Cidadania britânica após o Brexit: o que mudou?

A busca pela cidadania britânica sempre esteve entre os principais objetivos de estrangeiros que vivem no Reino Unido, seja por razões familiares, profissionais ou por desejo de estabilidade em um dos países mais influentes da Europa. No entanto, após a saída do Reino Unido da União Europeia — o chamado Brexit — o cenário mudou significativamente. Desde então, o processo de como obter cidadania britânica passou por transformações importantes, impactando tanto os cidadãos europeus quanto os de outros países, como brasileiros. Este artigo é um guia completo e atualizado sobre cidadania britânica após o Brexit, com foco especial nas mudanças mais relevantes, nos critérios de elegibilidade, nas etapas do processo e nos direitos associados à naturalização.

Antes do Brexit, cidadãos da União Europeia tinham acesso facilitado à residência, trabalho e posterior naturalização. Bastava residir por um determinado período e comprovar presença contínua no país para entrar com o pedido de cidadania. No entanto, com o fim da livre circulação entre o Reino Unido e os países da UE, o processo de naturalização no Reino Unido passou a exigir mais documentos, comprovações e, principalmente, passou a se alinhar com critérios que já eram aplicados a cidadãos de fora da União Europeia.

Hoje, tanto os europeus quanto brasileiros e outros estrangeiros devem atender aos mesmos requisitos para cidadania britânica, como tempo de residência legal, comprovação de conhecimento do idioma, ausência de antecedentes criminais e aprovação no teste de “vida no Reino Unido”. Além disso, o novo sistema de pontos do Reino Unido, adotado para regular a entrada de imigrantes após o Brexit, mudou as rotas para residência e trabalho, o que influencia diretamente no caminho até a cidadania. Mesmo para quem já está no país há anos, o novo modelo exige atenção redobrada aos detalhes da aplicação.

Em 2025, os critérios estão mais claros, mas também mais exigentes. Quem deseja iniciar ou concluir o processo de cidadania precisa entender as implicações das mudanças recentes e como elas afetam tanto a cidadania britânica para europeus quanto a cidadania britânica para brasileiros. É essencial compreender, por exemplo, a diferença entre residência permanente no Reino Unido e naturalização, além de saber o que mudou no acesso ao passaporte britânico após o Brexit, um dos documentos mais cobiçados do mundo.

O que antes era um caminho mais direto para muitos cidadãos da União Europeia agora exige planejamento, comprovações formais e um profundo entendimento das novas regras. A boa notícia é que, mesmo com todas essas mudanças, o Reino Unido continua receptivo a estrangeiros que demonstram vínculo com o país, contribuam para a sociedade e estejam dispostos a seguir suas normas. Com informações corretas e uma estratégia adequada, o objetivo de conquistar a cidadania britânica por tempo de residência segue totalmente possível.

Neste guia, vamos explicar passo a passo como funciona o processo de naturalização britânica para estrangeiros, o que mudou com o Brexit, quem tem direito à cidadania atualmente e como brasileiros, portugueses, europeus e demais residentes podem se preparar. Se você mora no Reino Unido ou planeja residir no país, entender essas regras é essencial para garantir seu futuro com segurança e legalidade.

O que é a cidadania britânica e como funcionava antes do Brexit

A cidadania britânica é o status legal mais elevado que um indivíduo pode alcançar no Reino Unido, concedendo ao portador uma série de direitos exclusivos, como o direito de viver indefinidamente no país, votar em eleições, obter um passaporte britânico, acessar benefícios públicos e trabalhar em qualquer área sem restrições. Também é a única forma de garantir plena proteção diplomática britânica no exterior. Para muitos estrangeiros, obter esse status significa segurança, estabilidade e pertencimento a uma das nações mais influentes do mundo.

Antes do Brexit, o caminho para a cidadania britânica era especialmente facilitado para cidadãos da União Europeia (UE). Esses cidadãos se beneficiavam da livre circulação, um princípio do bloco europeu que permitia a qualquer cidadão de país-membro residir e trabalhar em qualquer outro país da UE sem a necessidade de visto. Isso significava que um cidadão europeu que se mudasse para o Reino Unido podia viver, trabalhar e, após um período de residência contínua, solicitar a cidadania de forma mais simplificada.

Esse período mínimo de residência legal para cidadãos europeus geralmente era de cinco anos, sendo que após esse tempo o indivíduo poderia solicitar o settled status (status de residência permanente) por meio do EU Settlement Scheme, lançado em 2019 como parte da transição do Brexit. Após mais um ano com o settled status, o candidato já estava apto a dar entrada na solicitação de naturalização britânica. Durante esse processo, o cidadão europeu precisava comprovar residência legal, conhecimento da língua inglesa e aprovação no Life in the UK Test, mas estava isento de algumas exigências mais rigorosas impostas a cidadãos de fora da UE, como comprovações de renda ou vistos prévios.

Outro ponto importante é que, antes do Brexit, a cidadania britânica por descendência era também mais facilmente acessada por europeus que viviam no Reino Unido há décadas, inclusive por seus filhos. Muitos estrangeiros conseguiam regularizar sua situação com base em vínculos familiares e tempo de residência, sem as limitações migratórias que hoje estão em vigor.

Para brasileiros e demais cidadãos fora da União Europeia, o processo era mais burocrático, exigindo primeiro a obtenção de um visto de residência (como visto de trabalho, estudo ou familiar), depois a aplicação para residência permanente e, posteriormente, a cidadania. Já os europeus, por estarem dentro do bloco, não enfrentavam essas etapas complexas iniciais.

