidadania europeia em 2025
O ano de 2025 marca um ponto de atenção para quem pretende solicitar cidadania europeia por descendência, especialmente no caso de netos de cidadãos italianos, portugueses e espanhóis. Diversos países estão revendo suas leis de nacionalidade para ajustar critérios de elegibilidade, prazos, exigências documentais e políticas de vínculo. Essas mudanças podem facilitar alguns processos, mas também podem restringir o direito em certos contextos.
Essas revisões fazem parte de uma tendência observada em muitos países da Europa, que buscam equilibrar a preservação da herança cultural com o controle migratório e a sustentabilidade dos sistemas sociais. A cidadania, nesse cenário, deixa de ser um mero reconhecimento automático e passa a exigir laços reais com o país de origem.
Mudanças previstas na Itália
Na Itália, ainda não há uma proposta oficial de alteração no jus sanguinis, mas há discussões em andamento sobre o excesso de processos represados nos consulados e sobre possíveis ajustes na transmissão por linha materna anterior a 1948. A depender da reforma, pode haver limitações formais na linha de sucessão, ou criação de critérios mais rigorosos para comprovação documental.
Especialistas apontam que o reconhecimento judicial para filhos de mulheres nascidas antes de 1948 pode ser regulamentado de forma diferente, exigindo prazos novos ou até bloqueando essa via em casos futuros.
Mudanças em Portugal
Portugal deve atualizar os critérios de vínculo efetivo com a comunidade portuguesa. O que antes podia ser comprovado com declarações e conhecimento da língua, poderá passar a exigir residência prévia no país ou laços mais profundos, como histórico de estudo, trabalho ou filiação ativa a instituições culturais.
Também há propostas para diminuir a abrangência do direito automático para netos, exigindo que os pais do requerente tenham solicitado a nacionalidade antes — o que afetaria diretamente netos cujos pais não buscaram esse reconhecimento.
Novidades na Espanha
Na Espanha, a Lei da Memória Democrática, aprovada em 2022, tem prazo de validade: está prevista para ser revisada até o fim de 2024, com possibilidade de encerramento ou modificação em 2025. Isso significa que descendentes de exilados políticos, republicanos espanhóis e imigrantes forçados podem perder a oportunidade de solicitar a cidadania se não iniciarem o processo a tempo.
📌 Resumo das mudanças previstas
País | Mudança esperada para 2025 | Impacto potencial |
---|---|---|
Itália | Restrição na linha materna antes de 1948 | Pode encerrar caminho judicial |
Portugal | Reforço na exigência de vínculo com o país | Mais difícil para quem vive no Brasil |
Espanha | Prazo final da Lei da Memória Democrática | Pode excluir netos e bisnetos da lei |
Essas transformações não anulam o direito à cidadania, mas aumentam a necessidade de agir rapidamente. Iniciar o processo ainda em 2024 pode garantir o andamento sob as regras atuais — e evitar frustrações ou obstáculos futuros.
A cidadania europeia por netos está viva, legal e acessível, mas o cenário está mudando. Informação e agilidade são os maiores aliados de quem não quer perder essa chance.
Como as novas regras afetam netos e bisnetos de europeus
Com as mudanças previstas nas leis de cidadania em diversos países da Europa a partir de 2025, muitos descendentes que antes tinham caminho livre para solicitar a nacionalidade por meio dos avós agora precisarão se adequar a novos critérios. Isso vale tanto para netos quanto bisnetos de europeus, especialmente em países como Portugal e Espanha, onde as regras estão se tornando mais exigentes quanto ao vínculo cultural e familiar com o país de origem.
Até então, ser neto de um cidadão europeu costumava ser suficiente para abrir o processo — bastava apresentar os documentos corretos e, em alguns casos, comprovar conhecimento da língua. Agora, há uma tendência de endurecimento: vínculo afetivo mais rígido, exigência de residência no país, comprovações adicionais de participação em instituições culturais, entre outras condições.
Netos
Para os netos, os impactos variam conforme o país:
- Em Portugal, o principal desafio será a ampliação das exigências de vínculo com a comunidade portuguesa, o que pode dificultar a aprovação de quem reside no Brasil e nunca teve relação direta com o país.
