A cidadania suíça por descendência pode ser obtida por brasileiros que tenham pai ou mãe nascidos na Suíça, mas o país não concede automaticamente o direito a netos ou bisnetos, como acontece em outras nações europeias. A regra básica é que a cidadania só pode ser transmitida por um dos pais que já era cidadão suíço no momento do nascimento do filho.
Se você é neto ou bisneto de suíços, a única chance de obter a cidadania por origem é se todos os registros da linhagem foram mantidos em dia e se o pai ou mãe também for cidadão suíço reconhecido oficialmente. Caso contrário, será necessário seguir o caminho da naturalização facilitada ou naturalização ordinária, dependendo do caso.
📌 Quem tem direito à cidadania suíça por descendência:
- Filhos de cidadãos suíços (nascidos dentro ou fora da Suíça)
- Menores de 22 anos, desde que o pai ou a mãe seja cidadão e registre o filho no consulado
- Netos apenas se os pais mantiveram a cidadania e registraram tudo corretamente
- Bisnetos não têm direito automático e devem buscar naturalização
Para manter o direito, o cidadão suíço deve registrar os filhos nascidos no exterior no consulado suíço antes que completem 22 anos. Caso isso não ocorra, o vínculo é perdido e será necessário iniciar um processo de naturalização.
📌 Documentos exigidos no processo por descendência:
- Certidões de nascimento e casamento da linha familiar
- Registro de cidadania do pai ou mãe suíço
- Provas de que o ancestral manteve a nacionalidade
- Traduções juramentadas e apostilamento de Haia
A cidadania suíça por descendência é uma possibilidade concreta, mas só se a linha de transmissão foi preservada corretamente. Caso contrário, mesmo com sobrenomes suíços e documentos antigos, o caminho será por naturalização, que exige vários anos de residência legal na Suíça, domínio do idioma local e integração cultural.
Em resumo: ser descendente de suíço não garante o passaporte automaticamente, mas pode ser o início de uma jornada que leva à cidadania plena com planejamento e os documentos certos.