Esse cenário começou a mudar gradualmente após o referendo do Brexit em 2016, sendo formalizado em 2020 com a saída oficial do Reino Unido da União Europeia. Desde então, as regras passaram a se aplicar de forma quase igualitária a todos os estrangeiros, encerrando a diferenciação entre europeus e não europeus no sistema migratório britânico.

Ou seja, antes do Brexit, o acesso à cidadania britânica para europeus era facilitado e mais direto, enquanto os demais estrangeiros enfrentavam um processo mais longo e exigente. A partir da saída do bloco europeu, o Reino Unido adotou uma abordagem mais uniforme, que transformou completamente o panorama da imigração e da naturalização, exigindo novos caminhos e estratégias para quem deseja conquistar a cidadania.

Nos próximos tópicos, vamos explorar quais foram exatamente essas mudanças na cidadania britânica após o Brexit, mostrando o que ficou mais difícil, o que permanece possível e como se adaptar ao novo sistema.

Principais mudanças na cidadania britânica após o Brexit

O Brexit trouxe mudanças substanciais nas políticas de imigração do Reino Unido, impactando diretamente o processo de obtenção da cidadania britânica. Para entender como a saída do Reino Unido da União Europeia alterou as regras, é essencial observar como o acesso à cidadania britânica e os direitos de residência foram afetados, especialmente para cidadãos da União Europeia (UE), que até então tinham um tratamento preferencial. Com a implementação das novas leis, as regras de imigração se tornaram mais rígidas e passaram a seguir um modelo mais restritivo, alinhado com o dos países fora da UE.

Fim da livre circulação para cidadãos da União Europeia

Antes do Brexit, cidadãos da União Europeia podiam se mudar para o Reino Unido sem a necessidade de visto, trabalhar livremente e, após residir por cinco anos no país, solicitar a cidadania britânica. Esse benefício, conhecido como livre circulação, foi encerrado em janeiro de 2021, com a saída oficial do Reino Unido da UE. Agora, cidadãos europeus precisam se submeter ao mesmo sistema de imigração baseado em pontos que os cidadãos de países fora da UE, um sistema que avalia aspectos como qualificação profissional, nível de renda e domínio do inglês.

Para cidadãos da União Europeia, a principal mudança foi o fim da facilidade de movimento, o que significa que, a partir de 2021, qualquer cidadão da UE que queira morar, trabalhar ou estudar no Reino Unido deve solicitar um visto de imigração. A menos que já tenha obtido o settled status (status de residência permanente) por meio do EU Settlement Scheme ou tenha um visto válido para permanecer no país.

Sistema de imigração baseado em pontos

Uma das principais mudanças nas regras de imigração é a implementação do sistema de pontos. Esse sistema, já em vigor desde janeiro de 2021, avalia os candidatos a visto com base em diversos fatores, como:

• Oferecimento de emprego em uma área específica e qualificada
• Salário oferecido, com valores mínimos estabelecidos para certos tipos de trabalho
• Qualificações acadêmicas e profissionais
• Comprovação do domínio do idioma inglês

O objetivo desse sistema é atrair trabalhadores altamente qualificados, enquanto limita a entrada de imigrantes com menos qualificações. Embora o sistema de pontos seja utilizado em outros países como Canadá e Austrália, ele representa uma grande mudança para o Reino Unido, que antes do Brexit era muito mais acessível a cidadãos da União Europeia.

Cidadania para cidadãos da União Europeia após o Brexit

Após o fim da livre circulação, cidadãos da UE que residiam no Reino Unido antes de 2021 tinham a opção de se inscrever no EU Settlement Scheme até 30 de junho de 2021. Esse sistema garantiu aos cidadãos europeus o direito de permanecer no Reino Unido e, para aqueles que permaneceram por cinco anos, a possibilidade de solicitar a naturalização como cidadãos britânicos. Quem perdeu o prazo ou não se registrou no esquema pode estar em risco de perder o direito de viver ou trabalhar no Reino Unido.

Já para os cidadãos da União Europeia que se mudaram para o Reino Unido após o Brexit, o caminho para a cidadania ficou mais complexo e exigente. A necessidade de obter um visto de residência agora é obrigatória para todos, independentemente de sua origem, e os processos para obter o settled status ou a naturalização britânica exigem mais documentação e aprovação em etapas mais rigorosas.

Cidadania britânica para brasileiros e outros estrangeiros

Para brasileiros e cidadãos de países fora da União Europeia, o Brexit também teve implicações. Embora as regras para cidadania britânica não tenham mudado especificamente para essas pessoas, elas agora enfrentam a mesma concorrência e os mesmos critérios que os cidadãos da UE em termos de imigração. O sistema de pontos não faz distinção entre cidadãos da UE e de países não pertencentes ao bloco, ou seja, o processo ficou mais competitivo e desafiador para todos.

Além disso, a exigência de comprovar a capacidade de sustento financeiro, a qualificação profissional e o domínio da língua inglesa passaram a ser exigências universais, afetando também o tempo de residência necessário para solicitar a cidadania. No geral, para brasileiros e outros imigrantes, a cidadania britânica pode ser alcançada após cinco anos de residência legal, e o processo continua a exigir um teste de conhecimento de vida no Reino Unido, além de uma comprovação de bom caráter.

Passaporte britânico pós-Brexit

Com o Brexit, o passaporte britânico ganhou um novo status, especialmente para cidadãos da União Europeia, que antes podiam se beneficiar da liberdade de movimento dentro do bloco. Agora, para os cidadãos de países fora da UE, a exigência de visto se tornou obrigatória, e a obtenção do passaporte britânico está mais vinculada à comprovação de residência legal e o cumprimento das novas regras do sistema de imigração.