- Na Itália, ainda não há uma mudança oficial aprovada, mas o debate sobre regras para a linha materna anterior a 1948 pode afetar netos de mulheres italianas que deram à luz antes dessa data. Se a alteração for aprovada, pode restringir esse direito apenas a quem ingressar com ação até o fim de 2024.
- Na Espanha, o prazo para pedidos baseados na Lei da Memória Democrática está se encerrando. Netos que se enquadram nas regras da lei precisarão iniciar seus processos antes da data limite para garantir o direito.
Bisnetos
Para os bisnetos, a situação já costuma ser mais restrita mesmo antes de 2025, mas com as novas regras, o caminho tende a se tornar ainda mais difícil. Na maioria dos países, os bisnetos só podem requerer a cidadania se o pai ou a mãe tiverem previamente feito o reconhecimento como cidadão europeu. Com as mudanças, a exigência de “transmissão ativa” da cidadania será reforçada.
📊 Impactos práticos das novas regras para netos e bisnetos
Descendente | Como será afetado pelas mudanças |
---|---|
Netos | Mais exigência de vínculo cultural em Portugal e Espanha |
Bisnetos | Necessidade de que os pais já sejam cidadãos reconhecidos |
Linha materna italiana | Pode ser excluída em processos anteriores a 1948 |
A janela de oportunidade para netos ainda está aberta em muitos casos — mas pode se fechar com a virada da legislação em 2025. Para bisnetos, o ideal é garantir que o pai ou a mãe obtenham a cidadania o quanto antes, criando o elo necessário para que o direito continue ativo nas próximas gerações.
Quanto antes o processo for iniciado, maiores são as chances de que ele corra sob regras mais flexíveis e favoráveis. Esperar demais pode significar começar tudo com exigências novas e mais difíceis de cumprir.
Vantagens de obter a cidadania europeia em 2025
Conquistar a cidadania europeia por meio dos avós é muito mais do que um documento: é um passaporte para oportunidades que podem transformar completamente a vida do requerente — e também da sua família. Seja para quem quer morar fora, estudar em universidades renomadas ou garantir um futuro mais seguro para os filhos, ter a dupla cidadania traz uma série de benefícios práticos e estratégicos.
Em 2025, mesmo com as mudanças previstas nas leis de nacionalidade de alguns países, ainda será possível acessar direitos plenos como cidadão europeu, desde que o processo seja iniciado com organização e dentro dos prazos estipulados por cada nação.
Liberdade de residência e trabalho
Um dos maiores atrativos da cidadania europeia é o direito de viver e trabalhar legalmente em qualquer país da União Europeia, sem a necessidade de visto. Isso significa que um cidadão com nacionalidade italiana, portuguesa ou espanhola pode morar na Alemanha, estudar na França, abrir empresa na Irlanda ou se aposentar na Holanda — com acesso total aos mesmos direitos dos nativos locais.
Educação com custos reduzidos
Universidades públicas e privadas em muitos países europeus oferecem condições especiais para cidadãos da União Europeia. Isso inclui mensalidades bem mais baixas, bolsas de estudo exclusivas e acesso facilitado a programas de intercâmbio, como o Erasmus. Além disso, o reconhecimento acadêmico europeu tem peso internacional, ampliando oportunidades no mercado de trabalho global.
Sistema de saúde e bem-estar social
Em vários países europeus, cidadãos têm acesso a sistemas públicos de saúde gratuitos ou altamente subsidiados. Além disso, há benefícios como auxílio-maternidade, licença parental, seguro-desemprego, aposentadoria e até ajuda habitacional, dependendo das leis locais. Ter a cidadania abre portas para um modelo de vida mais seguro e estável.
📌 Resumo das principais vantagens da cidadania europeia
Benefício | Vantagens para quem tem cidadania europeia |
---|---|
Moradia e trabalho | Livre circulação em toda a União Europeia |
Educação | Acesso a universidades com custos reduzidos |
Saúde pública | Atendimento gratuito ou altamente subsidiado |
Passaporte europeu | Entrada facilitada em dezenas de países |
Transmissão para filhos | Direito se estende às próximas gerações |
Estabilidade jurídica | Reconhecimento pleno de direitos civis e sociais |
Dupla cidadania e futuro familiar
Outro ponto importante é que, ao conquistar a cidadania, o descendente pode transmiti-la aos filhos e netos, garantindo que as próximas gerações também usufruam dos mesmos direitos. Isso significa criar uma herança legal e estratégica que poderá facilitar intercâmbios, planos de carreira, empreendedorismo internacional e até aposentadoria fora do Brasil.
