O visto de estudante para Portugal é a chave para quem quer estudar e morar legalmente no país. Em 2025, o número de brasileiros tentando essa mudança só cresce, mas o que pouca gente sabe é o quanto esse processo pode sair caro, demorado e cheio de pegadinhas.
Quem vai fazer faculdade, mestrado, doutorado ou curso técnico precisa tirar o visto D4, obrigatório para permanência superior a 3 meses. O pedido é feito ainda no Brasil pela VFS Global, e envolve uma lista enorme de documentos, apostilamentos e taxas. Mesmo com as novas regras para estudantes da CPLP, que isentam alguns comprovantes, os erros mais bobos continuam derrubando pedidos todos os dias.
O custo assusta. Só a taxa oficial do visto de residência está em R$ 917,21, mas somando traduções, certidões, apostila de Haia e possíveis assessorias, o valor final passa dos R$ 2.000 por pessoa com facilidade. E se a ideia é levar o cônjuge e os filhos, o gasto multiplica rápido. Foi o que aconteceu com a brasileira Samara Rodrigues, que teve que refazer todo o pedido para incluir o marido e o filho. Por um erro de agendamento da própria VFS, o visto do marido foi negado temporariamente, o que quase custou uma oportunidade de emprego.
Outro erro comum é entrar como turista e tentar resolver tudo já em Portugal. Isso não funciona. Quem não chega com o visto correto em mãos dificilmente consegue regularizar a situação depois. A AIMA, que substituiu o antigo SEF, até oferece exceções, mas o processo é lento, inseguro e pode ser negado sem aviso.
Com o visto certo, o estudante pode trabalhar legalmente por até 20 horas semanais durante o semestre e em tempo integral nas férias. Mas a autorização para trabalhar precisa ser comunicada oficialmente à AIMA, e não fazer isso pode complicar futuras renovações.
O ideal é começar a preparação com pelo menos seis meses de antecedência, desde a matrícula no curso até o envio da papelada. O visto tem validade inicial de quatro meses, e depois disso é preciso agendar a entrevista presencial em Portugal para pegar a autorização de residência.
Muita gente tenta fazer tudo por conta, mas não é raro recorrer a uma assessoria especializada no meio do caminho para evitar erros, principalmente no reagrupamento familiar e na comunicação com os órgãos portugueses.
Estudar em Portugal ainda vale a pena, mas só pra quem leva o processo a sério desde o Brasil. Quem tenta “dar um jeitinho” costuma perder tempo, dinheiro e, em alguns casos, até o direito de ficar.