Além disso, os cidadãos britânicos podem continuar mantendo sua dupla nacionalidade com países da União Europeia, mas quem busca se naturalizar britânico vindo de outro país precisará seguir as novas diretrizes de imigração, incluindo a exigência de visto, pontos de qualificação e o teste de cidadania.

Resumo das principais mudanças após o Brexit:

• Fim da livre circulação de cidadãos da União Europeia.
• Implementação de um sistema de imigração baseado em pontos para todos os imigrantes.
• Exigência de visto para cidadãos da União Europeia.
• Cidadãos da UE que moravam no Reino Unido antes do Brexit puderam aplicar para o EU Settlement Scheme.
• Imigração mais competitiva para brasileiros e outros estrangeiros, com requisitos mais rigorosos para a naturalização.
• Passaporte britânico agora exclusivo para cidadãos britânicos, com regras de residência mais rígidas.

Essas mudanças refletem a nova realidade pós-Brexit, que exige mais preparo e paciência para quem busca cidadania britânica. No próximo tópico, vamos explorar como o processo de naturalização britânica evoluiu após o Brexit, detalhando as etapas, requisitos e novas possibilidades para quem deseja adquirir a nacionalidade do Reino Unido.

Cidadania britânica para cidadãos da União Europeia: o que mudou

O Brexit trouxe uma revolução nas regras de imigração do Reino Unido, e uma das áreas mais impactadas foi a cidadania britânica para cidadãos da União Europeia (UE). Antes da saída do Reino Unido da União Europeia, cidadãos da UE gozavam de uma livre circulação que lhes permitia residir, trabalhar e estudar no Reino Unido sem a necessidade de visto. Contudo, com o fim dessa liberdade de movimento, surgiram novas exigências e processos para que os cidadãos da UE possam obter a cidadania britânica.

Fim da livre circulação e início do sistema de imigração baseado em pontos

Antes do Brexit, cidadãos da União Europeia tinham o direito de viver e trabalhar no Reino Unido sem necessidade de visto, bastando comprovar residência por um período determinado para solicitar a naturalização britânica. No entanto, com a formalização da saída do Reino Unido da UE, o direito de livre circulação foi encerrado. Ou seja, cidadãos da União Europeia que se mudaram para o Reino Unido após a data final do Brexit (31 de janeiro de 2020) agora enfrentam o mesmo processo de imigração que cidadãos de países fora da UE.

A principal mudança foi a implementação do sistema de imigração baseado em pontos. Esse sistema, que entrou em vigor em janeiro de 2021, aplica-se a todos os imigrantes, independentemente da sua nacionalidade. Para ser aprovado para residência ou trabalho no Reino Unido, os cidadãos da UE agora precisam:

• Ter uma oferta de trabalho qualificada (de um empregador aprovado pelo governo);
• Comprovar qualificação profissional ou acadêmica;
• Atingir uma pontuação mínima no sistema, que leva em consideração o salário oferecido e o domínio da língua inglesa.

Esse sistema é muito mais restritivo, e a cidadania britânica para cidadãos da UE agora depende de critérios específicos e de um processo mais burocrático e demorado, comparado com a facilidade de antes do Brexit.

EU Settlement Scheme: uma oportunidade para quem já morava no Reino Unido

Embora as novas regras se apliquem para cidadãos da União Europeia que chegaram após o Brexit, o governo britânico criou o EU Settlement Scheme, um programa destinado a regularizar a situação de cidadãos europeus que já estavam residindo no Reino Unido antes do fim do período de transição. O EU Settlement Scheme foi uma maneira de garantir que cidadãos da UE que já moravam no Reino Unido pudessem continuar a viver, trabalhar e estudar no país após o Brexit.

Este programa permitiu que cidadãos da União Europeia, do Espaço Econômico Europeu (EEE) e da Suíça aplicassem para um settled status (status de residência permanente) ou pre-settled status (status de residência temporária). Para quem já morava no Reino Unido por pelo menos cinco anos, o settled status concedia o direito de permanecer indefinidamente no país e, após mais um ano com esse status, solicitar a cidadania britânica.

Cidadãos da União Europeia que não se registraram no EU Settlement Scheme até o prazo de 30 de junho de 2021 perderam o direito de permanecer legalmente no Reino Unido e passaram a estar sujeitos às regras de imigração mais rígidas aplicadas aos imigrantes de fora da UE. Nesse caso, eles precisam agora se submeter ao novo sistema de pontos para obter residência ou visto no Reino Unido.

Impacto no processo de naturalização

A principal alteração para os cidadãos da UE que querem se naturalizar britânicos após o Brexit é a obrigatoriedade de comprovar residência legal por cinco anos no país antes de solicitar a cidadania. Embora isso já fosse exigido para cidadãos de fora da UE, antes do Brexit, cidadãos da União Europeia podiam se beneficiar de uma maior flexibilidade no processo. Agora, o processo de naturalização está mais alinhado para todos os imigrantes, independentemente de sua origem.

O futuro da cidadania britânica para cidadãos da UE

Apesar das dificuldades trazidas pelo Brexit, muitos cidadãos da União Europeia que já vivem no Reino Unido conseguiram garantir sua residência permanente e seguiram com o processo de naturalização britânica. Para aqueles que se mudaram após 2021, o caminho se tornou mais complexo, com a necessidade de um visto de trabalho e cumprimento de novos critérios, como comprovação de qualificação profissional e domínio da língua inglesa.

No entanto, para muitos cidadãos europeus, a cidadania britânica continua sendo uma meta possível, embora o caminho tenha se tornado mais exigente. A cidadania britânica pós-Brexit oferece muitos benefícios, como o direito de votar, trabalhar em cargos públicos e acessar benefícios sociais, além da proteção consular britânica.