Ter a cidadania europeia não é apenas um benefício individual, mas uma vantagem geracional, que transforma o presente e projeta um futuro mais livre, seguro e conectado com o mundo. Mesmo com as atualizações legais previstas para 2025, quem já está no caminho tem muito a ganhar com esse reconhecimento.

Vale a pena iniciar o processo agora ou esperar as novas regras?
Com a aproximação das mudanças nas leis de cidadania europeia previstas para 2025, muitos descendentes de europeus se perguntam: devo começar o processo agora ou esperar para ver o que muda? A resposta depende do país de origem da sua linhagem familiar, do seu grau de documentação atual e dos critérios que já estão em discussão para revisão.
De maneira geral, iniciar o processo o quanto antes tende a ser mais vantajoso — especialmente porque, na maioria dos países, os processos protocolados antes das alterações legislativas costumam seguir sob as regras antigas. Isso garante mais segurança jurídica, menos burocracia e maiores chances de aprovação.
Quando começar agora pode ser a melhor decisão
Para netos de italianos, nada mudou até o momento, mas há movimentações no governo e no judiciário indicando que em breve podem ocorrer mudanças no reconhecimento da linha materna anterior a 1948. Quem der entrada ainda em 2024 pode manter o direito mesmo que a lei mude depois.
No caso de Portugal, existe a proposta de tornar mais rígida a exigência de vínculo efetivo com o país, o que impactaria diretamente quem nunca teve contato com a cultura portuguesa. Ou seja, quem iniciar o processo agora provavelmente terá que cumprir menos exigências do que quem decidir começar depois de 2025.
Já na Espanha, o tempo é ainda mais sensível: a Lei da Memória Democrática, que permite que netos e bisnetos de exilados solicitem a cidadania, tem data prevista para expirar. Se não for renovada, quem não tiver iniciado o processo até o fim do prazo poderá perder o direito.
📊 Cenários comparativos: começar agora vs. esperar 2025
Situação do país de origem | Se começar agora | Se esperar para 2025 |
---|---|---|
Itália | Pode usar a legislação atual | Pode haver restrição por linha materna |
Portugal | Vínculo mais fácil de comprovar | Exigência maior de presença/vínculo |
Espanha | Pode usar a Lei da Memória | Pode perder o acesso se a lei expirar |
Riscos de esperar
- Perda do direito por mudanças na linha de transmissão
- Exigência de mais documentos e comprovações
- Ampliação dos prazos de espera nos consulados
- Aumento de custos com tradução, legalização e retificações
Quando vale a pena aguardar?
Em raros casos, aguardar pode ser positivo — por exemplo, se o país está discutindo ampliação do direito para novas gerações ou inclusão de grupos antes excluídos. Porém, essas situações são exceções. A maioria das atualizações tende a restringir o acesso ou aumentar a complexidade dos processos.
A recomendação é clara: quem já tem a documentação em mãos ou está perto de reunir tudo deve iniciar imediatamente. Esperar pode significar começar do zero sob uma regra mais difícil, perder o direito ou entrar em filas muito mais longas.
Quando o assunto é cidadania europeia por descendência, tempo é um fator estratégico. E agir antes que a porta se feche pode fazer toda a diferença.
Reconhecer suas raízes é construir um futuro sem fronteiras
A cidadania europeia por descendência não é apenas um direito legal — é uma ponte entre passado, presente e futuro. Para muitos brasileiros, especialmente os que são netos de imigrantes italianos, portugueses ou espanhóis, esse reconhecimento representa mais do que um passaporte: é o reencontro com uma história familiar que cruzou oceanos e atravessou gerações.
Com as mudanças anunciadas e previstas para 2025, o cenário está se transformando. Países estão revendo suas leis de nacionalidade com o objetivo de adequar suas políticas a um novo contexto global — onde o fluxo migratório é mais intenso, a burocracia precisa ser mais ágil e a cidadania se tornou, para muitos, uma estratégia de acesso a oportunidades, segurança e mobilidade.
