Se você é bisneto de austríaco e está em busca da cidadania europeia, é importante saber que a Áustria não reconhece o direito à cidadania por descendência além da geração dos filhos, salvo em casos muito específicos. Ou seja, bisnetos de austríacos não têm direito direto à nacionalidade austríaca apenas por laços sanguíneos.

Ao contrário de países como Itália, Portugal ou Polônia, que permitem o reconhecimento da cidadania por múltiplas gerações, a Áustria restringe o direito automático à cidadania aos filhos de austríacos, desde que o nascimento tenha sido devidamente registrado em cartório austríaco ou consulado até os 14 anos de idade.

Para netos e bisnetos, o processo não é de reconhecimento, mas sim de naturalização ordinária, o que exige cumprir uma série de requisitos, como residir legalmente no país por até 10 anos, falar alemão em nível B2, ter vida financeira estável e abrir mão da nacionalidade brasileira, já que a Áustria não aceita dupla cidadania em regra geral.

📌 Regras atuais para descendentes:

  • Filhos de austríacos: podem obter a cidadania se o pai ou a mãe forem cidadãos no momento do nascimento e se o registro for feito corretamente
  • Netos e bisnetos: não têm direito por jus sanguinis, apenas podem tentar naturalização padrão
  • Casos especiais: alguns descendentes de vítimas do nazismo podem ter acesso facilitado, mas isso não se aplica à maioria

Por isso, mesmo que você tenha documentos do seu bisavô austríaco, isso não garante direito automático à cidadania austríaca. Será necessário morar no país por anos, aprender a língua, se integrar à sociedade e seguir o processo de naturalização, que pode levar de 6 a 10 anos.

A cidadania austríaca para bisnetos é, portanto, um caminho possível, mas muito mais longo e burocrático, e quase sempre exige deixar de ser brasileiro.

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