Resumo das mudanças para cidadãos da União Europeia após o Brexit:

1. Fim da livre circulação, o que significa que agora os cidadãos da UE precisam de visto de trabalho ou estudo para viver e trabalhar no Reino Unido.
2. A implementação do sistema de imigração baseado em pontos para todos os imigrantes, incluindo cidadãos da UE.
3. O EU Settlement Scheme, criado para regularizar cidadãos da UE que já moravam no Reino Unido antes do Brexit, garantindo status de residência permanente ou temporária.
4. A naturalização britânica agora exige que cidadãos da UE cumpram requisitos semelhantes aos de cidadãos de fora da União Europeia, incluindo a comprovação de residência de cinco anos no país.

Essas mudanças tornaram o processo de cidadania britânica para cidadãos da União Europeia mais rigoroso, mas, ao mesmo tempo, continuam oferecendo uma possibilidade sólida de imigração e naturalização para aqueles que cumprem as novas exigências. No próximo tópico, vamos explorar como o processo de naturalização britânica foi afetado e quais são as etapas principais para quem deseja obter a cidadania britânica em 2025.

Como brasileiros podem obter a cidadania britânica em 2025

Para os brasileiros que desejam obter a cidadania britânica em 2025, o caminho se tornou mais desafiador com as mudanças impostas pelo Brexit. Embora o Reino Unido continue sendo um destino atraente, as regras migratórias para cidadãos de fora da União Europeia (UE), como os brasileiros, foram significativamente alteradas. A principal diferença reside no fim da livre circulação e na introdução de um sistema de imigração baseado em pontos, aplicável igualmente a todos os imigrantes que buscam viver e trabalhar no Reino Unido.

Se você é brasileiro e está pensando em naturalizar-se britânico, o primeiro passo é entender as etapas e os requisitos exigidos pelo governo britânico. A boa notícia é que, embora o processo seja mais rigoroso, ele continua sendo acessível para quem cumpre os critérios necessários.

1. Requisitos para a cidadania britânica para brasileiros

O processo de naturalização britânica exige que os candidatos cumpram uma série de requisitos básicos. Para brasileiros, assim como para outros imigrantes, os principais critérios incluem:

• Residência legal no Reino Unido: O candidato deve ter vivido no Reino Unido por pelo menos cinco anos como residente legal. Esse tempo pode ser reduzido para três anos se você for casado com um cidadão britânico ou tiver um parceiro britânico que seja seu cônjuge ou parceiro civil.
• Status de residência permanente: Após os cinco anos de residência legal, o solicitante precisa obter o status de residência permanente, conhecido como Indefinite Leave to Remain (ILR). Esse status deve ser mantido por pelo menos 12 meses antes de solicitar a cidadania britânica. Para obter o ILR, o solicitante deve ter vivido no Reino Unido sem ultrapassar os limites de ausência do país (não mais do que 180 dias por ano).
• Prova de bom caráter: Os solicitantes devem apresentar evidências de que são pessoas de bom caráter, o que geralmente envolve a verificação de antecedentes criminais. Caso o solicitante tenha cometido crimes graves, ele pode ser impedido de obter a cidadania britânica.
• Comprovação de conhecimento da língua inglesa: Para a maioria dos solicitantes, é necessário demonstrar proficiência no idioma inglês, seja por meio de um certificado de qualificação ou com base no tempo de estudo da língua no Reino Unido.
• Testes de cidadania: O solicitante deve passar no teste “Life in the UK Test”, que avalia o conhecimento sobre a história, a cultura e os valores do Reino Unido. Esse teste é essencial para comprovar o nível de envolvimento com a sociedade britânica.

2. Sistema de imigração baseado em pontos

Com o Brexit, o Reino Unido implementou um sistema de imigração baseado em pontos, que aplica critérios específicos a todos os imigrantes, incluindo os brasileiros. Esse sistema visa atrair trabalhadores altamente qualificados e tem como base três principais requisitos:

• Oferta de trabalho: O candidato precisa ter uma oferta de trabalho de um empregador britânico aprovado, que atenda aos requisitos de qualificação e ao salário mínimo estabelecido pelo governo.
• Nível de qualificação: Para se qualificar ao visto de imigração, o candidato deve ter uma qualificação mínima (por exemplo, um diploma universitário ou qualificação profissional relevante).
• Nível de idioma inglês: A comprovação de proficiência em inglês é obrigatória para todos os imigrantes, e pode ser feita por meio de um exame aprovado ou por outras qualificações reconhecidas.

Além disso, o sistema de pontos pode ser usado para diferentes tipos de vistos, como o Skilled Worker Visa (visto de trabalhador qualificado), que é uma das principais vias para brasileiros que desejam viver e trabalhar no Reino Unido.

3. Como se inscrever no EU Settlement Scheme (para brasileiros que já moram no Reino Unido)

Para brasileiros que já residem no Reino Unido, o processo pode ser um pouco mais simples se o solicitante já estiver no país antes do Brexit e tiver direito ao EU Settlement Scheme. Este sistema foi criado para cidadãos da União Europeia, mas também se aplica a cidadãos de outros países que estavam vivendo no Reino Unido antes do final do período de transição do Brexit (31 de dezembro de 2020).

Aqueles que se inscreveram corretamente no EU Settlement Scheme podem solicitar o settled status, o que dá direito de viver permanentemente no Reino Unido, e após cinco anos com esse status, a possibilidade de solicitar a cidadania britânica.