Ainda assim, o direito existe. E ele continua sendo legítimo. Para os netos de europeus que pensam em iniciar esse processo, 2024 representa uma janela estratégica. Entrar com o pedido antes das atualizações pode significar menos exigências, prazos mais rápidos e menos custos. Mas, acima de tudo, representa o resgate de um pertencimento que vai além de um carimbo no passaporte — é uma afirmação de identidade e continuidade.
Ao reconhecer sua cidadania europeia, você também permite que seus filhos e netos tenham acesso a esse direito. Você amplia os caminhos da sua família, conecta gerações e constrói novas possibilidades em um mundo cada vez mais globalizado. É a chance de estudar em instituições de ponta, trabalhar com menos barreiras legais, morar em diversos países da União Europeia, e até empreender com liberdade em mercados mais abertos e estáveis.
Claro, o processo exige paciência. Envolve reunir documentos antigos, lidar com diferenças de nomes, enfrentar filas consulares e traduzir registros com rigor técnico. Mas a recompensa vai muito além do papel assinado: é uma conquista de autonomia, de liberdade e de legado.
Não há fórmula pronta. Para alguns, esse caminho será imediato. Para outros, pode levar anos. Mas o que vale é começar com consciência, com clareza, e — se possível — com urgência. O futuro da cidadania europeia está em transformação, e quem se antecipa caminha com mais segurança.
Se você é neto de europeu, não pense apenas no direito. Pense no que esse direito representa. Em tempos em que o mundo se fecha em muros e fronteiras, ter a chance de abrir uma porta é, talvez, a maior herança que seus avós poderiam deixar.
Perguntas que todos os descendentes fazem sobre cidadania europeia
Quem é neto de europeu tem direito automático à cidadania?
Não. Embora muitos países reconheçam o direito à cidadania por descendência, ela não é automática. É necessário reunir documentos, preencher critérios específicos e iniciar um processo formal. Cada país tem suas próprias regras sobre isso.
Preciso morar na Europa para conseguir a cidadania?
Na maioria dos casos, não é necessário residir no país de origem dos seus avós para solicitar a cidadania. Os processos podem ser feitos por meio de consulados ou escritórios especializados no Brasil. No entanto, alguns países — como Portugal — podem exigir comprovação de vínculo com o país, o que pode incluir viagens, conhecimento do idioma ou envolvimento cultural.
Netos de italianos ainda podem solicitar cidadania mesmo sem mudanças em 2025?
Sim. A cidadania italiana por descendência continua sendo uma das mais acessíveis e abrangentes. Porém, há discussões sobre possíveis mudanças nas regras para transmissão por linha materna antes de 1948. Iniciar o processo agora pode evitar complicações futuras.
A Lei da Memória Democrática da Espanha ainda está em vigor?
Sim, mas com prazo para expiração. Essa lei, que permite que descendentes de exilados da Guerra Civil obtenham cidadania, está prevista para revisão ou encerramento. Por isso, quem se enquadra nos critérios deve iniciar o processo antes que o prazo se encerre.
É possível um bisneto de europeu obter cidadania?
Sim, mas com mais restrições. Na maioria dos países, o bisneto precisa comprovar que o pai ou a mãe já têm a cidadania reconhecida. Sem esse elo ativo, é difícil conseguir o direito diretamente como bisneto.
Preciso saber o idioma do país europeu para conseguir a cidadania?
Depende. Para a cidadania portuguesa, o conhecimento da língua pode ajudar a comprovar vínculo com a comunidade portuguesa. Em outros países, como Itália e Espanha, o idioma não é um requisito obrigatório, mas pode ser exigido em casos de naturalização por residência.
Quanto tempo leva o processo de cidadania europeia por netos?
Varia bastante. Processos feitos por consulado no Brasil podem levar de 12 a 36 meses, dependendo do país. Já quem opta por realizar o procedimento diretamente na Europa pode ter prazos mais curtos, porém com custos e burocracias diferentes.
A cidadania pode ser transmitida para meus filhos no futuro?
Sim. Uma vez reconhecido como cidadão europeu, você poderá transmitir a cidadania para seus filhos — e, em alguns países, até para os netos. É um direito que se perpetua e pode beneficiar gerações futuras.