4. Processo de naturalização para brasileiros em 2025

O processo de naturalização britânica para brasileiros continua sendo acessível, mas é mais rigoroso após o Brexit. Para dar entrada no pedido de cidadania, é necessário:

• Preencher o formulário online de naturalização;
• Pagar a taxa de solicitação (cerca de £1,330 em 2025);
• Fornecer todos os documentos exigidos, como passaporte, prova de residência, comprovante de proficiência em inglês, etc.;
• Comparecer à cerimônia de juramento de cidadania, onde o novo cidadão britânico presta compromisso formal ao Reino Unido.

5. O que muda para brasileiros após o Brexit

Com o fim da livre circulação de cidadãos da União Europeia, os brasileiros, assim como outros estrangeiros, não se beneficiam mais de um acesso tão simples ao Reino Unido. No entanto, a mudança mais significativa foi a adoção de regras uniformes para todos os imigrantes, o que significa que os brasileiros agora enfrentam o mesmo processo que os cidadãos de outros países fora da União Europeia.

No entanto, o Reino Unido continua sendo um dos destinos mais atrativos para brasileiros, especialmente no que diz respeito a empregos qualificados, oportunidades de educação superior e um sistema de saúde pública eficiente.

Embora o Brexit tenha mudado as regras de imigração para brasileiros, o processo de obtenção da cidadania britânica continua sendo possível. Para aqueles que desejam se naturalizar, o caminho exige cumprir requisitos como tempo de residência, comprovação de emprego qualificado, domínio do inglês e a aprovação no teste de cidadania. Em 2025, o Reino Unido ainda oferece oportunidades de residência e naturalização para brasileiros, mas exige mais planejamento e compreensão das novas exigências do sistema pós-Brexit.

Requisitos para a cidadania britânica por naturalização

Obter a cidadania britânica por naturalização é um objetivo desejado por muitos imigrantes no Reino Unido, incluindo brasileiros. O processo de naturalização exige que o candidato cumpra uma série de requisitos legais e documentais para garantir que ele se qualifica para se tornar um cidadão britânico. Embora o Brexit tenha alterado algumas regras, muitos aspectos do processo de naturalização permaneceram os mesmos. Abaixo, vamos explicar, de maneira clara e objetiva, os requisitos principais para obter a cidadania britânica por naturalização em 2025.

1. Tempo de residência no Reino Unido

Para se qualificar para a cidadania britânica, o candidato deve ter vivido legalmente no Reino Unido por pelo menos 5 anos. Durante esse período, o solicitante deve ter estado com status de residência legal, como residente permanente ou visto válido, e não pode ter ultrapassado os limites de ausência do país.

No caso de casados ou em uma união estável com um cidadão britânico, o período de residência exigido é de 3 anos. No entanto, é importante observar que o solicitante deve ter residido no Reino Unido sem interrupções significativas e não deve ter ficado fora do país por mais de 450 dias durante o período de cinco anos, ou mais de 90 dias nos últimos 12 meses antes da solicitação de cidadania.

2. Status de residência permanente (Indefinite Leave to Remain – ILR)

Antes de solicitar a cidadania, o candidato deve ter o status de residência permanente, conhecido como Indefinite Leave to Remain (ILR), que permite que o solicitante viva no Reino Unido sem restrições. Para obter o ILR, o candidato deve atender a certos requisitos, como o tempo mínimo de residência no país e o cumprimento das leis de imigração.

Após obter o ILR, o candidato deve aguardar pelo menos 12 meses antes de solicitar a cidadania britânica, a menos que seja casado com um cidadão britânico, caso em que o tempo de espera pode ser reduzido.

3. Prova de bom caráter

Um dos requisitos essenciais para obter a cidadania britânica é a prova de bom caráter. O governo britânico exige que o solicitante não tenha antecedentes criminais significativos e que tenha cumprido todas as leis do Reino Unido. Isso inclui a verificação de antecedentes criminais, o pagamento de impostos e a conformidade com as leis fiscais do país. Casos de criminalidade grave ou fraude podem resultar na recusa do pedido de cidadania.

Além disso, a verificação de bom caráter também pode ser feita com base em antecedentes de comportamento, como envolvimento em disputas legais ou violação de regras de imigração. Em casos de histórico imigratório irregular, como estar em situação ilegal no país, o processo de naturalização pode ser negado.

4. Conhecimento da língua inglesa

Os solicitantes de cidadania britânica precisam comprovar um mínimo de conhecimento do idioma inglês. Isso pode ser feito por meio de certificados de qualificação, como o IELTS (International English Language Testing System), ou por meio de outras provas de inglês reconhecidas pelo governo. Os candidatos também podem ser isentos desse requisito se forem nativos de países de língua inglesa ou se já tiverem estudado ou trabalhado no Reino Unido por um tempo considerável.

5. Life in the UK Test

Outro requisito essencial para a cidadania britânica é a aprovação no Life in the UK Test, um exame que avalia o conhecimento do candidato sobre a história, cultura, leis e valores britânicos. O teste é composto por 24 questões de múltipla escolha, e o candidato deve acertar pelo menos 18 das 24 questões para ser aprovado.

O Life in the UK Test é uma parte importante do processo de naturalização e deve ser realizado em inglês, sendo uma forma de garantir que o candidato compreenda e respeite os princípios e valores fundamentais do Reino Unido.

6. Solicitação e pagamento de taxas

Após atender a todos os requisitos acima, o candidato pode então preencher o formulário online de solicitação de cidadania no site oficial do governo britânico. O formulário inclui uma série de perguntas sobre o histórico do solicitante, sua residência no Reino Unido e informações pessoais.

A taxa de solicitação de cidadania britânica por naturalização em 2025 é de £1,330. Este valor deve ser pago no momento da solicitação e cobre o processamento da aplicação. O pagamento é feito online por cartão de débito ou crédito.

7. Juramento de cidadania e cerimônia

Após a aprovação do pedido de naturalização, o solicitante será convidado para a cerimônia de cidadania, onde prestará o juramento de fidelidade ao Reino Unido e se tornará oficialmente um cidadão britânico. A cerimônia é um momento simbólico e importante, no qual o novo cidadão recebe o certificado de cidadania e tem a oportunidade de se integrar completamente à sociedade britânica.

A participação na cerimônia é obrigatória e deve ocorrer no prazo de 3 meses após a aprovação do pedido de cidadania.

O processo de cidadania britânica por naturalização é rigoroso e exige que o candidato cumpra uma série de requisitos, desde o tempo de residência legal até a comprovação de bom caráter, conhecimento da língua inglesa e aprovação no Life in the UK Test. Para brasileiros, o processo é semelhante ao de outros imigrantes não pertencentes à União Europeia, mas as regras ficaram mais exigentes após o Brexit, com a introdução do sistema de imigração baseado em pontos.

A boa notícia é que, ao cumprir os requisitos e seguir todas as etapas corretamente, brasileiros têm a oportunidade de se tornar cidadãos britânicos e garantir os benefícios e a segurança que a cidadania britânica oferece. No próximo tópico, vamos explorar as mudanças no processo de cidadania para cidadãos da União Europeia após o Brexit, comparando com os requisitos para brasileiros.

Como funciona o sistema de pontos do Reino Unido pós-Brexit

Após a saída oficial do Reino Unido da União Europeia, o país implementou um novo sistema de imigração baseado em pontos. Este sistema foi projetado para garantir que os imigrantes que entram no país atendam a padrões elevados em termos de qualificação profissional, habilidade linguística e compromisso com o mercado de trabalho britânico. O sistema substitui a livre circulação de cidadãos da União Europeia (UE), que antes podiam se mudar para o Reino Unido sem a necessidade de visto ou permissão de trabalho.

Agora, todos os cidadãos estrangeiros, incluindo os da UE e não-UE, estão sujeitos às mesmas regras para obter visto e residência permanente no Reino Unido, com um sistema de pontos claramente definido. A seguir, vamos entender como esse sistema funciona, quais são os critérios para acumular pontos e como ele impacta o processo de cidadania britânica.

1. O que é o sistema de pontos do Reino Unido?

O sistema de pontos exige que os solicitantes de visto ou residência acumulem um número mínimo de pontos para serem aceitos no país. Esses pontos são atribuídos de acordo com qualificações profissionais, ofertas de trabalho, nível salarial e habilidades linguísticas. O objetivo do sistema é priorizar trabalhadores qualificados, enquanto limita a imigração de pessoas com menos habilidades ou qualificações.

De maneira geral, um solicitante deve alcançar 70 pontos para ser elegível para um visto de trabalho, como o Skilled Worker Visa (visto de trabalhador qualificado). Esses pontos podem ser alcançados por meio de diferentes combinações de requisitos, e as pessoas podem acumular pontos de diversas maneiras.

2. Como os pontos são atribuídos?

Os pontos são distribuídos com base em três categorias principais: qualificação de trabalho, oferta de emprego e habilidades linguísticas. A seguir, explicamos como cada uma dessas áreas contribui para o total de pontos:

a) Qualificações de trabalho

A primeira categoria avalia as qualificações do solicitante. As qualificações exigidas variam dependendo do tipo de trabalho para o qual o candidato está se inscrevendo. Por exemplo:

• Diploma universitário ou equivalente: 20 pontos
• Qualificação relevante em nível mais alto (Mestrado, PhD): pontos adicionais, dependendo da área de especialização.

b) Oferta de trabalho

O candidato precisa ter uma oferta de emprego de um empregador aprovado pelo governo britânico. O cargo deve ser qualificado e atender a um padrão mínimo de salário anual para que o solicitante ganhe pontos. Para uma oferta de trabalho qualificada:

• Oferta de trabalho qualificado: 20 pontos

c) Salário

O salário oferecido ao candidato é outro fator importante no sistema de pontos. O governo britânico estabeleceu salários mínimos para os cargos qualificados, com diferentes categorias de pontos dependendo do valor oferecido.

• Salário mínimo de £26.200 por ano: 20 pontos
• Salário de £23.000 a £26.200 por ano: 10 pontos

Se o salário oferecido for menor do que o estipulado, o candidato pode não ser qualificado para o visto. Portanto, o nível salarial é um fator determinante para acumular pontos.

d) Idioma

A habilidade no idioma inglês é uma exigência fundamental para todos os solicitantes. Para comprovar o domínio do inglês, o candidato pode apresentar um certificado de qualificação em inglês (como o IELTS ou TOEFL) ou provar que tem nível intermediário de inglês (nível B1). O domínio do inglês concede:

• Prova de inglês (nível mínimo de B1 ou equivalente): 10 pontos

Além disso, cidadãos de países de língua inglesa, como os EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, estão isentos dessa exigência.

3. Vantagens do sistema de pontos para trabalhadores qualificados

O sistema de imigração baseado em pontos do Reino Unido foi projetado para atrair trabalhadores altamente qualificados e com experiência nas áreas onde há maior demanda no mercado de trabalho britânico. Os pontos são acumulados de acordo com as qualificações e as habilidades exigidas para cada função, com especial ênfase em:

• Áreas de alta qualificação (como engenharia, saúde, TI, ciências, etc.)
• Áreas com escassez de mão de obra (como enfermeiros e profissionais de TI)

Esse sistema permite que o Reino Unido atraia profissionais altamente capacitados para suprir lacunas de habilidades no mercado de trabalho. Por exemplo, profissionais de TI, saúde e engenharia têm uma pontuação mais alta, o que facilita sua aprovação para residência e trabalho.

4. Impacto no processo de cidadania britânica

Embora o sistema de pontos esteja diretamente relacionado à concessão de vistos de residência, ele também impacta o processo de cidadania britânica. Para se tornar cidadão britânico, o imigrante deve ter obtido residência permanente (Indefinite Leave to Remain – ILR) após um período mínimo de cinco anos no país.

• O tempo de residência necessário para solicitar a naturalização britânica continua sendo de cinco anos, mas os imigrantes com status de residência permanente podem solicitar a cidadania após esse período.
• O sistema de pontos tem um papel indireto na naturalização, pois ele garante que o solicitante tenha cumprido os requisitos exigidos para permanecer no Reino Unido.

5. Outras formas de acumular pontos

Além das categorias principais de qualificação de trabalho, oferta de emprego, salário e inglês, existem outros fatores que podem contribuir para o total de pontos de um solicitante. Algumas formas adicionais de acumular pontos incluem:

• Oferta de emprego em uma área de carência de mão de obra (como saúde e tecnologia)
• O conhecimento da língua galega ou outras línguas regionalmente importantes
• Extensão de contrato de trabalho em setores estratégicos

O sistema de pontos do Reino Unido pós-Brexit foi projetado para atrair trabalhadores qualificados, com foco em indivíduos que podem contribuir para o crescimento do país e suprir a falta de mão de obra qualificada. O sistema de imigração agora é mais competitivo e exigente, mas oferece uma estrutura clara e transparente para aqueles que têm as habilidades e qualificações necessárias.

Se você é um profissional qualificado, brasileiro ou de qualquer outra nacionalidade, o caminho para o Reino Unido e a cidadania britânica continua viável, desde que você esteja preparado para cumprir os requisitos e pontos exigidos. Com planejamento adequado e o domínio de aspectos como idioma inglês, qualificações profissionais e uma oferta de trabalho sólida, a cidadania britânica continua sendo uma possibilidade alcançável.

Passaporte britânico e residência permanente: entenda a diferença

Quando se trata de imigração no Reino Unido, dois termos frequentemente causam confusão entre imigrantes: passaporte britânico e residência permanente. Embora ambos estejam relacionados ao direito de viver e trabalhar no Reino Unido, há diferenças cruciais entre esses dois status que são fundamentais para quem deseja se naturalizar ou obter a cidadania britânica.

A seguir, vamos explicar as diferenças entre passaporte britânico e residência permanente, como cada um funciona, quais são os requisitos para obtê-los e o impacto que eles têm no processo de naturalização britânica.

1. O que é a residência permanente (Indefinite Leave to Remain – ILR)?

A residência permanente no Reino Unido, conhecida como Indefinite Leave to Remain (ILR), é o status de imigração que permite que um indivíduo viva e trabalhe no país sem limite de tempo. Para obter o ILR, o candidato deve atender a uma série de requisitos, como:

• Viver legalmente no Reino Unido por um período mínimo de 5 anos com visto válido (em alguns casos, o prazo pode ser reduzido, como para cônjuges de cidadãos britânicos);
• Manter um comportamento irrepreensível, sem registros criminais ou violações de imigração;
• Comprovar um bom nível de inglês e conhecimento básico da cultura britânica (através do Life in the UK Test);
• Não ter ficado fora do Reino Unido por mais de 180 dias por ano durante o período de residência.

O ILR garante que você possa morar e trabalhar no Reino Unido indefinidamente, mas não oferece todos os direitos de um cidadão britânico, como o direito de votar nas eleições gerais. Além disso, o status de ILR pode ser perdido em alguns casos, como se você permanecer fora do Reino Unido por mais de 2 anos consecutivos.

Após obter o Indefinite Leave to Remain, o solicitante pode solicitar a naturalização como cidadão britânico após 12 meses, ou 3 anos, se for casado com um cidadão britânico.

2. O que é o passaporte britânico?

O passaporte britânico é um dos documentos mais importantes que um cidadão britânico pode obter. Ele é a prova oficial de que a pessoa é um cidadão do Reino Unido e, portanto, tem todos os direitos e responsabilidades de um cidadão britânico, incluindo:

• Direito de votar nas eleições do Reino Unido;
• Acesso a serviços públicos como saúde, educação e assistência social;
• Proteção consular do Reino Unido quando estiver fora do país;
• Liberdade de movimento dentro do Reino Unido e em outros países que aceitam o passaporte britânico sem visto, como os membros da União Europeia, Estados Unidos e Canadá.

Diferentemente da residência permanente (ILR), o passaporte britânico é apenas concedido a cidadãos britânicos. Portanto, não é possível obter um passaporte britânico sem antes passar pelo processo de naturalização ou cidadania britânica, que, em geral, ocorre após o obtido o status de residência permanente e após residir legalmente no Reino Unido por 5 anos.

3. Diferença fundamental entre passaporte britânico e residência permanente

A principal diferença entre passaporte britânico e residência permanente é o status de cidadania. Enquanto a residência permanente (ILR) oferece o direito de viver e trabalhar no Reino Unido sem restrições, ela não concede direitos políticos completos. Em contrapartida, o passaporte britânico é a evidência de cidadania britânica, o que implica direitos plenos, como o direito de votar e de ser protegido pelos direitos constitucionais do país.

Aqui estão algumas das principais diferenças:

Requisito	Passaporte Britânico	Residência Permanente (ILR)
Status de Cidadania	Cidadão Britânico	Não é cidadão, mas tem residência legal permanente
Direito de Voto	Sim, pode votar nas eleições britânicas	Não, não pode votar em eleições gerais
Direito de Viver no Reino Unido	Sem restrições, pois é um cidadão	Pode viver e trabalhar sem limitações
Viagens	Liberdade para viajar como cidadão britânico	Pode viajar, mas pode perder o status de ILR se ficar fora do Reino Unido por mais de 2 anos
Acesso a serviços públicos	Acesso total a serviços de saúde, benefícios e outros	Acesso a serviços públicos, mas sem alguns direitos de um cidadão (ex: não pode patrocinar certos tipos de visto)
Direitos de Cidadania	Todos os direitos de um cidadão britânico, incluindo proteção consular no exterior	Direitos limitados comparados a um cidadão (ex: sem voto ou passaporte)

4. Como obter a residência permanente (ILR)?

Para obter a residência permanente (ILR), o candidato deve seguir um processo claro que inclui os seguintes passos:

1. Viver legalmente no Reino Unido por pelo menos 5 anos com um visto válido.
2. Preencher um formulário de solicitação de ILR online.
3. Apresentar documentos que comprovem o tempo de residência, como contracheques, faturas de serviços, ou cartas de seu empregador.
4. Passar no Life in the UK Test, que avalia o conhecimento sobre a história, as leis e a cultura do Reino Unido.
5. Comprovar bom caráter, sem registros criminais significativos.
6. Pagar a taxa de solicitação, que é de cerca de £2,389 em 2025.

Após o ILR, o candidato deve esperar 12 meses antes de aplicar para a naturalização como cidadão britânico, ou apenas 3 anos se for casado com um cidadão britânico.

5. Como obter o passaporte britânico?

Para obter o passaporte britânico, o candidato precisa:

1. Obter a cidadania britânica por meio do processo de naturalização.
2. Apresentar provas de identidade, como o certificado de naturalização ou cidadania.
3. Preencher o formulário de solicitação de passaporte e pagar a taxa associada.
4. Aguardar o processo de emissão do passaporte, que pode levar algumas semanas.

Embora residência permanente e passaporte britânico sejam dois conceitos distintos, ambos são etapas importantes para quem deseja estabelecer uma conexão duradoura com o Reino Unido. Residir permanentemente no país com ILR permite que você viva e trabalhe sem restrições, mas o passaporte britânico garante direitos de cidadania plenos, como votar e ser protegido pela diplomacia britânica no exterior. Para muitos imigrantes, o objetivo final é a naturalização, que concede acesso a todos os direitos cívicos de um cidadão britânico, incluindo o passaporte e a proteção consular.

FAQ – Perguntas frequentes sobre cidadania britânica após o Brexit

1. Brasileiros ainda podem obter a cidadania britânica após o Brexit?
Sim. O processo continua possível para brasileiros, mas exige o cumprimento de requisitos como residência legal por cinco anos, obtenção do Indefinite Leave to Remain (ILR), aprovação no Life in the UK Test, comprovação de proficiência em inglês e bom caráter. O Brexit não impediu o acesso à cidadania para brasileiros, mas tornou o processo mais uniforme e competitivo para todos os estrangeiros.

2. Cidadãos da União Europeia ainda têm acesso facilitado à cidadania britânica?
Não. Após o Brexit, os cidadãos da União Europeia perderam o direito à livre circulação e agora enfrentam as mesmas exigências migratórias que cidadãos de fora da UE. Apenas quem já residia legalmente no Reino Unido antes de 31 de dezembro de 2020 e se registrou no EU Settlement Scheme mantém um caminho facilitado.

3. Qual é a diferença entre residência permanente e cidadania britânica?
A residência permanente (ILR) permite que você viva e trabalhe no Reino Unido indefinidamente, mas não garante todos os direitos civis, como votar ou obter passaporte britânico. Já a cidadania britânica concede todos os direitos, inclusive políticos e diplomáticos, além da possibilidade de obter o passaporte do Reino Unido.

4. O passaporte britânico pode ser solicitado logo após obter o ILR?
Não. Após obter o ILR, o solicitante deve aguardar 12 meses para solicitar a cidadania britânica (salvo se for cônjuge de cidadão britânico, quando o prazo pode ser reduzido). Só após se tornar cidadão é que poderá solicitar o passaporte britânico.

5. Quanto tempo leva para conseguir a cidadania britânica?
O tempo total varia, mas geralmente exige pelo menos cinco anos de residência legal, mais um ano com ILR (ou três anos para cônjuges de britânicos). Após a solicitação, o processo de naturalização pode levar de 3 a 6 meses, dependendo da análise do Home Office.

6. O que é o sistema de pontos do Reino Unido e como ele afeta os imigrantes?
O sistema de pontos foi introduzido após o Brexit e se aplica a todos os imigrantes. Ele exige que o solicitante atinja 70 pontos com base em fatores como qualificação profissional, oferta de emprego qualificado, salário mínimo e domínio do inglês. Ele é a porta de entrada para vistos que, no futuro, podem levar à residência permanente e à cidadania.

7. É possível manter a cidadania brasileira ao se naturalizar britânico?
Sim. O Brasil permite a dupla nacionalidade, e o Reino Unido também. Isso significa que brasileiros naturalizados britânicos podem manter ambos os passaportes, desde que estejam em conformidade com as leis de ambos os países.

8. Preciso contratar um advogado ou consultor de imigração para solicitar a cidadania britânica?
Não é obrigatório. O processo pode ser feito diretamente pelo solicitante através do site oficial do governo britânico. No entanto, em casos mais complexos (como histórico de imigração irregular, criminal ou dúvidas específicas), a orientação de um consultor de imigração registrado pode facilitar o processo e evitar erros.